domingo, 30 de novembro de 2014

O baile.

Foi outubro, era aniversário de uma colega de trabalho, minha chefe na época, tudo ia correndo bem, cerveja liberada, dança, petiscos, a gerenta do setor e o Ricardão pagaram a conta. Eu estava meio alto, mas presente em todos os momentos. Dancei com várias pessoas no círculo, o local se chamava Kiosque, ficava na Assis Brasil, não gostava de lá porque uma vez passei mal por aquelas bandas, não tinha saída de ar suficiente e era muito quente. Só sei que convidei-a para dançar assim, despretensiosamente. Fomos a pista na primeira vez e ficamos apenas girando, esperando ver o que ia acontecer, quando perguntei: - e agora?, ela respondeu: - não sei! e a dança foi rolando e os corpos se entrosando, como se dançassem há muito tempo juntos. Pararam para se refrescar e foram a mesa, sem dar o toque aquele de que queriam ficar juntos. Depois de um tempo, voltaram à pista e o clima ficou de romance puro, ela pode sentir a excitação do corpo deldmno seu, no meio da pista, ele nem se lembrou mais que já havia dançado com a gerenta. Era um momento mágico, um sonho de conquista. Foi então que do nada apareceu o Gibão, um colega nerd, e tomou seu lugar na pista e ele teve que deixar a pista e ir para mesa. Lembra que ficou conversando com a chefe durante um tempo, nem chegaram a conversar naquele momento. Ele foi no banheiro, quando voltou, elas já estavam indo, o que fazer? Ela havia ido com a irmã, a qual encontrou e teve coragem de pedir o celular. Então ligou às 4 mesmo. Ela atendeu, disse que morava sozinha e estava na casa dos pair resolvendo um assunto. Perguntei porque foi embora, disse que a fixei na pista com o Gibão, não aceitou aquilo. Disse que precisava falar com ela, mas era tarde demais para os dois.

sábado, 29 de novembro de 2014

O espelho...

Eram um casal que havia se mudado fazia pouco para o Plaza Cristal, ele era onze anos mais novo do que ela, era o quarto casamento dela e o primeiro dele, ele ensinou a enteada  sobre quase tudo, até sobre tpm e menstruação. Ele dançava muito bem, ela se apaixonou pela música e pela dança também, mas um dia ele se sentiu sufocado e saiu de casa, por 15 dias. Voltou mas a confiança já não era mais a mesma, mas o amor por ele, era incondicional. Certa manhã, após uma noite de amor intensa, ele escreveu no espelho do banheiro, eu te amo, tu és a mulher da minha vida, com o batom dela, fazia um mês que ela havia perdido a mãe, e agora, relação plena, embora ter vendido a casa no interior e ir morar num ap. novo. Ela era uma mulher experiente e o que deixava ela jovem era sempre manter a capacidade jovial de se exercitar sexualmente, usava roupas de brechó, e tinha um sono de princesa, escutava e acordava com os barulhos dos tachões do condomínio, dormia bem somente uma noite intensa de sexo. Naquele dia, já no final da tarde, após aquela declaração no espelho, ele entrou em casa e disse que se apaixonou...pela colega de trabalho, e que precisava viver aquela relação, e se foi com a mala em punho, sem olhar para o que estava ficando, via apenas uma mulher mais nova...dez anos do que ele, e vinte do que a esposa, mas essa não dava no coro, isso já é outra história.

quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Magia azul...

Primeiro retirei as fotos dos quadros pequenos, depois retirei o quadro maior, como se quisesse dizer que eu não fazia mais parte daquela família, daquele contexto, daquela nomenclatura, em represália a uma ação equivocada, uma falta de respeito a minha pessoa ou coisa do gênero, foi uma atitude desesperadora e de confronto. Eles não entenderam o que estava acontecendo, se agarraram no estranho que estava agora convivendo com a gente,  viram nele, pelas atitudes demonstradas, um inimigo dentro da própria casa, ele se ausentou no casamento da afilhada, do recado deixado debaixo da cômoda da sala desejando feliz natal àquele estranho, do presente de natal caro, enfim dos aniversários, eles haviam desistido dele, ele viveu seu mundo isolado, porque era onde ele precisava se re-encontrar consigo mesmo. Ela provavelmente teve medo que ele descobrisse a parcela de culpa que ela tinha, e que viesse a tona na hora H. Meses se passaram e com ele a estabilidade emocional, o pior já tinha passado, agora era uma questão de tempo, tudo voltaria ao normal, se acertariam novamente alguém talvez  explicasse de fato o que aconteceu, seria possível continuar de uma forma diferente teriam razões para crer que tudo seria diferente; mas ele foi pego nem tanto de surpresa, poderia acontecer o pedido, veio num momento que ela já não poderia voltar atrás,, ele poderia contestar, mas não o fez; depois disso houve apenas sofrimento, revolta e inxomprensao. Acredito que temos que  conviver com as nossas escolhas e com as das pessoas que tanto sofreram com as nossas decisões.
Procure encontrar no álbum de fotografia porque certa pessoa não faz parte daqueles momentos.

Falando com Deus, no voo da Tam...

Era 2002, talvez 2003. Não sei dizer ao certo, sei que havia uma determinação da gerencia de levar os contratos de publicidade de uma grande empresa para serem discutidos na sede da Infraero, em Brasília. Nao havia outro funcionário disponível, nem uma Lívia estaria disponível naquele momento, somente poderia ser eu, tanto que fui convocado para estar no aeroporto às 19h, peguei o avião com passagem por Guarulhos, os contratos estavam na bagagem, e seguiriam direto. Banheiro e check-in direto. O aeroporto estava lotado e na hora do embarque do ônibus para levar até o avião falei: -Brasília!
Entrei dentro do aparelho e haviam somente três pessoas dentro do avião. Me sentei na parte detrás e logo em seguida entrou um quarto elemento, gordinho e com lugar em todo avião, sentou do meu lado. Era Deus, em carne e osso. Perguntei para ele se serviriam janta, foi quando ele me falou que o voo era curto, 40 minutos, não dava tempo. Eu disse que o vôo era uma hora e meia e estava indo para Brasília, foi quando Deus me disse, tu pegou o vôo errado!!!esse vôo vai para ...CAMPINAS...olhei para Deus ali lado a lado e disse, esse vai para Brasília, quase o convencendo, foi quando tive a ideia de chamar a aeromoça, que também não sabia de nada de nadinha, mas iria se informar, eu ainda disse te arruma rápido... Foi quando a aeromoça retornou e disse que aquele vôo iria...para Campinas mesmo, me levantei rapidamente e entrei numa van com mais de vinte pessoas nas mesmas condições, lembro que entrei no avião e perguntei: vai para Brasília?!?!?e a porta fechou imediatamente.....não precisa dizer que levei uma vaia daquelas por ter atrasado o voo, mas quando sentei me lembrei da mão de Deus ao meu lado me chamando de babaca!

quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Conversa com o taxista...

Foi na saída do Hospital da PUC, conversando com o taxista sisudo...
Celular toca:
- o quê? O acompanhante se atrasou meia hora. Pqp!!! Eu preciso de psicólogo? O cara disse e afirmou várias vezes que chegaria meia hora antes. Eu mesmo tive que assinar por mim mesmo, já pensou a atendente te cobrando???
- Cadê o seu parente???
Quanta irresponsabilidade!!!
Lá dentro disseram que o sr. Tem que entrar, cadê o acompanhante? - está vindo porra!
Voltando ao celular do táxi:
Mas minha querida o cara me deu alta às 6:20 da manhã e as enfermeiras perguntando ..cadê o acompanhante?? O cara chegou às 9  , e as enfermeiras me ameaçaram de que se eu não me acalmasse não me deixariam sair, que recém eu botei dois stents e que já teve caso de pessoas que foram e voltaram no mesmo dia...
Minha querida o que nós combinamos??? Não era tu que viria me buscar???eu vou para minha casa e vou ficar lá tranquilo com vocês não tem condições.
Pedi desculpas ao motorista e esse começou a contar suas historias vividas dentro do táxi..

