sábado, 2 de abril de 2016

Em busca de empoderamento, mulheres debatem política e questões de gênero na Capital

"Iniciativa do TSE, curso ministrado por e para mulheres procura incentivar participantes a conquistar cargos de influência".

"- Os homens querem nos ensinar demais. Estamos aqui para aprender com mulheres e repassar a outras — explica a agricultora assentada Inês Carmen Santin, líder do Sindicato de Trabalhadoras e Trabalhadores Rurais de Eldorado do Sul."
"Após o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) constatar a falta de figuras femininas no âmbito político, o projeto "Mulheres, cidadãs que podem" foi criado para empoderar e incentivar mulheres a conquistar cargos de influência."
"De acordo com o último levantamento divulgado pelo Senado Federal, apenas 9% das vagas do Legislativo eram preenchidas por mulheres em 2014. Entre os países da América Latina, o Brasil apresenta a penúltima colocação — à frente apenas do Haiti — em relação ao percentual da presença feminina no parlamento."
Foi partindo de dados como esse que o movimento Coletivo Plural — com iniciativa do TSE, apoio da Secretaria de Políticas para as Mulheres e a parceria do Núcleo Interdisciplinar de Estudos sobre Mulher e Gênero da UFRGS (NIEM/UFRGS) — reuniu mulheres de diferentes faixas etárias e posições sociais. Dentre as 30 presentes, algumas já ocupam cargos políticos ou posições de liderança em movimentos sociais e comunitários. Adotando um tom de companheirismo, as participantes trocam experiências e acompanham, até o final da tarde de sábado, aulas de cidadania, democracia e igualdade de gênero.

Foto: Laura Schneider / Agência RBS
O debate, porém, vai muito além da política. Em suas falas, as mulheres transpareceram a vontade de serem totalmente independentes e equiparadas intelectualmente aos homens. O feminismo ocupou boa parte das discussões do evento nesta sexta-feira, assim como as críticas a atos machistas.
— Entrei no banheiro masculino hoje, e o aviso pra jogar o papel no lixo tinha o desenho de uma mulher. Essa discussão também nos faz enxergar o seguinte: em qualquer lugar que a gente esteja, até mesmo no espaço privado, quando começamos a ter consciência dessa questão de gênero, começa a transformação — concluiu uma militante.
Outra avaliação negativa das participantes foi a respeito dos partidos políticos, que destinam a maioria das vagas aos homens e poucas às mulheres que, se eleitas, sentem-se ilhadas e reprimidas.
— Algumas mulheres estão lá porque foram indicadas por um familiar que já está no meio (as chamadas "herdeiras políticas"). Mas não adianta ser mulher para votarmos nela, tem que ter uma proposta — observou outra participante.
Durante os discursos pessoais foram trazidas dificuldades práticas de quem é mãe e organizadora da casa, como horários noturnos ou no final da tarde para reuniões, a falta de uma conta bancária individual, a luta pela casa própria e até o uso do próprio corpo — espaço que tem sido alvo constante de violação. "

Nelsonpoa: Como no filme As Sufragistas, a mulher tem que correr atrás, não atrás do Homem, mas ao lado, e não é o que aconteceu depois da libertação da mulher, ela realmente se soltou e esqueceu de quem estava sempre na frente, que acabou sendo deixado para trás, se perdeu, ainda não se encontrou e agora quer entrar nas "cotas", porque ficou muito tempo atrás, se sujeitou mais e viveu mais esse estigma, nada aconteceu por acaso, e a mulher está aí, mais perdida do que nunca, correndo atrás do que ficou perdido e querendo ocupar novamente espaço na vida dos Homens, que acabaram por entender, que não vale mais a pena ficar preso a um relacionamento, quando a mulher ainda estiver com esse pensamento macista muito mais do que o Homem, e não é por ser feminista, porque isso, não tem a ver com relacionamentos, tem a ver com política, com votos, com propostas, como diz a nossa amiga que fala da boca para fora, sempre que aparece a oportunidade, mas sabe-se lá o que esconde por trás dessa filosofia.
A falta de figuras femininas não é a toa, mostra apenas que a mulher ainda não está preparada para lidar o novo modelo, é tão corrupta quanto ao Homem e aprendeu com esse como fazer as mesmas coisas que eles fazem, tendo a capacidade de serem piores do que eles, se escondem debaixo da asa dos maridos quando a coisa fica feia, tem medo inclusive de serem presas, ou seja, elas estão com os mesmos vícios e não é porque é mulher que não vai pensar e fazer a mesma coisa que o Homem, que como sempre, assiste espantado o que ensinou, boquiaberto e pasmo com a capacidade da mulher se transformar numa figura pior do que legislador, realmente não vejo propostas, possibilidade de mudança, assisto apenas o conformismo com a forma de condução da matéria sem que o depósito seja resgatado de ela ser o ser revolucionário que mudasse tudo que está nos envolvendo, faz tempo que isso acontece e percebo que não será ela que fará esse resgate.
Já fui dono de casa, já fui marido, e já fui sozinho nessa constante busca da mulher, que hoje em dia leva a roupa para mãe lavar e o pai para consertar o carro e o namorado para cama como peça de troféu, a aba apenas e tão somente, mulher ainda depende do Homem para questão do relacionamento e esse acaba ou preferindo ficar sozinho por n razões e aqui posso enumerar várias, ou prefere um amigo que ficava atrás do armário, cansou da completa forma de querer conduzir, manipular e definir o que quer de melhor, como antigamente, que o Homem como mantenedor, tinha apenas o fato de ser reprodutor, era a mulher que comandava boa parte do esquema, sendo que a ele cabia essa parte, de ser articulador, trabalhador, e que sabia muito bem como se conduzir na esfera profissional, tanto que desde cedo estava já definido essa questão na sua vida estrutural.
Olha se a mulher precisa de aula de igualdade e democracia, como se vivêssemos numa ditadura e todas fossem desquitadas, coisa do século passado, na realidade as aulas que precisam ser ministradas é de entendimento do que o Homem pensa em relação a ela e o fato de porque eles tem essa capacidade de gerenciamento e representação muito mais forte e intenso, sem querer que elas se transformem nisso, porque não é possível, ela tem um destino em si própria e estabelece ela mesma as  condições para que as coisas aconteçam, um turbilhão de diferenças que não podem se transformar em crenças e valores, apenas aprendizados de como precisam mostrar o seu potencial a serviço do que realmente se espera dela. A mulher precisa se redescobrir novamente, e isso ela vai precisar da presença do Homem novamente no seu contato, e que sem isso vai continuar desfilando no universo da insegurança e das cabeçadas fazendo e refazendo, ou até mesmo fazendo novamente. Basta entender os relacionamentos que as mulheres estão envolvidas da para perceber imediatamente porque a procura insistente do empoderamento, sem reino e sem trono.

Foto: Laura 

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