terça-feira, 27 de janeiro de 2015

O CASO ECOPLAN

Trabalhei numa empresa de engenharia, o que era apenas para ser um bico noturno, acabou virando mesmo um trabalho, eles gostaram de mim, eu era rápido e confiável, a gordinha que trabalhava com eles era muito lenta e, comno eu disse, obesa, aqueilo dificultava a vida dela, e eu ainda tinha a diferença que trabalhava durante a madrugada, fazia impressões nos plotter, ficava troncando o papel a noite inteira para que as impressoras trabalhassem reproduzindo as estradas desse país, acho eu. Lembro daquela empresa por um único motivo, senão me engano, não era Julho, e não era 1983, acho que poderia ser 1984, cabei por fazer meu trabalho de Projeto III da Faculdade lá naquele local, o pessoal topou e nós começamos então a desenhar o esboço que acabou pelo colega Paulo fazendo todo ele, eu fiz o I, e o Paulo Koch, fez o Projeto IV, nosso único 10 num projeto. Era uma noite fria, eram por volta das 23h, o zelador da empresa que morava no local, abriu o portão meio incrédulo, aquela hora da noite, eu disse que iria até as 5, ou seja, ele teria que levantar para abrir o portão para mim sair. Lembro que na Felicíssimo as casas eram uma descida, de quem entra pelo portão, desce dois ou três vão de escadas e então pega uma trilha para chegar até o anexo da casa, onde ficava a empresa de engenharia, me lembro até hoje do cheiro daquelas paredes, salas, e materiais, era um cheiro característico, próprio dela mesmo, que ficou na minha mente até hoje, gostaria de voltar lá só para sentir o clima do local. No terceiro vão de escada, olhei para entrada do prédio anexo, lá estava ele, deitado na frente da entrada do prédio, lindo, como se fosse de verdade, quando levantou a cabeça eu já estava lá na porta da casa do zelador, pedindo desesperamente para ele abir a porta, e ele abriu a janela, foi o tempo suficiente, para que o cachorro, estilo policial, não me mordesse ou arrancasse um pedaço de mim. Desesperado, o zelador pediu desculpas e eu fiquei com aquele trauma o resto da vida, continuei trabalhando naquela empresa por mais um tempo, mas nunca mais fui o mesmo. ´

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