segunda-feira, 25 de abril de 2016

o RECADO DE TRUMAN

Foi quinta-feira, dia 21, era feriado e o pela fila que se formava na rua, dava para ver que ia ser uma sessão tumultuada, eu já havia comprado o bilhete, tomado o café tradicional e estava com a pipoca na mão, o filme era TRUMAN, e o cinema lotou, literalmente, não sobrou um lugar vago.
Provavelmente muito se deve ao ator Ricardo Darín que novamente nos envolve com a sua interpretação carismática e envolvente, um filme que teve de tudo, até uma cena de sexo quase que explícito, muito bem realizada, e parecendo de uma realidade igual a vista no filme Carol, os atores realmente estão se puxando para dar o maior aspecto de realidade ao filme. Javier Cámara também nos surpreende com a sua performance para acompanhar um papel que é misturado ao de protagonista, e que nos mostra que um ator também tem a condição de pegar uma carona num papel que se mistura com o principal em vários momentos, principalmente na relação sexual. A história como sempre é simples, mas a amplitude que nos leva ao entender porque Darín se projeta como o conteúdo maior do filme, de que se não fosse ele, seria apenas um filme comum, sem maiores expectativas.
Filmes que mostram a chegada da morte precisam ser muito bem trabalhados e mostrados de uma forma mais fantasiosa, mas que não se perca totalmente da realidade, até porque todos sabemos que isso um dia acontecerá e que não podemos deixar escapar a oportunidade de poder discutir e aproveitar todas as oportunidades que ainda estão sendo possível nos oferecer, e é esse o ponto que apenas o filme não conseguiu atingir a plenitude da mensagem, de que mesmo que a morte se aproxime, ninguém nunca aceita que ela vai acabar de se passar com a gente mesmo.

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