sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

Minhas cartas

03/09/90
Quando conversamos no sábado, coloquei os meus sentimentos, as minhas dúvidas, os meus anseios e a minha total falta de experiência em situação do tipo a que vivemos. Pensei muito, me deprimi, e sofri e penei e chorei...concluí:
Estou realmente te prejudicando, te machucando e te magoando, te ferindo bastante e isto eu não quero mai. Agora eu sou obrigado a concordar contigo que eu preciso de tempo para me recriar, já que nascer de novo é inviável no momento, e preciso formar um novo tipo de estrutura, já que as bases estão muito abaladas e as marquises estão para cair a qualquer momento.
Puxa, escrevendo assim, já sinto o coração disparar e quero ver como vou me segurar, mas tenho que pensar no teu bem e sino que estou te atrapalhando e espero que num futuro breve tu possa ser feliz.
Não quero mais te dar insegurança, te ferir nas coisas que eu digo e que se te magoam é porque tu não entendes como eu sou e o que eu sinto, jamais irias te "grilar", pois aprendi a te admirar muito. Mas como não podes...o que me fez mesmo escrever é a real necessidade de que eu seja natural, espontâneo e que eu não pense mais por ti. E como vou escrever coisas bonitas se o que eu faço não fecha em nada não é? Como eu não vou desgastar uma relação assim? Acabaremos sendo inimigos mesmo nos amando e isso seria o meu naufrágio total.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Comente, se você tiver coragem...