Restaurante 3 gurias...

Fica localizado na EUA Lopo Goncalves, 364, na Cidade Baixa, na frente tem uma árvore que suas folhas cobrem a entrada do pequeno, mas aconchegante restaurante, comida de qualidade a um preço de R$17,00 durante a semana e R$ 20,00 no sábado...esses dias por acaso, no almoço, mesmo sendo diabético tipo2, não pude resistir a carta de doces: mousse de maracujá maravilhoso, pudim de leite condensado muito bom, torta de sorvete deliciosa tipo cassata.
A sugestão está dada.

Enfermeira Marly do Hospital da Puc...

Nos encontramos novamente, após um mês do cateterismo, na noite do dia 24 para o dia 25, eu diria que passamos a noite juntos, no bom sentido e' claro, foi uma noite calma, mas ela estava sozinha, me lembro de uma hora sela com a cabeça sendo segurada pelo braço esquerdo. Acho que estávamos em 4 na sala de recuperação dos cardíacos naquela noite, quase ninguém incomodou, eu dormi até às 5 horas direto, desde às onze e ainda acompanheinseu trabalho até o final do plantão às 7, quando se despediu de todos nós e foi embora. Apenas meu vizinho que guardou o celular frbaixo do travesseiro insistiu que perdeu o controle no meio da noite e pediu desculpas para cada um que aparecia por ali. Uma angioplastia e' um procedimento difícil, a lesão era grave em dois lugares, mas a recuperação depende, em primeiro lugar, de uma grande enfermeira que e' o nosso caso aqui. ÀS vezes queremos demonstrar carinho e respeito com alguém que por algum motivo passou na nossa vida em algum momento que realmente precisamos apenas de um olhar ou um gesto de amor de forma diferente.

terça-feira, 25 de novembro de 2014

Infraero, Caixa e Petrobrás

Sempre que votei no Lula e na Dilma foram por causa das privatizações, ou seja, a certeza de que elas não ocorreriam nos governos do PT. Trabalhei na Infraero e fui trabalhar lá com essa certeza, fiquei apenas dois anos, que me valeram por dez de experiência, uma empresa acima de muitas em tecnologia de ponta e responsabilidade profissional, uma notoriedade de certificação em qualidade; como eu gostaria de ter trabalhado naquela empresa com dez anos a menos de idade, eu estava no auge da minha audácia, mesmo assim preferi trilhar outros caminhos menos desgastantes e mais tranquilos. Trabalhei como Administrador no Salgado Filho, vi nascer o Tps1 e morrer o Tps2, eu tinha conhecimento de todo sitio aeroportuário, respondia rodas as duvidas e sugestões, viajava pela empresa conhecia outros aeroportos, era tudo muito estudado e vivido intensamente a cada dia. A Infraero nunca perdeu a majestade, assim como outras empresas, tinha os aproveitadores, os que desejam que de tudo desse errado para se darem bem na vida. O que lamentoe novamente e' a entrega das concessões agora dos aeroportos,  pois como sempre existe uma ganância sobre a questão publica que transcende a questão governamental, e' a mesquinharia do inexplicável, se vende a concessao pública e depois não se tem como reverter o quadro, porque o dinheiro não existe mais, já foi destinado para outro lugar e o resto está tudo amarrado em um contrato administrativo. Acho que privatizar os aeroportos e' diferente de privatizar as telecomunicações, por exemplo, tem questões de segurança internacional que estão muito mais acima do que apenas um contrato, além de segurança internacional e nacional, tem os problemas e aspectos operacionais não visto e nem observados nos hangares, vamos pagar um preço muito sério por isso. O que não se percebia coma falência da Transbrasil, vaap e Varig era que um novo modelo de aeroporto aparecia na infra-estruturaaeroportuária: a de que sem investimentos novos e deixar que fossem aplicados na própria Infraero os contratos que ali eram realizados levaria ao caos como no caso de Giarulhos, onde as pessoas estavam pegando vôos para outros lugares naquela confusão na hora de pique da pista, um verdadeiro horror pere-ae o controle então e' hora de privatizar.Só dá lucro na mão do governo quando ela privatiza, o povo que pague depois, nem a Infraero escapou disso, quem será o próximo?

Datilo'grafo...

No ano de 1976 fiz meu primeiro curso, no SENAC, DATILO'GRAFO, 120 horas, batendo "asdfg". Era a porta para qualquer emprego na área administrativa. Fi ainda um curso de digitação pelo Serpro, já tinha uma profissão reconhecida e um belo salário, depois fi outro curso de digitador na Procempa e de Datilografia como prof. ribeiro que areumava empregos no falido sul brasileiro, acho que aquilo era uma picaretagem. Para ser datilógrafo era necessário e pré requisito para o cargo de próprio nome do governo do estado, do cargo de secretário de diligências e do escriturário, isso hoje não e' pré requisito para mais nada e os tempos mudaram muito, naquela época nara era on line e quem era programador de COBOL estava a frente do universo. Ganha perda de tempo essa questão da evolução tão rápida e tao pretensiosa, tido via peça de museu e nem o Atari conseguiu se preservar. Datilógrafo e' um cargo em extinção na pmpa, assim como barbeiro e garçon. Quem sobreviveu a esses tempos vicudos' foi quem teve a capacidade de se planejar financeiramente e abrindo espaços nas vidas  que deixaram de viver alguma coiaa para se desenvolver naquele projeto, terá valido a pena?

sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Mensagem para a amante do meu marido...(2004)

Esse texto foi recebido em terça 21/09/2004, há mais de dez anos, continuaria atual?

TÍTULO: "Mensagem para a amante do meu marido"
  
Mensagens suspeitas levaram
Patricia a descobrir que era traída. Após meses de sofrimento, ela  escreveu este corajoso e-mail  à mulher por quem já sentiu um ciúme mortal.
   


CARA MARCELLA, DARIA TUDO PARA ver a sua cara ao encontrar este e-mail entre os vários que meu marido escreve para você. Não me interprete mal; não estou escrevendo para provocar -- nem criar caso. Quero apenas ser a primeira a dar uma notícia do seu interesse, e como sei que vive conectada à int ernet... A menos que o André já esteja aí e tenha estragado a minha surpresa. Ele me disse que ia para um flat, mas você sabe tanto quanto eu (talvez até melhor) que não seria a primeira mentira que ele me conta. Garanto, porém, que será a última. A notícia é justamente esta: acabo de colocar meu marido porta afora, com malas e tudo. Sem volta. De modo que vocês não precisam mais fazer malabarismos para evitar que eu descubra o que já sei há quase um ano. De modo também que, se eu fosse você (e, acredite, houve época em que ser você era o que eu mais queria), começaria a me preocupar se ele demorar a aparecer.

MAS VAI APARECER, SIM. Porque agora você é tudo o que ele tem. Pela primeira vez, vai bater na sua porta não por excesso de tesão; será por falta de opção. E eu queria que você soubesse disso. Passei o diabo por sua causa e não vou permitir que sinta o gostinho de imaginar que venceu. No final das contas, sempre foi isso, não é? Uma competição entre nós duas. O mais irônico é que o "prêmio" nem é lá essas coisas. Acredita que o desgraçado ensaiou pedir perdão, jurando que o caso de vocês não era nada sério? E olha que não cobrei explicações. Nem ameacei impedi-lo de ver a filha. Só mandei que saísse da minha vida.

