O assassinato da colega pelo taxista

Não me lembro o nome dela, e também não me lembro o nome da outra. Eu só sei que a primeira teve uma relacionamento pela internet, e o cara não era daqui, e já fazia um bom tempo que os dois estavam separados e não sei se ele foi definitivamente preso, ou se fugiu para não ser mais pego, para outro estado.
A gente não sabe como funciona isso porque em determinada época ela apenas trabalhava na mesma sala que a gente, mal nos cumprimentávamos porque ela era muito estranha, não queria ser vista e nem lembrada, de vez em quando penteava os cabelos loiros, mas não travava um olhar sequer com qualquer pessoa que fosse diferente da sua amplitude.
Mas o que acontecia por trás é que ela já vinha sofrendo todo tipo de assédio e chantagem porque ele sabia que ela tinha dinheiro, até o momento que deve ter acontecido algo fora de controle e ele acabou com a vida dela. E todos ficamos perguntando como é que ela se envolveu com aquele taxista de outro estado.
Acabamos por achar que ela era uma pessoa muito sozinha e nesse caso a pessoa vai se esvaziado dos outros e se envolvendo com fantasias e todo tipo de situação desfigurada, fica a mercê de um objeto de desejo e acaba se iludindo, mesmo que não queria, por pessoas que não são reais e depois se mostram aquilo que de fato não eram.
Essas possibilidades só acontecem com pessoas que estão com auto-estima sem controle e pensando que não existem pessoas que não queiram algo mais do que o seu dinheiro e do seu patrimônio. A medida que a pessoa vai se abrindo e a carência aparecendo cada vez mais, a pessoa fica mais exposta a um engano e uma situação que fuja do seu controle, não pede socorro à polícia porque não quer descoberta do seu mundo, que agora é posto em xeque, tudo uma grande armadilha para qual não consiga socorro, e é disso que as pessoas se valem da certeza que a pessoa está indefesa.
Então, só resta uma saída, denunciar e pedir asilo, contar com apoio de quem pode ajudar na hora certa, de um anjo da guarda.