Minhas
mulheres - Lenice 1978
Com
a minha primeira experiência, conheci Lê porque ela era sobrinho de um vizinho
meu, um professor que trabalhava na WEG, algo de muito bom, um cara muito
bacana, que teve a coragem de fazer acontecer esse encontro. A gente jogava
carta, o tal de sete baianos, e depois a gente começou a se corresponder, ela
morava em Santa Cruz do Sul, e sempre queria que eu fosse lá, para visita-la. O
romance começou no portão e terminou na sala de estar da amiga dela, eu
ameaçando ela pegá-la na esquina e ela dizendo que não queria nunca mais me ver
na minha frente, uma verdadeira perda de tempo.
Mas essa não foi a pior nem melhor parte, vieram as intermediárias, as
cartas, o carnaval, e a vontade de ir para cama com ela, mesmo com aquele mal
hálito que ela tinha, mas como é que eu ia dizer aquilo para ela? Hoje os tempo
são outros e as pessoas muito mais esclarecidas é só dizer que ela tem um bafo
e que procure um especialista, eu não sei como ela se aguentava, mas é que na
verdade tinha o resto, ela tinha seios bem definidos, era alta, magra e tinha o
melhor, olhos verdes. Namoramos durante dois longos meses, eu acho, eu obriguei
a ela dizer aos pais que estávamos namorando para depois acabar por carta e
ainda depois tentei correr atrás, porque não tinha mulher dando sopa no
mercado, para alguém pobre como eu, todas queria cara com gente que tinha
grana, se não fosse assim a mulher certamente era empregada doméstica ou meio
fuleira. Tenho romances relâmpagos nesse sentido, mas depois como está a
situação hoje em dia, seria até uma vergonha contar esse tipo de aventura de
uma noite, quem dera fosse uma fincada.
Lê
gostava de cinema, fomos uma vez apenas, mas a gente ficava mesmo era jogando
em casa. Lembro que uma vez ela começou a chorar, do nada, de tão emocionada
que estava, e eu perguntei o que tinha acontecido e ela não parava de chorar,
era algo muito emocionante, mas preocupante, como pode uma mulher chorar do
nada, mas não era paixão, e ter que voltar para a cidade dela e ficar só na
saudade e só na base das cartas, sem o facebbok, sem um celular, sem um pombo
correio, era de doer aquela época para as namoradas do inteior, que
provavelmente eram torturadas pelos pais que queriam entregar as suas filhas
virgens ainda para os pretendentes.
No
entanto, LÊ, tinha problemas sérios de TPM continua, ela tinha um signo que não
dava para meter, Leão, e a coisa só não evoluiu porque a gente se cansou de
ficar só naquele abafa, ela não deixando abrir o zíper da sua blusa para meter
a mão nos peitos e nem pude ver e nem sentir como eram os pentelhos dela, ela
era loira e bem clarinha, mas nada parecida com a emprega doméstica que uma vez
conheci, que morava em Criciumal, mas que contarei depois. Lê me faz lembrar de
várias músicas daquela época, sendo uma delas, San Francisco Night.
Quase
que me encontrei com ela atualmente, quando a tia com que a gente jogava quando
nos conhecemos, faleceu, uma mulher de fibra.
O
romance não evoluiu porque não tinha o principal prato, o sexo, que era o que
diria se tinha ou não futuro aquela relação.
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