PRECISAVA VER o estado em que o André ficou quando chegou em casa hoje e encontrou as malas na porta. Nunca havia passado pela cabeça dele a possibilidade de que eu desconfiasse de algo. Menos ainda de ser dispensado. E daquela forma. Ficou tão desnorteado que me acusou de traição por tramar tudo pelas costas dele. O cínico transava com você e a traidora era eu! Pela primeira vez depois desse tempo todo, tive vontade de rir. Lá estava o infiel, chapado com a descoberta de que tinha sido enganado. Prova de que sou muito mais competente na arte de dissimular. Só eu sei o esforço que isso me custou. Mas, lamentações à parte, foi um alívio colocar um ponto final na situação.

NUNCA MAIS vou olhar para o meu marido imaginando se hoje é o dia em que vai abrir o jogo e acabar com o nosso casamento. Nunca mais vou ter a sensação de ser inadequada, errada, pouca coisa. Nunca mais vou sentir seu detestável cheiro almiscarado entranhado na pele e nas camisas dele. É, foi o perfume que me alertou. Sempre o mesmo, sempre nos dias em que chegava em casa mais tarde, sempre nos mesmos dias da semana. Depois, a desconfiança me fez vasculhar o computador dele e encontrei suas mensagens. Era o único programa protegido. Não tive dificuldade para descobrir a senha, mas fiquei chocada: o filho-da-mãe usou a data do nascimento da nossa filha!

TENHO DE ADMITIR: ele foi bom de serviço. Fora o maldito perfume, não deu nenhuma bandeira. Mas, depois que tive acesso à correspondência de vocês, acompanhei cada encontro, como se estivéssemos os três na mesma cama. Sabe "o lugar de sempre" de que você falava nas mensagens? Eu estive lá. Segui o André. Foi a primeira vez que vi a tal de "sua Marcella" que assombrava meus dias e principalmente minhas noites. Estacionei do outro lado da rua e esperei vocês saírem: duas horas e 35 minutos contados no relógio. Depois que foram embora, entrei. Quando viu que eu estava sozinha, a caixa do motel me olhou como se eu fosse alguma depravada. E naquele momento era mesmo. Havia algo de doentio na minha necessidade de ver o cenário da traição. Sabia que seria coincidência demais ela me dar a chave do mesmo quarto, mas nem precisou. Pela suíte que vi, constatei que o motel era bem mais refinado do que aquele que freqüentávamos no auge do namoro.

HUMILHANTE, NÃO É? Fiz mais. Lembra-se de uma Cecília Matos que ligou para a seguradora em que você trabalha marcando uma entrevista e nunca apareceu? Foi só para ouvir a voz da vagabunda que estava tentando roubar o meu marido. Só que você não tinha voz de vagabunda. E me pareceu muito competente. Entrei em parafuso. O André não estava de caso com uma qualquer. A partir daquele dia, segui você -- e não só quando estava acompanhada dele. Sei quem são e onde moram seus amigos, a tia querida, até o seu analista. Não me orgulho disso, mas também não me envergonho. Hoje, que tirei o dia de folga só para arrumar as malas do homem com quem vivi sete anos, tinha certeza de estar fazendo a coisa certa. E, de uma forma oblíqua, me vingando.

NÃO SEI NEM QUERO saber o que o André vai contar no seu ouvido. Seja lá o que for, aposto que acreditará na minha versão da história. Afinal, eu sou, sem a menor sombra de dúvida, bem mais confiável do que ele. Sinto falar assim do homem que você ama, mas nós duas sabemos (embora você talvez ainda não queira admitir) que se trata de um canalha. Nada mais explica ter mantido uma vida dupla por tanto tempo. Tentei achar outros motivos -- afinal, ele também era o homem que eu amava. Acreditei que a culpa era minha. Fiz a mim mesma um milhão de vezes a clássica pergunta: o que a amante dele tem que eu não tenho? Fora cinco anos a menos e um corpo um pouco mais firme à custa de musculação, não encontrei nenhuma vantagem evidente. Somos até parecidas. Não apenas fisicamente. Como você, sou uma profissional bem-sucedida. Tenho muito a oferecer a um homem. Inclusive na cama. Embora essa tenha sido a dúvida que mais me atormentou no começo.

O QUE SERÁ QUE você fazia de tão especial? Quase surtei pensando nisso. Não parava de me lembrar de uma colega da faculdade. Comentava-se que ela tinha orgasmos múltiplos em todas as transas! Ficava imaginando uma cena assim com você e o André e quem perdia o fôlego era eu. Sentia como se eu fosse morrer. De inveja, de frustração, de humilhação. Felizmente, essa fase de ciúme delirante durou pouco. Foi substituída por um ódio cego, desejo de vingança e, finalmente, lucidez. Se ganhei alguma coisa além de cabelos brancos e um princípio de úlcera nervosa por causa do longo caso de vocês, foi isto: tempo para ir ao fundo do poço e voltar. Compreendi que não se tratava do que você tinha e eu não, mas do que eu tinha e você não. E eu tinha um marido, uma casa e uma criança de 3 anos; uma imagem de porto seguro. Atraente, porém menos excitante.

ACABEI CHEGANDO à conclusão de que o André nos enganava. Nunca pretendeu escolher. E por quê? Tinha o melhor das duas. Por ele, arrastaria a situação indefinidamente. Pior: se fosse pressionado, ficaria comigo. E gosto demais de mim mesma para aceitar uma coisa dessas. Foi por isso que o coloquei porta afora. Por ironia, ele agora é o único que não tem escolha. Quando bater aí, você pode ou não abrir a porta que eu fechei. Não sei qual das opções me daria mais prazer. Enfim, o problema é seu...

Adeus para você também,
 Patricia *

O futebol e o brasileiro...


·    FUTEBOL E O BRASILEIRO  (esse texto foi escrito em 12/08/98)

 

 

Não faz trinta anos que estive no Maracanã pela primeira vez. Tinha doze anos naquela época e meu pai pediu para que eu entrasse sem pagar, visto que éramos de poucos recursos. Ainda me lembro da sua conversa  com o porteiro:            

- Deixa ele entrar vai, nós viemos de Porto Alegre, de tão longe, só para conhecer este estádio... vai dá uma mão... .  Que situação difícil para um garoto daquela idade... senti falta da pipoca.

- Pois o cara deixou passar, incrível...passa por baixo , vai...

Nesses  tempos vivenciamos outra jornada marcantes. Foi quando o Santos, de Pelé, esteve no Olímpico, antes da Ampliação do estádio(que só ocorreu em 78), jogando com o Grêmio:

- Têm criança! Têm criança!

 Naquele zero a zero não me lembro do rei. Talvez tenha sido como o Ronaldinho na  França em 98, não jogou nada e foi considerado o melhor jogador da copa. O estádio não tinha espaço para mais nada mesmo, foi impressionante. Ver o Pelé jogando, realmente meu pai era corajoso, um amante do futebol.

Papai fazia questão de assistir jogos bons, uma vez me levou num flamengo e inter, no Beira-rio, e vi o Rodrigues Neto fazer um golaço como nunca tinha visto antes, talvez parecido com aqueles cruzamentos que o Carlitos fazia. Parece que depois o tal lateral foi contrato pelo Inter.

Mas em falando em espaço, estava assistindo, em companhia do meu amigo João, no Olímpico, a um Grenal.  O João era meio caipira, vindo de Passo Fundo, tinha umas manias meio gozadas. Estudante de Engenharia Elétrica na época,  transformou um rádio movido a válvula ,com alguns arremates, num a pilha e levava para o jogo. Era do tamanho de uma TV 14 polegadas, antigo e um pouco espalhafatoso. Estádio cheio, lotado mesmo, apontei para o João sobre um clarão que se abriu no outro lado do estádio, e como o pessoal se movimentava, mais rápido e mairápido e mais e ... quando nos demos por conta e nos encontramos novamente, o João estava somente com a tomada do rádio e dali pôr diante nunca mais fui de chinelo para o estádio.

