sábado, 13 de fevereiro de 2016

Protesto pede justiça pela morte de transexual em Capão da Canoa

Nathallya Figueiredo, 25 anos, foi encontrada esfaqueada dentro do próprio carro na Avenida Beira-Mar na metade de janeiro.


Quem será que estava naquele carro? Talvez um conhecido da família? Um amigo distante? Seria o vizinho do terceiro andar? Seria aquele colega da faculdade com atitudes suspeitas? Ou o marido da cabeleireira, a mãe do Celso? Seria  o filho da Natália que saiu bêbado da festa da Zilda? +quem?
Ninguém está livre do moinho, porque ele gira, não somos tolos pensar que essa vida marginal não faz parte da nossa realidade e está juntos de nós, próximos demais até.
Lembro uma vez na praia, conversando com um parente que agora é distante, tão distante que não consigo me lembrar da fisionomia dele, que insistiu num papinho de bêbado, de que um primo teria dito para ele que o cunhado era chegado a essa vida de relacionamento homo-afetivos, trabalhava numa empresa machista e para ele conseguir lidar com aquela situação toda de pressão, às vezes trocava o dia pela noite, e se submetia a verdadeiras orgias sexuais, eu sei que ele me contou isso e eu disse para ele que não acreditasse naquele papo, porque não teria como provar e mesmo que tivesse o que aconteceria?
Eu sei que não levei o assunto adiante, mas aquilo nunca me saiu da cabeça, não que fosse uma perversão, ou coisa parecida, mas a necessidade de se conhecer o outro lado da meia noite, aquilo que já não valia mais a pena saber mesmo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Comente, se você tiver coragem...