terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

a fissura de Porto Alegre por viadutos é uma perversão sexual

"Acontece que a fissura por viadutos é uma espécie de perversão sexual terceiro-mundista à qual Porto Alegre se entrega com paixão e gozo. Acreditamos que eles significam progresso. Chegamos a empilhá-los uns sobre outros e a erguê-los à beira do Guaíba, para abrilhantar nossa orla."  Itamar Melo
Esse Itamar não sabe o que é perversão...muito menos sexual. É inacreditável que o Viaduto Otávio Rocha, fique na AV. Borges de Medeiros, aqui em Porto Alegre, conde na Caldas Júnior, no espaço destinado ao BB, temos uma fotografia em tamanho gigante do, penso eu, primeiro viaduto da cidade, da construção dele.
Ele é posterior a ponte de Pedra, mas enfim, depois vieram os que se sucederam, até que em meados de 1970, aconteceu aquele viaduto em que um estudante se dependurou numa árvore, para que fosse construído o viaduto da João Pessoa, depois vieram outros, como o viaduto da Marly e outros se sucederam. 
O s viadutos aconteceram porque não tivemos metrô na cidade, esse é o ponto número um, foram se desativando outros bondes e agregando outras situações como é o caso do Aeromóvel, que ninguém comprou aquela proposta, porque não existia a licitação é por quanto tempo alguém haveria de ganhar com aquele tipo de sustentação e por quantos anos aconteceria isso. A própria terceira perimetral, era um projeto de 1954 se não me engano e foi ao ar pelos anos de 2000, já nasceu ultrapassado e o que era para ser uma rota de fluxo rápído até o aeroporto, acabou acontecendo isso que vimos.
Esses dias mesmo, estava tentando ir para Cachoeirinha e me atrapalhei para mostrar a Arena para o carona e acabei entrando por engano na 448, a rodovia do Parque, foi inacreditável.
O texto de Itamar Melo deveria estar voltado na verdade para algo que realmente é o X da questão, que quando foi feita a 3ª perimetral, muitas árvores foram colocadas abaixo, um verdadeiro estupro a natureza, isso sim é que deveríamos estar lendo, sem falar das várias que tentaram ser transplantadas e as várias tantas outras que foram mutiladas, na construção de um viaduto, que às vezes a gente mesmo não sabe se iria resolver o nosso problema, mas esperamos que sim. Pra qualquer tipo de árvore, pode ser derrubada dentro da cidade, existe uma necessidade de autorização da SMAM, do Ibama e de outros órgãos que necessitam fazer a adequação do habitat natural, quando numa explosão da natureza, de uma só vez, o Marinha do Brasil e o Parque Farroupilha foram escalpelados de uma só vez, enquanto pessoas tem suas casas envaidas por raízes de árvores que furam canos, provocam prejuízos, brigas entre vizinhos por causa de suas folhas e olhas situações que podem causar todo tipo de perigo às pessoas em relação às suas casas.
Os viadutos, assim como os corredores de ônibus foram crescendo à medida que com o  crescimento da cidade se tornavam necessários e o estudo técnico e financeiro permitiam que aconteciam, ou seja, com os financiamentos dos Bancos ela possível fazer, retornar ao passado para procurar as origens desses monumentos que foram criados é de uma mediocridade de falta de visão de futuro, com preservação do patrimônio. Mesmo embaixo de viadutos e elevadas, a história se construiu sobre vários e diversos aspectos, seria necessária uma abordagem histórica para entender a fundo a sua implantação e existência. 


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