Assim mesmo a OAB se pronunciou contra a medida. Existe uma tal de inocência presumida que fazia disso tudo uma grande esculhambação e os réus ficavam por aí soltos e as penas chegavam a prescrever. Foi um golpe mortal na impunidade, agora, dependendo apenas do tempo que o julgamento em segunda instância acontecer, não tem mais recurso que deixe a coisa andar a "bangú".
O sistema é muito perverso, porque se utilizam de armadinhas perigosas quando se mexe na constituição dessa forma, o que se precisaria mesmo é uma reforma em pontos determinísticos para diminuição da criminalidade com base na qualificação do mesmo, mas até isso é contraditório, porque ninguém define cada e coloca em xeque tudo isso que envolve o julgamento de uma pessoa.
Ainda falta muito, mas estamos progredindo aos poucos e acho que em breve, alguns anos mais, tornaremos o sistema limpo. É que na verdade, temos vários casos que entraram na vala comum e não são mais prioridades, porque a polícia está envolvida apenas com problemas iminentes, bem como a Brigada Militar, não conseguimos atingir um outro modelo que mude essa visão dessa parte da questão pública, e agora, acabamos vendo tragédias todos os dias, e é isso que a polícia está fazendo, limpando os acontecimento piores e deixando o resto acontecer. Não se tem estrutura e nem capacidade de investimento para prevenção, o que adianta ter câmeras de vídeos de monitoramento se não temos que possa ficar operando o aparelho, e o pior, se não temos empresa que faça a manutenção das mesmas, o que já daria para resolver vários crimes, já que os olhos dos cidadãos muitas vezes estão cobertos pelos medos e pelas revoltas que ainda permanecem consigo.
Eu acho que isso mesmo é trabalho de sociólogo, mapear os acontecimentos e definir onde estão os nós de toda essa complicada tarefa de lidar com o modelo que além de ultrapassado, está ainda nas mãos daqueles poucos que não querem mudar por que acabam fazendo disso um lobby para sua própria subsistência, não sabem que na verdade o quanto isso vai melhorar a vida de um país e a sua também, o emprego deles não vai terminar, poderá se tornar puro e sem ficar dependendo de favores e livre para atender até a pessoa do bem e se retirar de determinada faixa de trabalho que é a escória da sociedade.
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