"Quando abro o armário da cozinha e escolho qual caneca vou tomar café, posso encontrar o tema de uma coluna. Quando entro nos quartos dos meus filhos e observo eles dormindo, é uma cena tão cheia de amor e de detalhes que eu teria assunto pra um ano. Como não olhar pra esses homens quase maiores que o colchão e lembrar que eles já tiveram pés de bisnaguinha? Falando nisso, você já aproveitou o sono tranquilo de um filho pra voltar no tempo e se apaixonar de novo?"
Nelsonpoa: No começo do texto cheguei a pensar que era um texto de Lya Luft, de que seria mais amostra do quanto somos vulneráveis nos nossos relacionamentos e pensamentos, medíocres por certas vezes no nossos interesses e naquilo que buscamos com tanta persuasão. Na verdade o texto fala de inspiração e de como ela ocorre e onde buscamos as ideias para escrever sobre o dia a dia, quando fala-se em farelo e a bola de neve que ele pode virar é o grande desafio desse texto. De como evitar que farelos, migalhas e sobras acabem se tornando tão grandes que são capazes de nos derrubar do cavalo e o desejo incontido de outras pessoas que isso realmente acabe na maior confusão. No que era para ser algo de imenso prazer, acaba por se tornar a amargura ver as pessoas sofrendo e doentes por não transformar migalhas e farelos em lixo orgânico
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