segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

Transformações sociais e demográficas devem mudar a maneira como encaramos a aposentadoria

"Conforme o diplomata Marcos Troyjo, professor de Políticas Públicas da Universidade Columbia, em Nova York, a tendência mundial é de que as pessoas construam carreiras menos lineares do que hoje. Será cada vez mais raro aquele profissional que, aos 20 anos, ingressa como office boy em um banco qualquer e, décadas depois, se aposenta lá mesmo como diretor de operações de crédito. 


– As pessoas vão migrar por diversas carreiras durante uma vida produtiva muito longa. Um pouco porque ninguém aguentará tanto tempo fazendo a mesma coisa, mas também porque as próprias empresas estão se tornando multifuncionais. O mercado, portanto, moldará profissionais multifuncionais – prevê Marcos Troyjo. – Veja o caso da Samsung, por exemplo: começou como exportadora de frutas e peixes, hoje vende mais smartphones do que a Apple, constrói os maiores navios do mundo e tem uma divisão de tecnologia espacial com satélites.
– Os que hoje têm 50 anos dificilmente vão parar antes dos 70. Só que ainda vão aproveitar os últimos suspiros do sistema previdenciário, que logo entrará em colapso – projeta o consultor Sidnei Oliveira. – Já os jovens com menos de 30 anos, esses viverão uma mecânica completamente diferente: em vez de trabalhar, trabalhar, trabalhar e depois descansar, eles vão trabalhar e descansar, trabalhar e descansar, trabalhar e descansar.


Ou seja: haverá uma popularização do período sabático. A ideia de correr para garantir o crescimento profissional e a construção de um patrimônio em apenas três décadas de trabalho perderá o sentido, segundo Sidnei. Com a expectativa de vida ultrapassando os 90 anos, com a fragmentação das carreiras e com a previdência social em colapso, será comum juntar dinheiro para aproveitar os sabores da existência entre um emprego e outro. 

– Aquela ideia de que só é possível descansar no fim da vida vai desaparecer. Porque ninguém mais trabalhará apenas 35 anos. Serão 60 ou 70 anos de labuta – diz Sidnei.


Um desdobramento disso é o que o professor Marcos Troyjo chama de “velhice empreendedora”. Ao contrário das gerações anteriores, quando o ambiente profissional (o escritório) e o ambiente familiar (a residência) eram bem delimitados, as novas tecnologias já começaram a misturar tudo – qualquer um trabalha com um computador ou um celular em casa. Essa agitação, essa impressão de que é impossível desligar-se do mundo, extinguirá a imagem do velhinho que passa o dia em frente à TV.


– E produzirá uma geração de idosos que, acostumados com uma rotina intensa e impedidos de se aposentar, tocarão em casa seus próprios negócios – afirma Marcos Troyjo.
Conforme a filósofa Olgária Mattos, professora da Universidade de São Paulo (USP), aquela antiga aura de sabedoria que girava em torno dos idosos desaparecerá.

– Já se percebe, na sociedade contemporânea, uma tendência à indiferenciação entre pais e filhos ou velhos e jovens. Antes, as mudanças de valores e comportamentos demoravam uma geração inteira para ocorrer. Hoje, novas práticas são incorporadas o tempo todo. E os jovens pensam que sabem tudo, pensam que não há ensinamento algum que um idoso possa lhe oferecer.

Ninguém quer ser velho, resume o ex-ministro Renato Janine Ribeiro, também filósofo da USP. E é possível, mesmo, que ninguém mais seja. Se hoje já existem pessoas como Silvio Santos, que completou 85 neste fim de semana, mas ninguém pensa em chamar de senhor, como serão os octogenários daqui a três décadas?

– Com o progresso da ciência, de fato, teremos a impressão de que a morte será um acidente, não um resultado da velhice. Veja os Rolling Stones, por exemplo. Eles estão dizendo: “Não vamos ficar velhos. Um dia, vamos só morrer.” – conclui o consultor Sidnei Oliveira."
A realidade é que quem tem hoje 50 anos já está em desvantagem em relação a nova geração, principalmente em termos de informação e de saúde. Quem começa hoje já entra sabendo o que faz bem e o que faz mal para saúde e para to trabalho, enquanto que a geração anterior não tinha a verdadeira noção do que estava para acontecer em termos de medicina e porque demoravam tanto tempo para utilizar remédios para combater vários problemas causados pela obesidade, como pressão alta, diabetes, etc...morriam antes inclusive, se alimentavam mal, dormiam muito mal e não praticavam nada de atividade física praticamente, a não ser o futebol no final de semana, sem falar do churrasco dos gaúchos, aquela gordura toda correndo pelo bigode, ô coisa boa. A mulher vivia mais porque aquela atividade física que ela fazia em casa, dava uma energia muito boa até para o sexo, o marido chegava em casa naquele estado, todo istrupiado e a mulher terminava de fazer o serviço, consequência, ele durava bem menos que a mulher, era mais estressado, bebia, fumava, e só ele era o dono do trabalho, com o advento da liberdade feminina em todos os campos esse jogo também virou e àquela responsabilidade que estava toda em cima do homem, acabou sendo compartilhada com a mulher que agora tem os mesmos vícios que o Homem, e aprendeu inclusive a exercer o poder de forma diferenciada, e aquilo que se imaginava que viesse a acontecer para melhor, vimos acontecer exatamente o contrário.Com certeza podemos esperar no campo dos relacionamentos, muitas outras anomalias e desajustamentos da sociedade, fruto de uma falta de planejamento na aprovação das leis sem  primeira ocorrerem os devidos estágios da evolução dessas novas leis que tanto modificaram o significado de união entre Homem e Mulher.
O que essa geração dos 50 e 60 está precisando agora são oportunidades de trabalho para que possam continuar ou até mesmo voltarem a serem efetivos no campo profissional, já que no campo de saúde ele precisa além de estudar a alimentação que lhe serve, fazer uma mudança radical na sua postura e na sua amplitude na realização de seus projetos que ainda estão por vir, mas precisa estar em condições para que possa realizá-los. Quem está na labuta e tinha o sonho de pegar na vara de pescar e sair de férias e colocar o pijama definitivamente, já está se dando conta que isso é apenas uma continuidade do que já existe, Os conceitos já mudaram quanto a expectativa de uma vida, está associada agora a uma maior quantidade de realizações e novos desafios, provavelmente em outros campos do trabalho, ainda bem.




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