quarta-feira, 2 de setembro de 2015

Minhas cartas

"Duas Pessoas, uma relação"

"Tudo começa tão de repente, de maneira tão imprevista.
É um olhar, um pé, uma afinidade e mais. é um querer bem. Mas numa relação não partilhamos apenas amores, flores, também temores e porque não, dissabores.
Teoricamente, sabemos que cada um  dos dois é um mundo indecifrável, quase impenetrável na proporção do que dizem e do que fazem. Nem sempre nossas palavras, nosso gestos permitem que o outro perceba exatamente o que sentimos, aquilo que transborda do canto mais escuro e escondido de nossa alma. É preciso saber auscultar os sentimentos de quem amamos, despidos, nus, despojados até mesmo da nossa individualidade, do nosso ponto de referência, pois assim seremos também "ombro", razão, enfim, companheiro.
Mas novamente estamos diante de teorias, de desejos, de idealizações, que antagonicamente nos impulsionam para a vida, para o otimismo e também nos frustram, nos abatem, nos decepcionam. Simultaneamente todos esses fatos indicam que "estamos vivos", participando, lutando, somando, amando e também mudando.
Uma relação a dois madura, autêntica, aberta, ajudará cada um a "se dar conta", se auto-=descobrir e a partir deste posicionamento de introspecção, descobrir o outro, valorizá-lo e mais do que isto, aceita-lo como é e não como muitas vezes gostaríamos que fosse "a nossa própria imagem e semelhança".
Nada disto é fácil, representa transformações, reavaliações, saber dizer e também saber calar, mudança que ocorrer de dentro para fora, como se fosse verdadeiros terremotos, que derrubam, agridem implodem mas quando tudo passa, parece que as bases estão mais sedimentadas. E é como a chegada da primavera - a natureza se colore de cores, os pássaros voam, é uma renovação total neste eterno desabrochar. Então descobrimos quase que de maneira pueril  - que bom amar e ser amado.
É o mistério do amor"
Com loves e beijos para você.

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