segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

Notas de faculdade...

Notas de faculdade... Esse dias escutei de um ex-estagiário a questão de todos os professores passarem ele. Era um estagiário desafiador, questionador, com autonomia, chefias em geral não gostam desse tipo de pessoa, e a própria saúde acaba não gostando desse comportamento e refletindo tudo isso no próprio corpo, mas isso é outro caso. Mas tenho exemplos interessantes de professores que não me deixaram passar por um décimo, veja bem, 0,1, fiquei com média 4,9...a cadeira era COBOL, porque saí do G3 dizendo que a prova tinha sido barbada. A certeza realmente era grande, tanto que só voltei para ver o resultado meses depois. Não sei porque um professor comete uma bobagem tão grande quanto a arrogância do aluno. Perdi uma cadeira também porque dormi numa das aulas dos professores, não adiantou eu fazer G3 e estudar tudo que fosse possível, a nota final foi de 3,5, eu precisa de quase 7. Quando ele me perguntou o que eu achava, apenas disse que eu precisava estudar melhor o assunto. Eu trabalhava muito naquela época, estudava de manhã e a noite. Mas nada mais compensador que a prova de cálculo 3, que o professor disse para entregar a prova de 62, que não adiantava nada eu fazer aquilo. Fiquei triste e saí arrasado, mas para meu espanto lá estava a média final, 5. Aquela prova não era possível conseguir aquela meta, eu agradeci ao professor no bar da faculdade fazendo sinal de positivo, e ele olhando para mim, saiu rindo, ah conseguiu? Parabéns e assim foi embora. Ainda bem que consegui agradecer. Aquelas notas e aquela faculdade ainda me fizeram sonhar vários meses que ainda não havia terminado, sem falar que até hoje sonho de vez em quando, após mais de 30 anos que ainda preciso me matricular em uma cadeira. Aquela época eu tinha crédito educativo, que perdi o dia e horário da matrícula uma vez, tendo que novamente entrar com a solicitação. Era uma época que o governo investia na educação para os que não tinham condições de pagar os seus estudos numa universidade particular, praticamente pagava para esse pessoal, depois com o tempo aquela moleza terminou e os reajustes foram quase que impraticáveis, ou seja, sem bolsa não era possível qualquer tipo de estudo. Eu não paguei uma universidade particular, mas meu filho pagou.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Comente, se você tiver coragem...