Conheci Rejane num curso de
Gerenciamento em relações de trabalho, na época eu era assistente técnico da
Supervisão Operacional da empresa, ou seja, não era pouca coisa, foi pelos anos
de 2001, já que em 1997 eu havia dito para minha mulher que não dava mais
continuar daquele jeito, com aquela mesmice e ela não querendo nada com nada,
enfim, acabei achando que ela poderia resolver o meu caso, e o primeiro passo
foi estudar a vítima, a idade, o peso, as gramas, e o estado civil. Aquele
curso mexeu com muita gente e comigo só me fez entender que eu estava desejando
aquela mulher de qualquer jeito, logo, resolvi tomar uma atitude mais forte,
foi num desses abraços de curso que eu vi que aquilo iria render alguma coisa,
e a gente acabou a começar a trocar e-mails, olhares e escrevi um texto para
ela que se chamava a Impontualidade do amor, que dizia alguma coisa sobre essa
questão, e acabamos marcando um café, escrevi uma carta para ela das minhas intenções,
e acabei por encher a bola dela, ela era uma loira de farmácia e estava bem
magrinha, quase um fiapo. Sei que acabamos indo parar no consultório dela,
quando tivemos o primeiro contato mais íntimo por assim dizer, depois fomos
parar no apartamento dela, eu acho que só tive o desprazer de me meter com mulher
pobre, bem que eu merecia uma mulher com mais propriedade, mas isso agora, não
tem a menor importância, o importante é ser desejado também e isso não é para
qualquer um, teria que ser feito em perfeita sintonia entre as partes. Foi no
ap dela que eu vi que aquele relacionamento não tinha nada a ver com a parte
sexual da coisa, era paixão e emoção pela pessoa, que acabou se mostrando
depois um grande engano, para as duas partes, até porque tudo aconteceu muito
rápido e um turbilhão de emoções foram aparecendo um após o outro, no meio da
confusão ainda troquei de emprego, e vivi situações de completa doideira
sentimental e profissional. No meio disso tudo, uma separação que eu não queria
que fosse traumática, apenas queria resolver a minha situação para entrar
noutra, que eu achava que era um caminho melhor. Por fim, a gente quase não
acaba se lembrando dos momentos bons, de não dormir uma noite inteira, apenas
curtindo um amor que a gente não sabia que poderia existir e como eu disse, não
representava apenas sexo. Algumas surpresas, como pétalas pelo apartamento,
mensagens compradas e ditas de formas mais apaixonadas possíveis. E um Homem
quando está apaixonado faz qualquer coisa e é aí que a coisa começou a
complicar. A pressão pela solução do caso e as brigas por causa disso e por
outras coisas, começaram a aparecer, que foram passando por cima dos momentos
bons, das festas, das saídas, da dança e das jantas a dois e do sexo também.
Depois disso, ainda teve a janta do final de ano que cheguei atrasado e já havia
jantado, tive que comer novamente, não sei se ela percebeu, mas foi algo que
deixou ela bem chateada, ainda a questão da cotovelada que ela meu deu na sala
de estar, por causa de um cochilo. Aquela relação terminou mesmo, foi no gol do
Ademar, ela não só torcia pelo meu time, como torcia contra. Eu devia ter me
levantado aquele dia, levantado o dedo e ter mandado ela tomar naquele lugar,
enfim, um Homem apaixonado, sucumbe, depois vi isso no meu irmão, cometendo as
mesmas bobagens e os mesmos erros. Falando isso, foi um irmão meu que me
aconselhou a largar aquele osso de mão, não foi fácil, sofri muito e a extensão
disso não dá para imaginar, é algo incomensurável. De qualquer forma, depois da
pressão, ainda aluguei um apartamento, perto do escritório dela, e perto do ap.
dela também, mas eu sei que acabei fazendo tudo e junto ao mesmo tempo, misturado,
visitando a ex, o filho, a nova e morando no meu ap, com as minhas loucuras.
Quando terminou ela disse que iria voltar para terapia, porque me incomodou
muito, achava que eu era igual ao ex dela, e ao contrário, eu era muito
diferente, a filha não conseguia dormir sozinha e eu nunca dormi no ap dela,
porque eu ainda tinha essa questão do que a filha iria pensar, mas a filha
dormia seguidamente com o namorado na sala, o cara dispensou a guria e ainda
disse que não gostava dela, já estava apaixonado por outra, na cidade dele.
Enfim, num dos carnavais, fui até Florianópolis, sozinho, de carro, o amigo que
ia junto deu para trás, a sobrinha tinha ficado grávida e ele entrou em
parafuso, mesmo o filho não ser dele, eu viajei 700km atrás daquela mulher, apenas
com o celular na mão, de madrugada, nem sabendo onde era direito o lugar. Era a
casa da irmã dela e do marido, tirando as brigas entre o casal, foi tudo muito
bacana. Emprestei uma vez o meu apartamento para a irmã e o amante dormirem lá,
o problema foi que o marido certo dia descobriu e me xingou muito, era uma
mulher fogosa e até me convidou anos depois para visita-la em Florianópolis,
coisa que descartei na imaginação, na hora do convite. Quando eu consegui me desvencilhar
daquele problema, graças a filha que não dormia sozinha, comecei a me soltar, e
em uma das recaídas, acabei de me dar conta que o mundo estava aos meu pés e
que agora eu era um Homem solto. Cheguei a me dar conta de que poderia marcar
encontros com outras porque ela não me afetava mais a alma e o que sentia, de
tanto que incomodou, acabou me curando das feridas. Belo dia ela apareceu no
trabalho, para devolver as coisas que eu havia deixado no ap dela, cd´s e
coisas íntimas, como se disse que tinha chegado ao fim mesmo, e em outro eu nem
a atendi, pois não queria mais conversa com ela sobre qualquer coisa que nos
pudesse aproximar. Muitos anos depois, ela casada, novamente, com um
Colombiano, conforme havia previsto nas carta do Tarot, eu na fila do Caixa
Eletrônico, escutei aquela voz atrás de mim, conversamos rapidamente e quando
ela foi embora, me voltou aquela sensação de que aquela mulher ainda me batia
alguma coisa, logo, botei o pensamento na pelanca e deixei passar.
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