segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

O elogio do Casamento - Moacyr Scliar - 18/09/2005

"A verdade, porém, é que as pessoas continuam casando, ou, pelo menos, vivendo juntas por longos períodos. Será isto o triunfo da esperança sobre a experiência, como querem alguns? Pode ser. É verdade que existem fatores culturais importantes: em todos os povos, o casamento tem uma longa tradição. No bairro do Bom Fim, onde nasci e me criei, as pessoas sistematicamente se casavam - e nunca se separavam, mesmo que não se dessem bem.
Em primeiro lugar, porque não tinham dinheiro para separação, para manter duas casas. Depois, por causa dos filhos. Casamento, na maioria das vezes, significa família, e a família é a rede de segurança que muitas vezes ajuda a manter e sustentar o casamento.

Mas filhos e compromisso assumido não devem ser os únicos esteios do casamento. O que temos aí, fundamentalmente, é a relação entre duas pessoas. é um processo de mútua descoberta, que vai se fazendo ao longo dos anos  e que, quando dá certo é um triunfo: o triunfo da profundidade sobre a superfície, E isto se traduz não apenas no ajustamento sexual, mas também em companheirismo. Um bom marido é, antes de mais nada, um bom companheiro, uma boa mulher é, antes de mais nada, uma bom companheira. A vida é difícil, os seres humanos são frágeis. Precisam contar uns com os outos, e isto começa em casa. Quando vejo um casal idoso de mão dadas, sempre me comovo. A mão na mão é o símbolo do companheirismo. E é um retrato da esperança.

A coluna dessa semana de Carpinejar fala entre apoiar e aprovar no casamento, de que um sempre se beneficia da fragilidade do outro, explora e desmanda, fala do surgimento de um tirano dentro de casa. O desejo de agradar desemboca na obediência cega, fala ainda em apagamento da identidade, De que o que devemos fazer no casamento é aprovar e não apoiar, que é um gesto de igualdade.

Eu tenho uma experiência considerável em casamentos, fui em vários, e posso dizer que a palavra que mais conta em qualquer relacionamento é concessão, muita concessão e paciência, muita mesmo, principalmente nas TPM,s e DRs que ninguém sabe o que é, até chegar o dia D, isso que vinga. Acho que a primeira coisa que o casal que vai casar deve fazer é estudar o parceiro, e perguntar para ele o que ele espera do casamento, se é só cama, beijinho=, beijinho e pau,pau...No começo, hoje em dia tudo tem que ser definido, porque a mulher aquela que ficava em casa, e trabalhava muito mais que o marido, esse modelo foi extinto, para o bem do Homem, que agora pode viver tanto quando ela, se redimensionar as atividades e trabalhar tanto quanto ela, nas mesmas obrigações. Definido quem vai passar , lavar e cozinhar, então segue o rumo do teu coração, tem tudo para dar certo.
Conhecer o parceiro e definir o que cada um representa na relação pode ser a melhor solução, mas tem que ver como vai ficar quando tiverem filhos e outras atividades extra-curriculares.
Eu ainda acho que deve ser feito um contrato de 5 anos inicialmente registrado em cartório e que se uma partes desistir antes deve pagar uma multa ao parceiro pela desistência, ou seja, 80% do patrimônio passa direto para o que desistiu.
Depois, se tiver a questão dos filhos, a guarda compartilhada, e quem desistiu deve bancar a escola do filho até ele se formar, independe que seja numa escola particular.
Um contrato baseado na palavra, porque o Homem tem orgulho e espera manter a sua.
Depois dois cinco anos os votos podem ser renovados e nos dez anos o casamento poderá ser sacramentado.
Alguma coisa apenas nesses moldes e não ficar tentando, tentando, tentando, tendo filho com todas as mulheres, pensões para tudo que é lado, uma conta de luz em cada esquina, uma conta de gás em cada condomínio e por aí vai, isso devia ser tema sexual na escola, como fazer a escolha certa do parceiro e o que isso representa na sua vida e na constituição de uma família até o final da vida.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Comente, se você tiver coragem...