quarta-feira, 9 de setembro de 2015

Minhas Mulheres


Minhas mulheres - Lenice 1978

 

Com a minha primeira experiência, conheci Lê porque ela era sobrinho de um vizinho meu, um professor que trabalhava na WEG, algo de muito bom, um cara muito bacana, que teve a coragem de fazer acontecer esse encontro. A gente jogava carta, o tal de sete baianos, e depois a gente começou a se corresponder, ela morava em Santa Cruz do Sul, e sempre queria que eu fosse lá, para visita-la. O romance começou no portão e terminou na sala de estar da amiga dela, eu ameaçando ela pegá-la na esquina e ela dizendo que não queria nunca mais me ver na minha frente, uma verdadeira perda de tempo.  Mas essa não foi a pior nem melhor parte, vieram as intermediárias, as cartas, o carnaval, e a vontade de ir para cama com ela, mesmo com aquele mal hálito que ela tinha, mas como é que eu ia dizer aquilo para ela? Hoje os tempo são outros e as pessoas muito mais esclarecidas é só dizer que ela tem um bafo e que procure um especialista, eu não sei como ela se aguentava, mas é que na verdade tinha o resto, ela tinha seios bem definidos, era alta, magra e tinha o melhor, olhos verdes. Namoramos durante dois longos meses, eu acho, eu obriguei a ela dizer aos pais que estávamos namorando para depois acabar por carta e ainda depois tentei correr atrás, porque não tinha mulher dando sopa no mercado, para alguém pobre como eu, todas queria cara com gente que tinha grana, se não fosse assim a mulher certamente era empregada doméstica ou meio fuleira. Tenho romances relâmpagos nesse sentido, mas depois como está a situação hoje em dia, seria até uma vergonha contar esse tipo de aventura de uma noite, quem dera fosse uma fincada.

Lê gostava de cinema, fomos uma vez apenas, mas a gente ficava mesmo era jogando em casa. Lembro que uma vez ela começou a chorar, do nada, de tão emocionada que estava, e eu perguntei o que tinha acontecido e ela não parava de chorar, era algo muito emocionante, mas preocupante, como pode uma mulher chorar do nada, mas não era paixão, e ter que voltar para a cidade dela e ficar só na saudade e só na base das cartas, sem o facebbok, sem um celular, sem um pombo correio, era de doer aquela época para as namoradas do inteior, que provavelmente eram torturadas pelos pais que queriam entregar as suas filhas virgens ainda para os pretendentes.

No entanto, LÊ, tinha problemas sérios de TPM continua, ela tinha um signo que não dava para meter, Leão, e a coisa só não evoluiu porque a gente se cansou de ficar só naquele abafa, ela não deixando abrir o zíper da sua blusa para meter a mão nos peitos e nem pude ver e nem sentir como eram os pentelhos dela, ela era loira e bem clarinha, mas nada parecida com a emprega doméstica que uma vez conheci, que morava em Criciumal, mas que contarei depois. Lê me faz lembrar de várias músicas daquela época, sendo uma delas, San Francisco Night.

Quase que me encontrei com ela atualmente, quando a tia com que a gente jogava quando nos conhecemos, faleceu, uma mulher de fibra.

O romance não evoluiu porque não tinha o principal prato, o sexo, que era o que diria se tinha ou não futuro aquela relação.

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