terça-feira, 15 de dezembro de 2015

Os professores estão na rua

Não é para reivindicar, nem para protestar, para bater a sineta na frente do Palácio, eles vão atrás do empréstimo do Banrisul para o 13º salário, ouvi dizer que para os mais antigos, tem que só apertar um botão que o valor já está na conta. Não sei se é isso mesmo, mas faz muito tempo que a coisa anda ruim para classe, mas eles tem lugar garantido no mercado sempre, e se forem bons, conseguem aventar grandes resultados no final. O problema mesmo é com a professora estadual, que é a grande maioria, que se obriga a trabalhar paralelamente para poder inclusive sobreviver, vendendo cuca,  bolo, "Natura" e  "Avon", também faz outros trabalhos que exigem a sua presença de forma presencial, como ainda dar aulas particulares até sobre outros assuntos que nem são muito do seu conhecimento. Qualquer crise que aconteça, sempre quem paga o pato são os funcionários, que são os que carregam a máquina, dessa forma, sendo desmerecidos pelo que acontece nessa situação, sem falar dos precatórios e a safadeza de protelar os mesmos para os herdeiros sabe-se lá de que geração.
Hoje pela manhã ainda falei com uma professora, bem velhinha, pegou o C3, e foi conversando de que tinha sido professora da Patrícia Poeta, além disso citou outros nomes que eu não conhecia, como membros do judiciário e gente famosa, citando o trabalho que realizava e que por ela passava esse pessoal aí, que deve ter aprendido alguma coisa, ainda citou um caso de São Jerônimo, que uma professora tinha deixado sua filha em recuperação por 0,1 (um décimo) e ela veio fazer a tal recuperação com a sua filha e a do dono do Expresso Vitória que pagava sua passagem para trazer a filha dele junto, para poderem passar de ano. Hoje o governo obriga os professores a passarem os alunos, mesmo que eles só incomodem e não aprendam quase nada, não façam os trabalhos e quase não apareçam na sala de aula, para que tenham um diploma e não virem assaltantes, traficantes e estelionatários, que não acabem na cadeia, que possam trabalhar como frentistas, garçons e pedreiros, porque até para isso, precisa saber ler e escrever e entender o significado das palavras, e conseguirem fazer de uma calculadora o que se esperava dele na sala de aula, saiba dar um troco e que seja uma pessoa de confiança, coisa que só um professor sabe ensinar.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Comente, se você tiver coragem...