terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

Ajudar é uma obrigação

Eu sempre pensei dessa forma até pouco tempo atrás, até o momento que quem precisa de ajuda somos nós mesmos.Esse casal Nelson Nolé e sua Cecília, ultrapassaram as barreiras do assistencialismo e quase perderam um filho numa dessas caminhadas até a África para ajudar aqueles mutilados de lá. Eu penso que se o filho apenas perdeu todos os pelos do corpo e os cabelos é porque talvez tenha sido salvo de um destino que nem sei se era o seu como no caso do pai de Charqueadas, que teve seu filho morto na sua frente por pessoas do mal, aquelas que o diabo realmente toma conta da sua alma e pensam o tempo inteiro em fazer crueldades, ou seja, os nossos anjos protetores não conseguem nos avisar do que está para acontecer a tempo, a tragédia está anunciada porque ela precisava passar por aquele momento e pagar aquela dívida sei lá de que época.
Esse assunto eu já havia discutido há tempos atrás em dois desses meus textos e cada vez que tenho que relembrá-los é me perguntar se estou vivo ou ainda cambaleando no meu universo paralelo.
Sendo assim, penso que quando chega o momento de a gente seguir o nosso próprio caminho é porque a nossa missão terminou, já foi possível enxergar o quanto temos a capacidade de nos doar e nos entregar para que as pessoas tenham o mínimo de dignidade durante as suas vidas, seja de qualquer forma, e isso vai tomando conta do nosso ser de forma que aquilo já faz parte da nossa existência e forma de agir.
Acho que temos ainda coisas a acrescentar na nossa forma de se doar e isso agora tem que ser mostrado de maneira diferente, e as pessoas tem que entender que quem tem o dom de ajudar pode-se tornar um voluntário e tem isso como missão, eu não me vejo nessa linha pois o meu tipo de ajuda é outra, é um crescendo de se mostrar como devemos ser durante as nossas diferenças e de que quando falem com a gente percebam que temos ainda muita coisa para explicar e que as pessoas entendam sobre o entendimento do que realmente queremos significar para às pessoas.
Quando saímos dessa linha de ajuda e de nos juntarmos com os que precisam, somos capazes de entender que agora precisamos ver a vida com outros olhos e que a nossa missão de fato, ela evoluiu no nosso plano interior, ou seja, continuaremos sendo aqueles mesmos de antigamente e agora como uma capacidade de entendimento e entrega maior, agora podemos nos alimentar de uma estrutura melhor de ser como pessoa, conseguido nos superar quando nos encontramos com a pessoa e temos aquela capacidade de nos superar e dizer para pessoa que até uma música é eloquente no nosso sentimento maior, bastar um sorriso mais profundo e um olhar para dentro da alma que pega na nossa mão e diz o que quer, precisamos nos mostrar para o mundo de uma maneira como ela jamais nos viu e nos sente. Precisamos ser muito mais do que apenas um corpo, mas que com ele temos condições de iluminar e irradiar todas as formas de que as pessoas possam se apoderar do nosso melhor e procurar se ver nelas mesmas.  Será que conseguimos fazer isso sem sermos onipresentes e apenas transmitindo humildade e estendo a mão da nossa alma para elas?

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