E o Gainete naquele grenal da voadora, o que foi aquilo?  Meu primeiro grenal indo no estádio ... que decepção! Juro que não conseguia perceber o que passava.  Naquela época  a rivalidade das torcidas era maior. Só não foi expulso o Alberto e outro que não me lembro muito bem. Ao entrarmos no estádio, o meu tio levou uma laranjada no olho esquerdo só não entendo como não quebraram os óculos.

Houve daquela época para cá aqui no RS uma mudança de mentalidade certamente atribuídos há vários fatores, mas principalmente que o Grêmio virou um time internacional. Mas os malucos continuam a aprontar: bombas explodindo em ônibus, torcedor se atirando das cadeiras, torcidas organizadas sendo  extintas pela justiça no Brasil, etc...

Assim como o torcedor do inter têm lembranças muito boas como o grenal do século e o campeonato gaúcho de 69(graças ao Ibsen e a sua imposição junto ao juiz), lembro-me, como gremista  que sou,  e mesmo depois de muitas conquistas, dois grenais especiais: o primeiro, um empate, com gol de Mazinho aos 43 min do segundo tempo no Beira-rio lotado. E o segundo, na época do Figueroa, Falcão e Marinho Peres uma vitória de três a um com gols de Zequinha,  a noite,  no Beira-rio. Quem que estava no estádio naquelas duas vezes não se lembra

Jogos históricos e vorazes numa época em que se podia beber e fumar dentro do estádio, em que mulher raramente aparecia naquelas bandas e o futebol era cercado de místicas e devaneios como de um mundo completamente voltado para o Homem e de muito pouca ou quase nenhuma valorização da mulher. Tempos bicudos!

 

          

 

Carta para Josi


 
 
"Oi Josi, boa noite
 
Para variar a conexão está ruim. Parece que agora estabilizou. Parece  Matrix, acho mesmo que a linha está grampeada, vou ser breve para a gente não ser descoberto por quem está na linha...

 Gostaria de agradecer pela companhia daquela noite e pelos bons momentos que passamos juntos, pelo empenho e dedicação, vimos que fomos feitos um para o outro, temos química, embora a interseção dependa de outros fatores evolutivos; é uma maneira de ver home e mulher de forma comum.

  Acho que agora, esse é o momento de falar,  é preciso dizer algumas coisas importantes sobre a situação: 

   Te achei uma mulher determinada, bem resolvida, ainda com jeito de menina, simpática, elegante, sorridente, que beija muito bem e que tem os outros atributos também, qual o homem que não se incomodaria de ter um relacionamento assim? Acho que eu.

 Não tenho medo de lidar com esse tipo de situação, até porque meu perfil me remete a isso. Logo, vou falar de mim. Não sou de esquentar a cabeça de ter um relacionamento com uma mulher refinada e profissionalmente atuante, não é isso que me incomoda, se é que posso dizer isso, acho que a gente ia se fazer bem um ao outro, mas então qual é a dúvida? Pois a dúvida sou eu, não vou te querer só como amiga e isso atrapalha, porque ainda não estou pronto para evoluir nesse quesito, por melhor que tenha sido nosso entrosamente, tem o outro lado que me puxa, o da independência e o do "descontrole" sobre os horários, os dias, os lugares, tem-se que estar preparado para isso. Fico pensando nas relações que acontece nos envolvimentos entre Homem e Mulher, acho que é por aí, as pessoas não querem se relacionar porque tem medo, do desconhecido, da cobrança de si mesmo, do que os padrões determinam, do desconforto sobre si mesmo. Supor situações que teria de dizer, ah é só deixar rolar...mas não é. Todos temos reações e atitudes que nos afetam, as pessoas tem sentimentos, logo, todo cuidado é pouco nessa seara. Talvez se tu dissesses coisas do tipo eu não tenho medo e estou pronta a enfrentar esse tipo de envolvimento e quero, preciso viver essa relação, eu quero muito gostar e me apaixonar perdidamente, sem qualquer tipo de medo...      

     Logo, agradeço desde já o convite para a pizza, mas tudo é muito dinâmico, eu acho que estamos no caminho certo, mas de formas diferente, se a gente continuar eu vou estar  me enganando e vou te magoar, tu és uma pessoal especial e não merece qualquer tipo de sofrimento. Pretendo dar um tempo nesses meandros dos acontecimento e reavaliar meus conceitos do que eu realmente quero e preciso nesse momento.
 
Beijos"


"Bom dia
Lamento muito que as coisas tenham tomado este rumo. 

Também te achei muito legal, educado,inteligente, bom papo, cavalheiro, companhia super, mega, hiper agradável e sensual.

Talvez eu tenha te assustado, ou afrontado, quando te convidei para a pizza, porém o intuito era te agradecer os bons momentos juntos, retribuir e continuar as conversas de forma leve e divertida (como foi no sábado). 
Não ia te pedir em casamento, afinal no teu perfil falas em relacionamento casual, e mesmo assim vislumbrar, naquele ou neste momento,  qualquer relacionamento mais sério seria prematuro. Concordo que nos entrosamos bem e nos divertimos bastante, o que poderia ter continuidade pelo menos até um dos dois desistir, o que, parece-me,  acabou acontecendo.

Discordo quando falas em "estar pronto". Quando é que se está pronto? Na minha opinião, normalmente nos aprontamos no decorrer das experiências, porque, afinal, cada uma é diferente da outra e a graça está exatamente nisso.
Evoluimos e aprendemos enquanto nos abrimos para vivências novas, estas são convicções minhas e não quero te convencer.

Não entendi "eu acho que estamos no caminho certo, mas de forma diferente".

Falas em se enganar e em me magoar, qual a garantia que isto fosse acontecer?  e também  que não seria o contrário? Não temos o controle absoluto das situações, apesar de termos boas intenções.

Penso que as pessoas querem se relacionar, mas concordo com os medos que vêm junto, porém eu pretendo enfrentá-los agora, já que é inevitável.

De qualquer maneira, não querendo forçar nenhuma barra, o convite para a pizza permanece. 

Grande beijo"  
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 




 
"Oi Josi 
Não te deixarei sem resposta porque seria até uma injustiça da minha parte, me tratastes muito bem e sei do teu interesse pelo que a gente conversou e da maneira como estabelecemos nosso encontro. Percebi que daria para continuar a nos vermos,  tudo muito rápido como tem que ser, mas depois disso a evolução é que me pareceu de que a gente sentiria o que sentimos agora, quando pensamos sobre os diversos contextos e desejos, a gente tem que respeitar os limites do nosso corpo e da nossa mente. Não somos de ter medo, e somos de viver numa boa, logo, isso tem que ser bom, não em causar qualquer tipo de aborrecimento posterior, logo, eu quero melhorar o conhecimento sobre tudo que ficou para trás, resolver ainda pendências e ainda aparar arestas para depois ver como fica, mas com a nossa saída eu me senti vivo, bem presente e feliz. Coisa minha, para dar um próximo passo já é um pouco diferente e requer outras respostas, Por enquanto melhor ficar assim. Tu és uma mulher atraente e sedutora, é fácil para ti cativar as pessoas. Vamos dar tempo ao tempo que nós vamos ficar bem.
beijos"
 
 
 
"Oi
Sei que corro o risco de não ter resposta a esta mensagem (o que é complicado), mas mesmo assim resolvi tentar.
Até pensei em te ligar, mas ....

