Oi
minha paixão
Achei
interessante o texto, mas engraçado também, espirituoso.
Como
uma pessoa, ao entrar na vida de outra, modifica todo o contexto de uma
situação, não é? Nós somos movidos à rotina e vamos nos adaptando aos
poucos, à medida que as mudanças vão acontecendo nas nossas vidas. Mas aí
aparece um romance, de alto grau de envolvimento, uma relação de impacto, não
ao acaso, embora assim pudesse ser no início. Para mim que estou só,
embora esteja cercado de várias pessoas, é muito diferente de ti que tem uma
família que ainda está muito conectada com a tua questão de matriarca e de avó com
participação efetiva e emocional; tu não és passional, que apenas assiste tudo,
tu está presente e participa de tudo, mas também precisa viver e criar a tua própria
história, e ainda desvendar os mistérios que ficaram para trás, ainda quer
saber de respostas e tranquilizar a tua consciência sobre o passado.
Como
os acontecimentos se sucedem muito rápido, existe a necessidade de acalmar esse
vendaval de efeitos cascata que se sucedem, coincidentemente quando aparece alguém
para dizer um eu te amo de forma apaixonada, que se interessa e que mostra que
nessas questões que mexem com o coração, não existe apenas razão, tem emoção e
sentimentos que até então a gente achava que seriam revividos de uma forma mais
tranquila e quem sabe, um dia, mais intenso. Não, mas a intensidade já começou
direto desde o primeiro dia e, como já não temos a fase da adolescência,
podemos expressar o que pensamos e sentimos, nos atrever, sem precisar nos
resguardar com medo do desconhecido.
Logo,
para quem está de fora, tudo pode parecer que o "ela está namorando"
é um momento de irracionalidade, e que é melhor esperar para ver o que vai
acontecer, quando muitas vezes acontece é que os atalhos são necessários,
porque não se tem mais tanto tempo a perder, e que algumas coisas a gente
abrevia para poder aproveitar melhor todas as fases do conhecimento, mas acho
que só nós pensamos assim.
Sobre ontem à noite 05/11/2012
Sobre ontem à noite 05/11/2012
Depois do
que conversamos ontem é necessário fazer uma avaliação da situação.
Acho que
tudo aconteceu muito rápido, sendo assim deixamos nos contagiar por um universo
de possibilidades.
Mas tenho
visto que o universo não tem conspirado muito a nosso favor, desde o primeiro
beijo e como as coisas foram se sucedendo, adiantamos o relógio dos
acontecimentos. Aquela questão do carro, de tu chegar a ficar uma hora na
parada esperando um ônibus, os encontros íntimos pouco efusivos na hora H. Tu
esperando que eu fosse uma pessoa e eu esperando que tu fosse outra, talvez
presos ao passado, porque era aquilo é que era o bom para nós, em determinada
época que já não existe mais. Aliado a isso, essa questão agora de ainda ficar
impraticável até a relação que já não era bem o que a gente queria. Sobrou
apenas o entendimento, que é muito bom diga-se de passagem, gosto da tua
pessoa, me sinto bem contigo e tenho uma série de adjetivos para te qualificar,
acho que não preciso citar todos. A recíproca é, ao meu ver, sim, também
verdadeira, mas isso, convenhamos, é a gente saber que não vai segurar um
relacionamento por muito tempo, tem que ter uma afinidade maior e que vem
direto ao que a gente quer de fato na hora da proximidade maior. Chegamos à
conclusão de que se tentarmos resolver isso como sendo uma questão física,
estaria praticamente tudo resolvido e a gente teria chegado à conclusão de que
estaria tudo resolvido, como disse, apressamos o relógio na expectativa de que
a gente não precisasse esperar mais e agora teríamos que nos preocupar como
seria o relacionamento em relação a tua família que tanto precisa de ti ainda;
seria uma irresponsabilidade minha exigir mais nesse momento do que tu podes
oferecer além da tua cama e da tua casa ou eu te pedir para sair dessa
responsabilidade, então, muita calma em relação a isso.
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