domingo, 13 de dezembro de 2015

A Guerra dos Roses

A pergunta que poucos conseguem responder: É possível conviver com uma pessoa dentro da mesma casa em clima de guerra ou de apenas de separação?
Conheci um casal que durante muito tempo já não dormiam mais na mesma cama, mas "mantinham as aparências" para todos os outros, ele tinha o poder do dinheiro e ela sabia que saísse daquele universo, perderia o luxo e a riqueza e os filhos poderiam passar um trabalho desnecessário por assim dizer. Na realidade já estavam separados há muito tempo, mas era conveniente para os dois. Até se chegar nesse ponto, imagina-se a batalha que não deve ter acontecido para que chegassem a esse acordo e as concessões que não foram feitas para se manter aquela vida em comum dependendo de um dinheiro que não era seu e que não poderia se fazer absolutamente nada para reverter isso, a não ser o de separação de fato, pensão: salário mínimo, ou seja, uma desgraça para quem já está no final da vida e ser perspectivas. Ao olhar para face dela, nota-se uma mulher amargurada e toda cheia de marcas de que ficaram marcadas por uma vida de dinheiro, mas zero de sentimento, sem amor, sem carinho e tesão, na verdade não deixa de ser um castigo.
Conheci outro amigo que a mulher tinha um romance com um amante e o motivo era o mesmo, o amante era casado, e ela ficava na casa com aquele apenas por causa das duas crianças, mas que deixaria as duas com ele e se mandaria com o amante, que por sua vez, não deixava a mulher e quando Deus nos colocou frente a frente, é porque sabia que vinha coisa boa, eu conheci muito novo, ele tinha um temperamento pior do que o meu. Me contava que tinha que bater o Bumbo nas sessões aquelas, por que a mãe dele prometeu, ele se salvou de alguma doença, depois nos encontramos novamente quando ele era estagiário, um dia queriam botá-lo para rua, e eu tive que dizer o que os "veteranos" faziam com ele, quando deixavam ele na esquina liberado para ir para casa e iam para fazer outro tipo de serviço, eu sei que ele acabou o estágio tranquilamente depois daquilo e o tgal aquele ainda acabou ficando com a minha FG, sem ressentimentos. Eu sei que agora não vivem mais juntos, mas durante muito tempo ele ficou pendurado no pincel, sem mulher, sem um rosto para beijar, só com desprezo e com uma vontade louca de ir embora na sua frente, isso enlouquece qualquer homem e em qualquer lugar e a qualquer tempo.
Conheci amigos de bar que era motoristas de suas mulheres, iam até a praia e ele deixava ela lá, ele voltava, ela não queria que ele ficasse, ele apenas me dizia que ela não falava mais com ele, nem no caminho da praia no carro, não trocavam uma palavra, mas ele se contentava a penas com a companhia dela, e talvez, por caridade, ela ainda se fazia presente, o caminho da separação às vezes é mais doloroso quando se tem a opção, mas não se pode fazê-la, ou seja, cada prato e cada xícara representa um processo de ter que passar por aquilo, mesmo que seja apenas um vez, as pessoas às vezes não tem coragem suficiente e nem condições de fazê-lo mais.
Conheço um amigo que perdeu sua juventude na construção da família e agora quer retornar novamente àqueles tempos da juventude, com a mesma mulher, tempos que não voltam mais, ela quer apenas aproveitar a vida, não mais com ele, pode ser até sozinha e mulher sabe disso, e tem esse conhecimento, logo, tem coisas que não dá mais para resgatar, de perderam no tempo, para isso acontecer, o Homem precisaria mesmo era dar uma virada em si mesmo, mas isso só aconteceria com uma nova relação, talvez uma amante, para voltar a entender a vida para acertar aquele interesse da juventude. Os riscos de uma nova relação, todo mundo já conhece.
Viver com uma pessoa em clima de guerra, significa que tudo pode acontecer, e dependendo da situação pode até acontecer uma tragédia, mas aqui não é deste caso que me refiro, e sim, de conviver com a mesma pessoa, sem estar mais presente, porque em algum momento ambos preferiram não mais participar daquela relação e isso poder ser por vários motivos, não interessa qual especificamente. Quando alguém toma a decisão para si, de terminar não tendo a certeza absoluta de que é dela mesmo aquela decisão, quanto tempo depois pode-se ter certeza do que se fez foi o correto? Estou falando aqui de cometer o erro em virtude de uma manobra mal feita ou mal executada, como a de um amigo que queria voltar para a mulher e ela já tinha outro, ele dizia apenas que ele iria arrumar outra, não ia mudar,  ou não dava mais para perdoar por esse ou aquele erro. Só restava para ele apenas uma saída, continuar com a outra mulher e pedir metade do apartamento de volta, do dinheiro comprado com um o uso do FGTS dela, e mesmo assim, numa atitude sem advogado ou coisa parecida, ela dividiu o apartamento. Durante alguns anos ela ainda odiava ele, detestava-o, mas ainda usava o sobrenome dele. No final, isso mudou, ela retirou o nome dele, e entendeu que se não deixasse ele em paz, a sua própria vida não andaria mais para frente. A vida dá tantas voltas que eu não sei se os dois não voltaram a ficar juntos.
Quando se está em jogo esse tipo de decisão, de morar ou não juntos, no período de guerra, o melhor mesmo é fazer um diagnóstico da situação, analisar os prós e os contras, das possibilidades de viver uma vida melhor no futuro, mas isso só vai acontecer se resolver a pendência de hoje, uma decisão inclusive que pode nos levar à morte. Uma coisa é certa, se dentro de todos os parâmetros estabelecidos, tu preferir abrir do que está atualmente te fazendo mal e pró de outra situação que tu acha que pode te deixar melhor, muito cuidado porque é novamente uma decisão que vai refletir para o resto da vida. Não adianta negociar quando uma das partes vai sair prejudicada, tu acaba morrendo junto ou até antes o teu troco vai vir na hora certa, teu e dos outros todos que ajudaram a tu decidir pelo pior, quando poderia ser pelo melhor. Então, para que tudo fiquei bem, vai a minha sugestão para ser feliz, abra mão de tudo, até do amor e comece a rezar para que as coisas aconteçam de novo de forma diferente, como deveriam ser desde o início, tenha fé, porque as coisas vão poder voltar a ficar como eram, Deus não falha!


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