quinta-feira, 25 de junho de 2015

Separação em alguns casos é "moralmente necessária", diz Papa

Separação em alguns casos é "moralmente necessária", diz Papa Francisco falou para milhares de peregrinos na praça de São Pedro Francisco falou das "feridas profundas" que provoca a separação aos filhos e rejeitou o termo "casais irregulares". A Santa Sé revelou que conseguiu um "acordo comum" para propor um "caminho penitencial", sob a autoridade dos bispos, para reintegrar à Igreja católica os divorciados que voltaram a se casar, algo que foi considerado um sinal de abertura. Até entendo que a Igreja tem um papel moderador em temas polêmicos, e quem se considera próximo a Deus vai continuar sempre assim, mas gostaria de voltar a casar novamente sem restrições do seu credo, e acabar sendo deixado de lado quando precisa muito da ajuda espiritual para lidar com o fato em si. Quem se separa, acaba por ter que repensar a sua vida totalmente, e quanto mais demora acontecer, acaba de abdicar para recomeçar o quanto antes, não têm certeza, tem medos do que está por acontecer, não quer se desprender de vínculos, por piores que sejam e por mais que façam mal, tudo isso é colocado na panela, que já está fervendo no fogão há muito tempo. Existem separações que são iminentes e além de necessárias, são imprescindíveis que aconteçam por uma questão de segurança tanto da mulher como dos filhos, e que o ambiente acaba ficando completamente irreconhecível do que era quando o casal começou a se relacionar e como tudo acabou terminando. Eu já vi relacionamentos doentios, de Homens saindo de qualquer lugar que já estavam separados e gritando isso em plena rua, de Mulheres que amaram e descobriram que o companheiro conheceu uma outra mulher, mas que não sabia nem que ele estava procurando algo novo, ou até mesmo que lhe desse um novo ar de se sentir novamente como antigamente. Tantos são os motivos de separação que é possível fazer uma lista interminável do quanto se acreditava que o casamento seria a solução quando na verdade seria na dissolução a raiz de toda a sua liberdade, das pessoas poderem viver novamente uma vida plena. O que o casal deveria saber sempre e com todo respeito é de que algum dia algo de novo aconteceu para que mudassem os planos de continuarem a ficarem juntos, de não compartilharem mais as mesmas idéias, de um não aceitar mais como o outro se comportava e como agia em relação a tudo aquilo que agüentava ou aceitava do outro por amor ou até por acomodação, mas que isso estava ficando cada vez pior e as cobranças aconteciam por vários motivos. Nisso aparecem os filhos que necessitam ainda de acompanhamento dos pais, quando acontece a separação, não é como eles vão lidar com isso, é eles saberem que isso é normal e pode acontecer na vida de qualquer um. Muitos casais ficam amigos por causa dos filhos e, depois daquele momento de fúria tudo vota ao normal, cada um vivendo o seu relacionamento, ou seja, aquilo não era para continuar mesmo e as pessoas ficam felizes por causa disso, que conheceram então a pessoa certa e essas elas vão ter respeitar os limites para o destino não ser o mesmo que acabou com seu primeiro casamento. A separação é um momento crítico na vida do casal, desgastante e precisa ser muito bem administrado pelo casal, para não acontecer rupturas desnecessárias e configurações de ódio que vão se desenhar pelo resto dos dias. Se o casal não tem filhos é perfeitamente contornável, fica apenas um nome e todos os momentos ruins são guardados para sempre e tudo aquilo que se perdeu de tempo e se acreditou que era o melhor para vida do casal fica em elevado estado de hibernação, com possibilidade de sair a qualquer momento que o assunto apareça para então haver o desabafo do que aconteceu e porque a situação ficou daquele jeito em que o outro acabou por sendo uma tortura na sua vida. Quando o casal tem filhos, tudo se modifica, as pessoas sofrem caladas e acabam se aceitando porque casaram em determinado momento que não era para acontecer, ou porque se estava grávida, ou porque trocaram juras de tudo aquilo que se almejava no futuro. Os filhos acabam por torná-los presentes em todas ocasiões e isso para os dois é o suficiente, mesmo que a parte financeira não seja o suficiente. Sempre a ex-mulher pode chegar a se reaproximar para manter o seu lado presente no que um dia foi a família. Em algum momento das nossas vidas acabamos por nos dar conta de que tudo isso que as pessoas passam na separação é possível ser arrumado desde que aquele momento seja resolvido de uma forma que as pessoas ainda continuem a se entender por respeito aos filhos. Quando isso não é mais possível, sobre sempre para o Homem, o afastamento e a responsabilidade de aceitar as coisas como elas são, é um momento que não é mais possível retroceder, e sim, avançar, de provar que o seu ponto de vista estava certo e que o melhor mesmo era procurar alguém que lhe desse uma nova forma de ver as coisas. A mulher, mesmo que procure, vai se dar conta que existe um aprendizado nisso tudo e que se pode encontrar uma resposta mesmo aonde não existe possibilidade de procurá-la, de que é necessário ver o todo e não somente olhar apenas para o seu eu, de que mesmo que o modelo seja falido e sem retorno, ainda assim, há de se procurar um contorno e uma entrega para que tudo possa ser visto não como uma perda, mas sim como uma forma de todos saírem menos perdedores do que já foram durante todo o sempre. Conheci pessoas que viveram separados durante muitos anos e por causa dos filhos se encontraram novamente quase quarenta anos depois e se cumprimentaram como pessoas gentis e formais, os problemas não eram os filhos. O problema é quando o casal perde a razão e a emoção sobre o relacionamento, onde um dos cônjuges se separa além da mulher, por tabela, dos filhos também, de que tudo aquilo que aconteceu não faz mais sentido na vida e talvez nunca tenha feito, não há razões para buscar um entendimento, extrapolou os sentimentos de respeito e admiração que um dia talvez existiram. Não sabem como é que ficaram juntos tanto tempo e porque não resolveram a questão antes, porque não fizeram as escolhas certas em momentos que tudo era possível acontecer. De reconhecer o grande erro que cometeram ficando juntos.

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