É que nos últimos dias tenho lembrado muito de ti, nos mais diversos momentos e contextos. Então pensei que seria bom ter notícias tuas, saber se estás bem,  tranquilo, relax.

bj


Josi"
 
 



Gremio e Cruzeiro 20/11/2014

Quando não e' o São Paulo e' o cruzeiro. E agora ainda tem o Atlético Mineiro, que está voando. Ainda tem o Santos que vira e mexe atrapalha na copa do Brasil. Assisti o cruzeiro de Alex Alves, aquele das voadoras e do Gladiador, que deu um drible no Rever uma vez que o deixou envergonhado, fez um gol num espaço que não havia espaço para nada. O Cruzeiro ganhou não sei quantas super copas das libertadores, tinha o Raul, mas nunca foi campeão do mundo, que coisa.
O futebol tem disso, Flamengo vira e mexe leva 04, mas é de time grande, pior é o Flu, levando 04 de time pequeno...
Aquele jogo de ontem na Arena, poderia ser a grande volta do Grêmio ao futebol brasileiro, mas terminou daquele jeito, da mesma forma como no grenal  dos dois a zero, onde no segundo gol não tinha marcação nenhuma, ninguém ficou na sobra, tanto a pressão de ganhar ou ganhar.
Assisti aquele time do São Paulo na Arena, Kaká, Pato, Ganso e do Souza, que era do Grêmio, na troca aquela do Rodolfo. Já fizemos trocas de zagueiro, Werlei pelo Vitor e mais uns trocados, até hoje o Vitor não sabe como foi que aquela situação aconteceu.
O Grêmio não ganha nada faz horas, nem com a Arena o pessoal respeita como no Olímpico.
Cada vez mais distante arrumar um time que se encaixe, temos a contratação de treinadores estapafúrdios, com entrevistas ridículas, amadores e experientes ultrapassados, achando que tirar o time da zona já é um grande feito,
O Cruzeiro não era o inter, como é que não deu para ver isso. Também o Cruzeiro sem Dedé, sem Dagoberto,, sem Borges, sem Moreino, com 20 do segundo tempo já tendo feito todas as substituições, um time efetivo e com sorte de campeão, Júlio Baptista veterano, e alguns comentaristas dizem que não tem mais o que ganhar, quando vem para o Brasil...,
Ricardo Goulart defenestrado pelo inter, fazendo gols com Marcelino Moreno, que nem precisou entrar em campo...e o Everton Ribeiro então, ciscador profissional, insistem nele para seleção, como é que se forma um time assim, com um técnico tipo Enderson Moreira, um experimentador, provavelmente o próximo técnico da seleção, antes mesmo do Tite, que foi para Europa ganhar mais experiência , fazendo cursos, pode?
O que a gente sabe que um time começa com um grande goleiro que tem sorte não só na carreira, mas em momentos decisivos, foi o que vimos ontem...
ainda acho que o Grêmio continua avançando no campo das experiências, e dando errado em muitas das suas negociações e outras tantas negociando precipitadamente seus atletas, o Grêmio se desfez no mesmo ano de dois laterais esquerdos, duas promessas, e conseguiu fazer jogar um veterano na posição, que deu certo porque só o Felipão viu o que ninguém mais conseguiu ver.
O trabalho não está perdido, é deve ser uma continuação baseado em dedicação e profissionalismo, não é possível ficar sem títulos durante tantos anos, o maior ganhador de Copas do Brasil ficou resumido a o quê?

quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Sobre o assédio no transporte publico...

Participei uma vez de processo sobre assédio sexual no trabalho, situação constrangedora para todos,  e acaba que a verdade nem sempre aparece, todos os lados saem enfraquecidos. Homem que pratica assédio deveria ter tido um procedimento de educação na infância ou adolescência digno de cobertura psicossocial e' um covarde no minimo e a pessoa que o colocou como chefe não está preparada para conduzir uma gerencia a esse nível de entendimento.
O que vemos nos ônibus da região metropolitana não e' novo, aliás e' bem antigo. Me lembro um caso aconteci quando estava na faculdade, há mais de 20 anos, onde o cara tinha a capacidade de fixar
a mão, na bunda da mulher, durante todo o percurso do ônibus, depois ele pegava a mão dela e a conduzia até ela descer do ônibus... Sozinha.
No metrô no Rio, tem vagões destinado as  mulheres em determinados horários, isso nos leva a crer que o "bate-coxas" e' cultural, mas ninguém merece se não quer participar da sedução. Tem-se que criar mecanismos de defesa, como em tudo hoje em dia, através de câmeras de segurança.

terça-feira, 18 de novembro de 2014

Carta à Rejane - Escrito em 06/02/2001

Muitas coisas para escrever. Já que não consigo mais dizer, talvez escrevendo seja mais fácil. Hoje estou arrasado. Não me sinto perturbado e nem confuso, apenas arrasado. Estou com medo. Medo do que possa acontecer comigo daqui para frente. Queria apenas ser feliz, só isso. E estive feliz e realizado nos meses que ficamos juntos, assim que me propus a seguir um novo caminho, tentei buscar uma nova alternativa na minha vida. Tenho raízes e muitos sentimentos de amizade, companheirismo junto a minha família. E mesmo assim busquei além disso amor. Uma paixão bela e maravilhosa que agora me arrasa constantemente. Haja forças para continuar. Não sobrou mais nada de mim. Não tenho como prosseguir, terminou o interesse pelo que eu quero para mim. Tentei fugir de mim, comecei a beber bastante e fumar então que horror. Não me achava compreendido por ninguém. De todas as pessoas na minha volta ninguém percebia minha angústia, meu sofrimento, minha dor...eu só queria ser feliz. E queria ser feliz sem machucar ninguém, sem traumas e sem culpas principalmente. E penei...e chorei. Disse que nunca mais choraria por esse sentimento e me iludi que assim pudesse fazer. Demorou tanto para acontecer e de uma forma muito melhor. Hoje acho que realmente cometi um erro. Primeiro devia ter me separado para após procurar uma nova pessoa que não me dividisse em dois, que não deixasse um outro dentro de mim mesmo.  Aquilo que tu dissestes realmente aconteceu...ela me pediu uma nova chance, que faria qualquer coisa para mim, que aceitaria qualquer coisa, que não conseguiria viver sem mim...que decepção! E agora? Que faço com meu amor? com meus sentimentos? com tudo que planejei e sonhei? O que eu faço comigo? Como vou explicar o que sinto para mim mesmo se eu não compreendo o que as pessoas esperam de mim. Quanta amargura, angústia e depressão. E eu só queria ser feliz, queria ter um amor de cumplicidade, de ternura, de troca de olhar e carinho. Quem poderia me dar isso sem todo esse sofrimento? Por isso fugi de mim mesmo...era mais fácil. Era como buscar o sono para não pensar. Não quero voltar a pensar na possibilidade de não poder escutar uma música sequer. Gostaria de companhia que me entendesse, que me ajudasse e apoiasse em momentos assim. Hoje já não posso fazer isso com meu filho, certamente pensará que estou ficando louco. Sinto pena de mim mesmo. Eu realmente só queria ser feliz.  Vejo no meu caminho agora solidão e isolamento. Espero que as pessoas compreendam o que se passa comigo e respeitem a minha dor. Sempre rezei nas fases difíceis da minha profissional e Deus sempre me ajudou. Não me sinto encorajado a pedir para ele me ajudar. Como posso pedir isso a ele quando tantos sofrem e não tem nem o que comer...é um egoísmo. Sei que te meti em uma série de confusões nesta situação, que acreditastes que nosso amor seria muito bonito e que andar de mãos dadas seria nosso futuro, mesmo que atravessássemos momentos difíceis, que certamente iriam acontecer. Te peço desculpas por isso. Pena que as coisas não deram certo no momento que tu esperava. Peço desculpas por ter invadido  teu espaço e ter acreditado em mim. Peço desculpas por teres ficado apreensiva nos meus momentos de fraqueza quando busquei amigos e bebidas para ludibriar as decisões que deveriam ser tomadas, decisões que eu deveria preparar melhor para após  não sentir vergonha e culpa por querer um amor e querer ser feliz. Te peço novamente desculpas quanto aos amigos e tuas filhas que não pude cumprir o que firmamos. Espero para mim que eu consiga me reencontrar comigo mesmo e que finalmente eu possa ser feliz da maneira que eu pensei para nós. Espero para ti que encontres uma pessoa que te ame tanto quanto eu te amei e que te faça feliz, de uma maneira diferente.         Boa Sorte.                              

Beijo e Sexo, do prazer ao entendimento...

