terça-feira, 10 de novembro de 2015

João Verle

Diz-se que tudo ficou diferente para o ex-prefeito quando a esposa veio a falecer, antes dele. A mulher deve sempre sepultar o marido e nunca o contrário, mas às vezes acontece, e o Homem quando ama, acaba superando a sua parceira porque quer ficar o maior tempo possível nesta vida ao lado dela. Acontece que quando a mulher vai na frente, tudo fica diferente e o Homem resta duas alternativas, novas descobertas ou velhas descobertas, novas, tudo muito novo e chato, a não ser quanto o Homem ainda tem o vigor físico e a estrutura baseada na juventude como parâmetro, dele nunca se sentir velho, mesmo que tudo ao seu redor diga ao contrário.
Agora, vamos ao que interessa, João Verle era um desconhecido, um coadjuvante, um ex-presidente do Banrisul, uma pessoa formadora de opinião e um dos fundadores do Partido dos Trabalhadores, que acabou por um acaso, entrando na chave, digo, chapa do Tarso Genro, nas eleições municipais, até aí nada de mais, o problema veio quando na ganância de se eleger governador, Tarso, renuncia o governo municipal para concorrer ao governo do Estado, deixando o Palácio dos Leões, para um completamente desconhecido, na vida pública, na política e nas várias correntes que trabalhavam contra e a favor do partido.
Infelizmente Verle foi um mau prefeito para com seus funcionários, sem falar da dívida que entregou à PMPA, 120 milhões de reais era o comentário da época, o que foi assumido pelo então prefeito José Fogaça, que conseguiu acaba com 16 anos da esquerda no governo e não vamos discutir agora os mandos e desmando que foram implementados nessa gestão pelos que agora estão no governo e se mostraram tão iguais contra os outros. O passo de Tarso foi importante porque mesmo na derrota ele se projetou para que um novo projeto viesse depois, e agora, com a entrega de Sartori, a mística do PT aqui no Sul, volta a ter um poder.
Verle além de ter deixado a PMPA em graves apuros financeiros e ter entregado a chave da cidade para outro partido, ficou dois anos ser dar reajustes ao funcionalismo, arrochando, e o pior, terminando com aquilo que o funcionário tinha conseguido sob muitas vais vaias e corredor polonês, que foi a herança que Collares deixou na época, um traço de desentendimento entre a categoria: a Bimestralidade.
Quando foi criada a bimestralidade, Lei derivada do governo Collares, a intenção do legislador era de preservar o funcionário contra qualquer tipo de governo que viesse a tentar arrochar novamente os salários dos servidores, como ele mesmo fez. Uma proteção que seria criada para preservar o professor principalmente, pois então, Verle acabou com tudo isso, dando uma de Sartori, dizendo que não tinha mais de onde tirar recursos para continuar adotando aquela política, Fogaça então fez uma nova Lei que implementaria reajustes anuais e pela inflação e não recuperando as perdas daqueles anos de Verle, que deixou o governo num aspecto de desconfiança e sujeito a prováveis auditorias, que não se confirmaram.
Na realidade o papel de VErle foi de tapa buraco para um Prefeito numa cidade como Porto Alegre, que ficou estacionada e quase sem investimentos, naquele período por uma decisão eleitoreira do Prefeito que recebeu votos da população e acabou renunciando por ganância eleitoral dele e do seu  partido, para que um novo projeto fosse implantado no Estado.
Infelizmente Verle não fez seu papel de vice e sim acabou por assumir um comando que não era seu e nem estava preparado para lidar com aquele tipo de cenário, para o funcionário causou perdas até hoje não recuperadas.

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