A novela desse relacionamento parte XXVI - A calça perdida na Avenida.

Isso já vem incomodando e faz horas, dizer que vai rolar e na hora, nada! Tanto que esses dias não estava a fim e ela nem que tentou, até achou que estava com problemas, quando apenas uma vez eu disse que não ia rolar. Às vezes quando se fica muito tempo junto vida um inferno, o Homem maduro precisa respirar. Não dá para aguentar tanta mudança de hábitos em uma só pessoa, sempre com aquele jeitinho querido, de mudar tudo em cima da hora, como se aquilo não importasse para os outros. A gente devia se acostumar com isso, mas não tem jeito. Neste ano não foi necessário recorrer ao calmante, foram apenas três dias. E dessa vez eu mesmo dirigi o carro, estava cansado de ver o carro ter só quatro marchas, quando tem seis, de estar a primeira pela segunda e estar sempre provocando em vez de reconhecer que o outro dirige melhor. Depois de insistir em trazer a roupa do casamento para casa dela, não veio a gravata, na saída para buscá-la decidiu que deveria levar o termo embora e se encontrariam direto na formatura, era o mesmo termo do casamento do Lucianinho-Facebook, aquele que na vida real é outro. O nervosismo apareceu e os dois começaram a se estranhar e discutir um com o outro como se não fossem mais conhecidos, ela queria se livrar dele de qualquer jeito, seria um esforço até a hora da formatura, mesmo que só aparecesse quase na hora da mesma, não importava nem quanto gastaria de táxi.

Com a furia avassaladora ele acabou aindo de casa com o terno na mão e foi pegar o ônibus no centro, quando então depois de subir no mesmo, olha para avenida e percebe que a calça do termo estava no meio da avenida, havia caído do cabide