Estudei a situação um pouco pelo passado, um pouco pelo que eu mesmo já escrevi durante a vida, um pouco de filmes e pelos últimos anos também, também pelo que vejo e escuto dos meus amigos mais íntimos com quem converso, sexo é um tabu para que ainda tem preconceitos sobre si e sobre os outros. Inicialmente e novamente, quanto ao beijo, tive uma colega que me falou um dia do meu beijo dentro de um carro, de como eu beijava bem. Me lembro que tive um relacionamento que só teve continuidade porque ela me deu um beijo que me fez ligar para ela novamente. Não vou falar das circunstâncias e das importâncias dos relacionamentos, mas o segundo foi intenso e o primeiro uma paixão de verão. Quanto aos outros relacionamentos, alguém teria me falado sobre essa questão e teria me falado sobre qualquer tipo de desacerto nesse sentido. Me lembro que namorei uma pessoa que tinha mau hálito, era horrível, até que não deu mais... ela não queria dar para mim sem casar e eu vi que se não falasse não ia rolar. Não falei e ela terminou o namoro, ainda bem. Me lembro de uma esteticista que mordi a língua dela sem querer, quando fui pegar o chicle emprestado, mesmo assim, insistiu que eu ligasse, não liguei por que ela bebia. Vi filmes românticos, eróticos, pornográficos e estudei até os percings na língua, nada vi demais, o beijo é o início de tudo, como dizia Rauzito numa música: é o início, o fim e o meio. Logo, nada contra o teu beijo, mas ele não é erótico; é particular, reservado e, talvez, egoísta. Quem te ensinou não era romântico, era um desamante sexual(estraga as mulheres), imagino que existam homens assim, que perturbem tanto as mulheres, que acabem de mostrar no relacionamento que existam, certas dependências físicas, sexuais e emocionais, afetivas, vistas pelo lado feminino, mas o relacionamento não é só sexo, nem só amor também é suficiente, isso é de cada um, não sou psicólogo para interpretar, mas aconteceu que os tempos mudaram e o homem atual está fugindo até do que não conhece para não se relacionar, logo, tem que funcionar sem desarcordos. Existem mulheres que se perpetuam no relacionamento ao ponto de o homem ter que agir de acordo com o seu caráter subversivo, ou seja, troque de galho em galho porque é o que eles querem, apenas um casinho na maioria das vezes, acontece que as mulheres se empolgam tanto com o que recebem que perdem o real sentido do relacionamento, e do homem com quem se envolveu, existem vários assim na internet, as coisas quase nunca acabam bem, pela carência ou pelo clamor da solidão e se expõe sem medos porque existe um medo maior que é o da rejeição, de não poder conversar e ficar trocando contatos seja qualquer o tipo de relacionamento, por isso tantas agências de tentar criar um serviço sério nesse sentido, coisas que já existiam há muito tempo nas páginas dos jornais. Então beijo depende de cada um, se tu gostava daquele beijo e ele era o ideal para ti, quero te dizer que o que passou...passou, ou terás que procurar outro que seja igual àquele, mas a gente viu que a situação não está mole...”o tempo passou na janela, só Carolina não viu...já dizia a música... Beijo é troca constante, chupação de lábio, encontro de línguas em um mesmo espaço, ele é a excitação do começo, se torna erótico quando existe a chupação da mesma e a troca constante, faz parte do contexto, é uma grande arma da relação, não pode nem se imaginar que seja banalizado e de ir parar na gargante(ele não é um pau). Quanto ao resto, bem a questão inicial é manter a situação em pé, durante boa parte do tempo. Tu já sabes que segurando ele a coisa fica bem. Existe os fatores extra-campo, música, ambiente familiar (esse no nosso caso é difícil, não posso beijar, não posso abraçar, não posso passar a mão porque existe a questão da preservação porque tem gente em casa, tudo faz parte do clima, tinha a questão da camisinha, vai ter o dia que só tocar já deixa a situação pronta, demora, viemos de relacionamentos diferentes e cada um da sua maneira). Tem coisas que excitam até com uma troca de olhar ou um aperto de mão. Logo, nessa fase inicial, não dá para enrolar muito não, temos que ser práticos sem perder a tesão do que nos excita, senão, só se fizermos em duas etapas, uma só de carinhos, depois, mais tarde o resto, agora, se já estamos excitados então tem que penetrar. Sexo oral é que nem sorvete e pirulito, tem que ser com muita vontade para te deixar mais excitado e eu confesso que não sou muito bom nisso, mas gosto muito porque deixando molhada ela fica mais apetitosa e de fácil penetração...te aconselho cascaquinha ou cascão e o pirulito que a gente chupava de armazém...lembra? bem docinho... Tudo isso para fazer um sexo de qualidade???? Sim ainda tem as partes sensíveis e as que mais te excitam, precisamos dizer quais são, ou ir apalpando, sei que tu te arrepia toda em determinadas partes, mas o que isso representa no contexto??? Eu também, mas de boca claro é muito melhor... Sem falar que eu preciso aprender a mexer melhor, isso demora ai entra as outras questões...emagrecer, alimentação, exercícios..etc... Isso até onde sei nunca foi um fator impeditivo de qualquer coisa, é apenas um facilitador. Muito a aprender ainda , vendo os filmes eróticos e qual o resultado no contexto, da gente se excitando olhando um para o outro...passando a mão... Será que estamos tentando abreviar etapas??? Beijos

segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Cateterismo e Angioplastia...

O conselho e' para quem já passou dos cinqüenta, obesos, fumantes e estressados. Fazer eletrocardiograma uma vez por ano, como se fosse ao urologista. Quem gosta de um churrasco, depois dos 40 fica sendo fundamental. Foi numa dessas visitas que fiquei sabendo de uma artéria entupida. Achei tudo muito estranho, mas enfim acontece.  Na verdade aconteceu de forma inesperada e no melhor da monja forma física aos 54, diabético e hipertenso, estressado com o trabalho e as pessoas que jogam contra. Sei que numa consulta com meu cardiologista pedi ao final da consulta que fizesse um eletrocardiograma. Dali parecia que tinha um problema. Resolvemos então fazer uma cintilografia em esforço e em repouso. Apareceu um problema no repouso do esforço, tudo muito sutil. No laudo não havia comprometimento do coração. Restava então fazer um cateterismo, que é injetar o catéter pela veia do pulso(3 horas de recuperação)ou pela virilha(6horas de recuperação), um procedimento simples, mas cheio de detalhes quanto ao jejum e a medicação da diabete. O resultado do exame se a lesão for grave e/ou moderada implica mecessariamente um procedimento de angioplastia com colocação de stent, que é o retorno ao hospital novamente num prazo mínimo de quinze dias, em repouso absoluto, por recomendação médica. Esse outro exame requer paciência de todos.
Quando o paciente está tendo um enfarte todo esse procedimento é feito de uma só vez, até pelo SUS, mas os riscos são muito grandes.
Na realidade é uma doença traiçoeira, poorque os sintomas se confundem(dorMmência e formigamento nas mãos, dor nas costas) mesmo o paciente tendo uma vida intensamente ativa, eventuais tonturas se confundem com problemas na columa lombar e adjacências).

sábado, 15 de novembro de 2014

Renato Duque e Paulo Roberto Costa

Quando conto que compramos nosso apartamento com o dinheiro das ações da Petrobrás, aquelas do fgts, ninguém poderia imaginar o rendimento, isso que investimos apenas 50% do valor depositado. Usamos toda aplicação. A partir daquele momento as ações começaram, inexplicavelmente, começaram a despencar, muitos foram prejudicados. Tinha um tio que se aposentou na Petrobrás, nunca ostentou nada, até a sua morte, tinha uma vida discreta.
Conheci um amigo que viu dinheiro vivo na mesa de um gerente na Infraero lá pelos anos de 2001.
A carreira política é obscena e o sistema permite a corrupção em todos os níveis, todos perdem muito em todos os níveis e quanto tempo ainda teremos que esperar para se tornar um crime hediondo com extensão aos partidos políticos?

sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Formatura e Formandos

Estive em duas formaturas familiares. Recordo bem de ambas.
Na formatura do meu sobrinho e afilhado, no espaço reservado a família só estava eu, quis o destino que eu saísse da condição de padrinho e representasse o pai dele, que não pode vir, desavenças que não conseguimos superar. A mãe, no dia, perdeu a chave da casa, não conseguiu chegar a tempo de ver a entrega do canudo, o destino nos prega cada peça; e eu me vi sozinho, como aquela música que canta Caetano. Era uma formatura de Medicina, se eu não faltei nem a do jardim de infância, não ia ser essa.
Encaminhei ao pai o convite do lugar que era dele me fazendo representar.
A outra formatura era do meu próprio filho, cheguei quando o hino estava sendo tocado, infelizmente minha carona estava bêbada e outro interessado perdeu o senso de compromisso familiar que nunca teve. Assisti em um lugar comum, que era o que eu merecia na voz do formando, esperei a entrega do canudo e o pronunciamento da apresentação dos novos admnistradores.
Fui na festa apenas do meu afilhado, na outra...apenas não fui.

Sobre a saída do Lauro Quadros...

Lauro Quadros e Ranzolin fizeram uma dupla e tanto. Ranzolin ascendeu em substituição a Pedro Pereira, um mestre na arte de narrar, falecido naquela tarde em Tarumã. Ambos alçaram voos maiores sempre no rádio, às vezes na tv, deixaram seus ensinamentos, mas não conseguiram passar o seu carisma futebolístico; viveram intensamente o futebol: com eles, Milton Yung, narrador clássico. Fica um Denardin sem brilho e outros que tentam preservar o que tem de melhor o RS em termos de rádio. Foi-se o tempo que os dinossauros eram tão populares que eram aguardados a sua opinião, no radinho de pilha, por nossos pais, até o boa noite final.

Relatos Selvagens...

Assisti apenas por curiosidade ao filme em que num dos episódios aparece o ator Ricardo Darin tentando nos fazer lembrar o filme Um dia de fúria, com Kirk Douglas. São pequenas estórias que nos prendem até o final, cada uma mais surpreendente do que a outra. Todas tratam a questão da violência de forma irracional; mesmo na tragédia temos momentos de comédia.
Interestelar teve a capacidade de lotar a sala de cinema fazendo aa pessoas procurarem por seus lugares numerados, um filme cansativo e em certos momentos emocionantes, de uma fotografia buscando a ousadia, tentei buscar nele a magia e a suavidade encontrada em Gravidade, mas não foi possível.
Refem da paixão sim é um filme puro, com uma mensagem de que o amor e a paixão superam barreiras de tempo e admiração das pessoas que passam e ficam em nossas vidas para sempre.

quarta-feira, 12 de novembro de 2014

sobre o sala de redação...

Não escuto o sala de redação nunca, nem por engano, não gosto do estilo do programa e nem dos participantes, não se compara a um café-tvcom. Entretanto resolvi assistir aquele dia porque o grêmio não vencia um grenal fazia muito tempo, não fui naquele jogo, queria entender como aconteceu aquele resultado. Ao vivo e com o fone dentro do ouvido escutei aquela discussão ridicula de sempre, aquela baboseira e com um keny Braga bastante alterado face as provocações, achei que o anunciante só poderia mesmo ser aquele naquele momento. Todos amigos que conheço escutam o sala e ficam ali torcendo...por isso o resultado do jogo e' tão importante.
Conheço o Kenny por pegar a mesma lotação que a minha, foi pego de surpresa na mesquinharia e foi trocado por um novo elemento mais qualificado e fino; aquele modelo estava superado e a corda bamba caiu. Santana vai para geladeira, mesmo que em fim de carreira foi pego de surpresa em relação ao seu algoz de trabalho. Caso parecido  poderia ser equiparado ao caso do Veríssimo com o Juremir que deu ao prejudicado um salto na sua carreira profissional uma posição invejável para quem desceu até o fim do poço e retornou como grande nome da literatura brasileira.

terça-feira, 11 de novembro de 2014

Ainda sobre a educação...

Pois tenho procurado encontrar as respostas da educação em relação aos fatos que realmente interessam quando se fala do ensino aprendizagem. Temos que considerar a profissão é desgastante mais ao mesmo tempo apaixonante, mas  que atualmente necessita de constante alteração de atualização física do professor (estar em condições físicas e mentais ideais) para estar a frente dos alunos inclusive no aspecto tecnológico, não pode ficar para trás, mas ele tem que se dar conta que não é mais o dono da verdade, por isso que hoje em dia alguns intelectuais querem trocam a palavra professora por facilitador. Está se encerrando um ciclo do profissional que está disposto na frente da sala de aula com seus comandados e precisando despejar a matéria que faz parte do programa de educar que a própria secretaria de educação cobra os resultados, agora temos alunos mais bem preparados e aptos a "duvidar" da capacidade do professor. Hoje na verdade o que existe é uma troca de informações, e isso deve ser imposto como sempre da forma antiga, medido através da capacidade de conhecimentos adquiridos na sala de aula. O professor terá com ele apenas a experiência a capacidade de se relacionar com os alunos, que pode fazer a grande diferença na medição dos alunos que chegaram a faculdade com aquela percepção de que o professor disse que eu tenho condições e que não posso desapontá-lo.
Pais esperam que os professores cumpram os papéis que são deles na realidade, a questão da essência da vida familiar, numa herança desprovida de exemplos claros.e éticos, personalidades as mais variadas possíveis, posturas diferentes, necessidades diferentes, relação financeira opostas em sentidos contrários, tudo uma grande confusão para ser administrada por quem não consegue resolver os problemas da sua vida particular e ainda necessita vender artigos paraguaios para tentar melhorar seu padrão de vida; como é que vamos depositar nossas esperanças numa classe tão inconstante e sem a preparação necessária para atingir seus objetivos. Os próprios professores confundem seus papéis com o de pais, às vezes tendo as mesmas atitudes romanas e feudais em relação a esse papel, chega a ser constrangedor ter que admitir esse próprio conteúdo ou também se expor dessa forma, mostrando que também tem os mesmos defeitos dos pais que procuram saber por que os alunos não estão me condições de serem aprovados e porque o professor não assume essa culpa?
Seria necessário uma nova visualização do contexto educacional através dos dinossauros que compõe o processo educacional e trazer de volta a ativa os profissionais que detém a experiência de muitos anos; e esses podem ,através de uma nova abordagem, criar então uma nova forma de que todos os alunos,  sem exceção, entendam qual o seu verdadeiro papel nesse mundo contextualizado da nova educação brasileira. A experiência de anos nos bancos escolares deve ser incorporadas ao plano de carreira na forma de consultoria tri-partide, com suas definições e gratificações, juntadas ao vencimento através da carreira normatizada e com vantagens no final da carreira que o mantenham atualizado dentro da escola. O final da carreira deve se elevado a uma realidade educacional de mestre em determinado contexto de profissão. mesmo que seja a de um técnico profissionalizante, o que vale é a atitude e o estigma de fazer valer o aluno que chegar a faculdade o professor terá o benefício de entrega da chave de interesse educacional, a honra de que seu aluno atingiu a porta do seu plano educacional traçado no início da escola.

quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Conversa com o Urologista


texto publicado em 13/12/2010 

 

Pois agora pela manhã chegou aqui na sala, do meu trabalho,
 uma tal de coordenadora de Nutrição da Saúde, que veio falar com meu colega 
da outra estação, mas a danada da enfermeira  doida era a cara e o jeito da CC,
até as roupas que usavam eram as mesmas, sem falar do cabelo...não é mole...
não sei do perfume, sempre é algo marcante, mas não senti naquele momento;
lembro até hoje o bock que a CC fez no auge da sua idade e do nosso
 relacionamento, parece que fez como forma de provocação ou coisa parecida
, me deu de aniversário, mais foi um presente que nunca fique com ele,
 uma pena. 
Tenho umas cartas ainda que deixei com um amigo, cartas de antigas 
namoradas, junto com fotos, calcinhas e outros dizeres...
 
