terça-feira, 2 de junho de 2015

Quem é quem nessa greve

Greve é que nem penalti, tão importante talqual, e quem deveria bater teria que ser o Prefeito e não o vice. Como ex petista, o prefeito colocou a mulher como secretária da Secretaria dos Direitos dos Animais, se ele pudesse teria a colocado como vice, mas ela fez um ótimo trabalho lá, tanto que se elegeu nas últimas eleições, mas isso não vem ao caso agora. Brizola deve se revirar no túmulo, quando vê o prefeito do seu partido, colocar na mão do vice essa atribuição, acaba ocorrendo desgaste, despersonificação e filtros colocados como desnecessários para se resolver esse imbróglio. Pode ser que o problema esteja como ele agiu na greve do pessoal da saúde em 2011 se não me engano, descontou os dias parados da greve e quem achava que ele não se elegia mais nem para síndico de prédio o resultado está aí. Dessa vez, a greve não é apenas de um segmento e sim de uma categoria e novamente ele está tentando aplicar a questão da falta, para cima dos professores? Só se fizer um plano em separado para eles, como Collares fez em 1988, só que agora o plano já existe, não tem mais como dividir a categoria nesse momento, como aconteceu naquela época, mesmo sendo do mesmo partido, enquanto isso a população sofre com uma greve dolorida, porque os governantes não conseguem encaixar o buraco da agulha, estão chamando os municipários de “trancas-ruas”, eles não sabem a dimensão do termo e do que é realmente trancar uma rua, logo o prefeito que foi um líder sindical e tanto, por causa disso que está onde está, sem falar dos conchavos políticos é claro. Numa greve teoricamente nós temos dois lados, o do patrão e o do empregado. Porque os fiscais não fizeram greve para implantação do novo modelo de receita? Mas aqui, nesse momento não é isso que está em debate e sim a condição de estar grevista num movimento liderado com a força de correntes bem presentes, a volta ao trabalho sem poder pagar os dias parados seria uma desordem total ao caos por exemplo que a educação já enfrenta, o governo precisa negociar, porque senão os dias letivos não vão acabar e nem os professores vão querer que acabe bem essa história, ninguém perder e ainda ter que recuperar dias. Novamente não é esse o X da questão, na verdade é a linha de frente dos que fazem greve e dos que não fazem greve. A maioria dos funcionários precisa do emprego, do salário e só vive disso na sua grande maioria, ainda corre o risco agora, de ter seu salário parcelado, confiscado novamente pela inflação. Por isso que em 1988, Alceu de Deus Colares, prevendo isso que está aí, criou uma Lei, chamada bimestralidade que era o reajuste bimestral com base na inflação. O PT na época, era a oposição ferrenha ao PDT, tanto que quando o Collares saiu da PMPA, muitos rojões foram estourado na Av. Borges de Medeiros, próximos da sede da SMOV, na maioria por funcionários da SPM, época que tinha um jornal na época intitulado de “a marcha do pleito – Circulará sempre que eles colaborarem. Tanto o PT batalhou e lutou pelos reajustes que acabou nas mãos dele ter que pagar o plano salarial que deixou quando saiu, e que até hoje é reclamado pelos funcionários, deixou para o outro pagar. Desde cedo, o PT começou a mostrar para o que veio, ou seja, começou a utilizar delimitadores nas tabelas e redutores nos avanços salariais, e assim foi indo durante os quase dezesseis anos, até o dia que o Tarso deixou para o Vérle que saiu da PMPA deixando-a com uma dívida de mais de 120 milhões de reais, a cidade não tinha como fazer investimentos. Muitos funcionários, que nem um dia sonhavam ter oportunidades de trabalho, estavam desempregados, mal vestidos e sujos inclusive, galgaram o poder e as oportunidades que lhe a questão política lhe sobressaíram durante o tempo que o PT esteve na frente da PMPA. Vários funcionários tiveram suas vidas modificadas por causa do crescimento que as oportunidades apareciam naquela época. O que não se pode deixar de esquecer, é que a bimestralidade, numa época de inflação quase zero, começou a ser questionada pelos próprios funcionários, e começaram exigir reposição anual. Acontece que até com isso o PT acabou se enredando, porque além de não pagar mais a bimestralidade, não teve a capacidade de recuperar as perdas dos funcionários para que o próximo pagasse dentro da possibilidade do que a Lei de Responsabilidade Fiscal permitisse. Mas nesse assunto, o que quero discutir na verdade é o papel dos grevistas em relação ao dos que trabalham e da cultura pelegosa que ainda nos atinge, porque temos medo de perder, a chefia, o dinheiro e a credibilidade junto a gestão. Para alguns o sindicato não representa nada e não faz parte dos conceitos de valores salariais, o que tange então de que só existe um caminho nessa história toda, da convergência que os funcionários trazem para o local de trabalho, tem a ver com a mesma em relação a uma greve, onde fomenta a força para que o movimento tenha sucesso, porque o que for debatido e levantado pelo movimento, será repassado a todos os funcionários, porque senão, ninguém representa o os funcionários legitimamente junto ao patrão se não tiver uma categoria forte e atuante. Está na hora de entender que mesmo quem não faça a greve, crie um fundo e uma doação para que os participem e atuem no movimento, como sendo uma poupança para aqueles que colocaram seu nome a mostra, se expuseram, pegaram vento, frio, chuva e calor, cantaram, alçaram bandeiras pela causa nobre do trabalho e da questão salarial do empregado, merecedores de respeito e de total confiança pela categoria.

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