domingo, 17 de janeiro de 2016

CAROL o filme

Tenho uma amiga que se chama Carol, ela é bonita, elegante, tem um corpo bem atraente, e eu me arriscaria dizer que ela é tudo que um Homem de bem precisa, exteriorizando a situação, mas não conheço ela na Cama, na mesa e nem no banho, bem que eu gostaria, mas eu acho que me perderia naquele rosto e não conseguiria passar do primeiro encontro com ela, temos uma diferença de idade em que ela não aceitaria se isolar do mundo por causa disso. Tenho outra amiga que se chama Natasha, essa sim, com certeza gostaria de passar o resto da vida comigo, mesmo que a diferença de idade fosse muito grande, eu ainda teria que conviver com a filha dela e com todo o preconceito que isso fosse causar, e é disso que estou falando aqui, do filme que fui ver.
Era um sábado, não consegui ir na sessão das 16:40 no shopping, teria que ir na sessão das 17:40 em que poderia chegar no horário, no Guion. Chegando lá percebi que o filme deveria ser bom e prometia, a sala  estava quase lotada e acessei a mesma no escuro, com a apresentação dos trailers dos outros filmes, enredado entre a pipoca e o refrigerante, me dei conta que faltavam as balas, mas não dava mais tempo. O Filme é sonolento, logo, quem não estiver preparado, deve estar atento a esse longa, ele não se torna enfadonho ou monótono, ele é assim porque o filme exige que o seja, imagino que eles devam ter cortado muitas cenas para chegar nesse ponto, se cortassem mais, perderia a emoção e até o entendimento do significado da emoção do mesmo. Se não foi a melhor, foi uma das melhores interpretações de Cate Blanchett, melhor inclusive, ao meu ver, que Blue Jasmine, onde levou o Oscar de Melhor atriz, conseguiu se superar aquilo que já não tem mais como explicar, ela consegue ser boa em qualquer situação e sob qualquer circunstância, num papel delicado e de muitoa sensibilidade e sensualidade, num filme de rara beleza e esplendor, e que desmistifica qualquer preconceito quanto a homoafetividade, pelo contrário, passa a acreditar piamente que isso é possível entre as mulheres e que uma relação no cinema quando isso acontece, não precisa finalmente terminar em tragédia, Um filme brilhante onde a atriz principal tem a capacidade de se entregar ao papel, que exige momentos de pura interpretação e pureza de sentimentos no sentido mais amplo. Carol é uma das grandes alegrias e Cate está endeusada para sempre como atriz, se igualando ao meu ver, a Juliete Binochet, em seu carisma e sua capacidade de interpretação.


Agora, a curiosidade que não quer calar, que há alguns anos atrás, numa das esquinas da Farrapos, ficava sempre no mesmo local, uma travesti que era muito parecida com a Cate, aquele ar superior de atriz de renome e com olhar enigmático, que somente ela poderia ter, com aquele nariz que é característico da pessoa, não poderia imaginar que um dia Cate viria a fazer um papel com essas características de homoafetividade e  com tamanha capacidade de assumir esse papel com tamanha originalidade.

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