Pois no sábado eu resolvi dar uma chegada na zona e encarar uma
antiga conhecida, que na hora que a encontrei disse que se lembrava de mim e
perguntou porque eu andava sumido, aproveitou o ensejo e fez a proposta e sempre, pediu para eu não fumar na hora H, pois disse que eu não teria o mesmo rendimento...me lembro da baixinha, ela foi bem incisiva há uns 10 anos atrás, queria romance, compromisso naquela época, mas o tempo passou e a noite judia muito de qualquer mulher...;pois ficou uma
hora de boca no pirulito e depois de muita força ela disse que ficou com a
boca "dormente", e que teria que ir direto para casa...hoje analisando o
pirulito cientificamente, percebi que ele está descascando...não sei o que aconteceu, pois nem a camisinha teve o efeito desejado.
 
 

 Aparentemente o pirulito está se recuperando, me lembro que uma situação assim só aconteceu com a loca, quando ela, enlouquecida que estava, sentou em cima do boneco e, como consequência, rasgou o danado, saiu sangue inclusive, me lembro bem, fiquei um mês nessa situação, não teve jeito,  fui no tarado do urologista que queria me agarrar de qualquer jeito e queria inclusive me fazer uma cirurgia sobre a situação, eu disse que não haveria a menor possibilidade, mesmo que a anestesia fosse ambulatorial como havia sugerido, mesmo assim não entrei naquela, agora tenho que ver como vai ficar o comportamento a partir de agora...

quarta-feira, 5 de novembro de 2014

SOBRE A EMERGÊNCIA DO SUS

Há algum tempo atrás acompanhei e propus a um amigo, para que relatasse sua experiência numa cadeira de rodas pelo SUS, no Hospital Conceição, 7 dias e 7 noites, tinha dores horríveis e precisava retirar um olho, já que a experiência realizada pelo banco de olhos, em forma de emergência, não teria dado resultado. Me lembro que foi uma época muito difícil, as dores horríveis, dormir abraçado na mãe e tomando remédios muito fortes, uma fase que foi superada após uma luta angustiante até a retirada e implantação de um globo ocular novo. Era tão interessante a trajetória dele naquele hospital que propus lançarmos um livro contanto essa história comovente e o tempo depois que esteve internado e ajudava os pacientes do seu quarto que continham um tanto de pacientes no mesmo quarto que o seu separado apenas por uma cortina... A intenção desse texto é apenas verificar que o atendimento do sus em determinados lugares continua o mesmo, mudou talvez para pior, como saber? As pessoas continuam a chegar e atrapalhar a vida dos outros que realmente necessitam de atendimento, chegam na ambulância porque caíram no banheiro fazendo a barba, estando bêbadas ou não, como a situação é de emergência passam na frente dos que ficam 6 a oito horas na espera. Ali, quem não estava doente, ou estava com uma dor "segura", acaba piorando, as cadeiras completamente desconfortáveis, para se passar ali todo aquele tempo, além disso, na rua tem os bancos, que o encosto é na parede, as pessoas continuam tendo ataques na fila, outras choram desesperadamente, outras são avaliadas pela necessidade emergencial, fita vermelha(está muito ruim), amarela(desesperadora) verde(em condições) azul (menos emergente). Como fazer um planejamento desse atendimento por uma classe menos favorecida onde se misturam até os conveniados. É um atendimento de quinta categoria para o povo, onde os bêbados, velhos, moradores de rua, drogados e loucos de todo gênero, passam o atendimento na frente da mãe que trabalha, que está doente, do trabalhador que vem direto do trabalho com aquela roupa e cheio característico de obras, do gerente, do pai de família que machucou o pé, certamente vão criar o atendimento preferencial para os afrodescendentes também, é o que acontece nesse país. Então, se temos que arrumar o atendimento, tem-se que criar um plano de gestão que primeiro se dê condições de atendimento para esse povo, não em nível hoteleiro, mas com condições básicas de monitoramento desde a entrada até a saída do paciente, com o mínimo de aparelhagem que possam fazer esse pessoal se sentir menos humilhado e em condições de ficar mais tempo longe de uma emergência desse tipo.

SOBRE O SENTIMENTO DE CULPA

Existe um grande alívio quando entendemos de que não somos o único culpado quando as coisas acontecem erradas nas nossas vidas, de que todo sacrifício de recomeçar do nada, de perder e poder abrir mão de bens materiais, não foi em vão, pode-se então ficar mais livre, leve e solto na vida, não precisar mais voltar as páginas anteriores porque estavam completamente amassadas, as letras estavam já apagadas, as fotos foram rasgadas e retiradas, não será mais possível recuperar o espaço que estavam destinadas as mesmas. Depois se pressupõe que quando o trem já é outro, a vida te apresenta com uma nova alternativa, com outras possibilidades, surgem as dúvidas em relação aos acontecimentos que nos cercam, da interpretação dos sonhos, tão insistentes, da falta de companhia, do pesar por uma vida desfeita, por uma questão apenas financeira e por isso, a mesma situação começa a te cercar, vem o medo de tudo volte a acontecer da mesma forma, existe a necessidade de evitar que isso aconteça. Pede-se que Deus interfira, mas ele te apresenta alternativas e outras acabam se sobrepondo ao que pode acontecer de fato. O Sentimento de culpa deixa de existir quando tudo que acontece extrapola o vazio do nosso interior, de que tudo que se viver e o que representou na nossa vida, terminou não apenas a batalha, terminou a guerra. De que existe coisa maior do que todo esse contexto sombrio e doentio, de que ainda é tempo de reavaliar o que ficou para trás, da forma agressiva como as coisas aconteceram, do inusitado, do inesperado, da falta de se colocar um no lugar do outro. Permanece em nosso peito apenas os aspectos florais e intrépidos do quanto fomos prejudicados em nosso orgulho e na nossa autoestima, nos damos por conta que foi uma total falta de sensibilidade com quem sempre esteve ao nosso lado, que se importava com a gente, mesmo que contando apenas com a presença, tudo respirava uma vida inteira, como matar alguém que representava tudo e ao mesmo tempo não representava mais nada? Sigam-se os conselhos, avalia-se a memória, pegam-se as experiências e o que os livros dizem a respeito e aplicam-se todas as regras conhecidas para aquele momento, não acredita-se que existe uma única e grande diferença, de que apenas um pessoa possa ser tão diferente das demais, que foi isso que a fez sentir atraída no início de tudo, de desafiar paradigmas por causa disso, de ir de encontro a todos os valores e credos de determinada época. Depois viu-se que foi tudo em vão, mas que os laços que os unia eram tão sérios, ricos e limpos que com o fim de tudo seria o fim deles mesmos, não seria possível mais recompor se uma das almas não encontrasse com a outra, desarmada e já completamente despedaçada clamando por inocência, pedindo por aceite, de que pudesse voltar novamente ao cerne de toda questão. Procura-se encontrar os motivos nos sonhos, procura-se a resposta para as coisas, de que um deles consiga realmente se afastar de tudo aquilo que se percebeu fosse tão sério, aquilo que agora estava se tentando se desprender, era, de fato, tudo que motivou ficar junto durante tanto tempo, existia muito mais do que apenas vínculos afetivos, existia a história que unia ambos. Fica apenas o vazio que se preenche com os pensamentos e as tentativas infrutíferas de esquecimento, eles aparecem nos sonhos e em tudo que se lembra de tudo o que aconteceu, como então esquecer o que está sempre em nossos pensamentos e na nossa alma?