terça-feira, 15 de dezembro de 2015

HIV e aids não são a mesma coisa! Saiba as diferenças e veja tratamento disponível

ANDRÉA ALVES E LÚCIA PESCA
Hoje, publicamos um esclarecimento sobre aids e HIV prestado por uma profissional e leitora de nossa coluna. Este gesto nos deixa a cada dia mais satisfeita pela certeza de fazer desta coluna um local de educação, informação e aperfeiçoamento da qualidade de vida sexual e afetiva.
“Meu nome é Debora, sou assistente social no Departamento de DST/HIV/Aids no município de Tramandaí. Antes de mais nada, é necessário deixar claro a diferença entre aids e HIV. Aids é o processo avançado do vírus HIV. Só vai chegar ao estado de aids a pessoa que não aderir ao tratamento contra o HIV.
Então, quando a pessoa se expõe a uma situação de risco (sexo sem camisinha, por exemplo), existe a possibilidade de ela contrair o vírus HIV, e não aids.
Existe um tratamento chamado profilaxia antirretroviral pós exposição sexual à infecção pelo HIV que impede o vírus de iniciar o processo de infecção das células. Para tanto, a pessoa que passou pela situação de risco deve procurar um serviço de saúde em até 72 horas após a exposição. Serviços de saúde 24 horas e centros de atendimento, acolhimento e aconselhamento são habilitados para iniciar o tratamento.

Ainda existe muito tabu em relação ao HIV, por conta da aids ser uma doença sem cura e diretamente ligada à vida sexual. A informação equivocada ou falta de informação alimentam o preconceito e a dificuldade de adesão de pessoas infectadas.

O Rio Grande do Sul é o estado com a maior concentração de pessoas contaminadas pelo HIV, e metade da população infectada não sabe de sua condição e não trata o vírus, o que facilita chegar ao estagio de aids e também potencializa a transmissão do vírus para outras pessoas. A pessoa com boa adesão ao tratamento diminui as chances de transmitir o vírus."
Eu diria que fazer o teste do HIV não é uma decisão fácil, mesmo, não é! Todos tem medo do resultado e sabem do que é o tratamento e os efeitos colaterais que a dependência causa, o tal coquetel molotov que permite uma qualidade de vida melhor e sem o progresso da doença, enquanto a cura não vem. E eu acho que é nisso que tem que bater, na decisão de fazer o teste e começar o tratamento o quanto antes, que por pior que possa ser, não se compara a questão ainda do preconceito. Quem consegue se libertar do preconceito, consegue dar vida e longevidade para quem está com medo e lutando para sobreviver, dentro das possibilidades. Fazer o teste e iniciar o tratamento o quanto antes é fundamental para viver.


Resposta: CLAUSS
Nunca ouvi falar sobre o medo de fazer o teste. Acho que todos deveriam fazer isso com frequência, e se proteger. Como doador de sangue habitual, não consigo imaginar a minha vida sem essa tranquilidade que o teste dá.
O coquetel que ajuda a controlar o HIV tem outro nome, que não sei, mas coquetel molotov é um coquetel incendiário.

    Não costumo responder minhas postagens, nem no meu blog, abrirei uma exceção. Há 25 anos atrás mais ou menos, minha empregada doméstica foi doar sangue para meu sogro (que já partiu dessa para melhor) e acabou descobrindo que era portadora do tal do HIV. Você já pensou o que significava isso na época? Você trabalhando e uma pessoa em casa com AIDS ou HIV(era tudo a mesma coisa na nossa cabeça) cuidando do seu filho de dois anos, já pensou? Eu acho que não adianta posar de bom, e penso que as pessoas não teriam outra alternativa, a pressão seria tão grande que demitiriam a tal da empregada. Eu sei que eu e minha esposa optamos pacto de silêncio que nem sei se ainda está de pé hoje em dia. Quando ela completou 20 anos trabalhando com a gente eu mandei fazer uma placa para ela e entreguei num almoço lá em casa, foi bem bacana. Eu não queria ser doador de sangue com medo deste teste, fui algumas vezes doador antes deste HIV aparecer também nos Héteros, bobagem pensar assim, de qualquer forma hoje não posso mais ser doador por causa de um remédio que tomo para pressão "atenolol". Ser doador é uma missão, na minha forma de ver, não é para qualquer um. Quando fiz o teste há uns três anos atrás veio a pergunta da moça que me atendeu: porque o sr. está fazendo o teste? Mesmo com o resultado negativo a sensação não é boa e a vontade é de não querer fazer mais, acho que entendo o sentimento que as pessoas tem nesse sentido. E a emprega ainda trabalha, agora para o meu filho.RESPOSTA:  CLAUSSEu atendo pessoas com HIV quase que diariamente. Faço parte de um dos benefícios que eles podem usar. Ontem atendi um acidentado, caiu de moto, estava na cadeira de rodas, e era portador. Ele veio com a esposa e um filho que não tinha 2 anos. Já perdi um colega e um cunhado por conta da Aids. E minha opinião vai de encontro ao que a matéria pretende: diminuir o preconceito, fazer exames, fazer acompanha men, se cuidar.
    Em se tratando de Aids, preconceito rima com morte.

     
     

     
     

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