terça-feira, 15 de março de 2016

A conta perigosa do Cartão de Crédito e do Cheque especial

Nos últimos anos, o cartão de crédito passou a ocupar a posição de vilão do orçamento doméstico. Os juros estratosféricos, que podem multiplicar por quatro uma dívida ao longo de um ano, e a liderança entre os fatores que mais conduzem consumidores ao endividamento deram àquele objeto de plástico uma aura tão perigosa quanto sedutora, em razão dos limites generosos e da facilidade de uso. Entre os consumidores gaúchos endividados, 80% são reféns do cartão de crédito, que supera, com folga, carnês e empréstimos pessoais, conforme pesquisa de fevereiro da Fecomércio-RS.
– Com a crise e a queda na renda, muita gente acaba tendo de escolher quais contas irá pagar em dia e quais deixará para depois. E protela justamente o cartão de crédito, que tem o juro mais alto e deveria ser o primeiro a ser quitado – afirma o educador financeiro Jó Adriano da Cruz, do Instituto Dsop em Porto Alegre. 

A penalidade para quem adia o pagamento é tombar no crédito rotativo, acionado quando é pago apenas uma parte da fatura. Os juros podem chegar a 14,7% ao mês, 420% ao ano, considerando o acúmulo das taxas, segundo pesquisa da Associação Nacional dos Executivos de Finanças (Anefac) divulgada na semana passada. 
O que o senso comum tem deixado escapar é que os cartões, quando bem utilizados, podem se tornar um reforço no controle das despesas. Possibilitam, por exemplo, que se obtenha imediatamente um produto ou serviço que será pago só no mês seguinte. Também dão fôlego ao orçamento em meses de aperto – dispensando um empréstimo. Sem contar os programas de vantagens, como milhagem e descontos em programas culturais.
– Os cartões são um meio de compra altamente seguro e eficaz. O problema é a falta de educação financeira de muitos consumidores, que os leva à inadimplência – diz o consultor financeiro Reinaldo Domingos. 
Um choque de controle financeiro pode transformar o vilão em herói. A estratégia é manter controle estreito sobre o uso – monitorar quanto do limite já foi utilizado, evitar parcelamentos que pesarão demais nos meses seguintes e jamais pagar a fatura mínima e cair no rotativo. 
– As administradoras de cartões já oferecem ferramentas que facilitam esse controle, como alertas quanto a um limite de gasto pré-selecionado, ou restrição para usos específicos, como em supermercados – aponta Alexandre Brito, vice-presidente de Desenvolvimento de Aceitação e Negócios da MasterCard Brasil e Cone Sul. 
Uma alternativa mais restritiva a gastos tem ganho adeptos no Brasil: os cartões pré-pagos. Trata-se de uma modalidade que pode ser comprada em redes de varejo e é abastecida antes do gasto – ao contrário do cartão de crédito, em que a fatura é paga ao final do mês. Não é preciso ter conta em um banco ou passar por análise de crédito. 
– É uma alternativa que traz maior possibilidade de controle nas contas, já que não permite que se gaste mais do que o disponibilizado anteriormente – explica Paulo Kulikovsky, diretor-executivo da Acesso, uma das maiores empresas de cartões pré-pagos no país.
No ano passado, o número de cartões da Acesso cresceu 150%, chegando a 250 mil unidades em circulação no país. Kulikovsky afirma que a crise e o aumento do endividamento atraem clientes com dificuldade em abrir uma conta bancária ou obter empréstimo pessoal. Quem usa os cartões precisa pagar uma mensalidade e uma taxa a cada recarga – na acesso, são de R$ 5 e R$ 2,50, respectivamente.
O consultor financeiro Jó Adriano da Cruz avalia que os pré-pagos podem ser atraentes em razão da segurança ao dispensar o uso do dinheiro vivo, mas afirma que é preciso avaliar se o gasto com taxas vale a pena: 
– Se a pessoa já tem um cartão de débito, por exemplo, e o utiliza sem custo talvez seja desnecessário ter um pré-pago.
 Fuja sempre do crédito rotativo (quando se paga apenas parte da fatura do cartão). É uma forma caríssima de rolar a dívida: os juros podem passar dos 400% ao ano. 
> Se não puder pagar a fatura inteira do cartão, substitua esta dívida por uma mais barata, tomando um empréstimo a juros mais baixos para cobrir a dívida. 
> Fique atento à anuidade do seu cartão. Geralmente, as administradoras são abertas à negociação. Mas se a taxa estiver alta demais e o banco não ceder, avalie trocar de fornecedor.
> Avalie se o perfil do cartão é o mais adequado. Bandeiras internacionais, por exemplo, têm anuidades mais altas, e muitas vezes você os utiliza apenas no Brasil.
> Para evitar descontrole, limite o número de cartões em seu nome. O ideal é ter de um a três e acompanhar de perto o limite utilizado, de preferência anotando cada compra. 
> Antes de comprar com o cartão, sempre avalie se terá dinheiro para pagar toda a fatura no mês seguinte. Às vezes é melhor pagar logo à vista e eliminar uma futura conta. 
> Fique atento aos parcelamentos, para que não corroam parcela muito alta de seus rendimentos. Se o peso das parcelas no orçamento passa de 25%, ligue o sinal de alerta. 
> Em viagem ao Exterior, evite usar o cartão. O imposto é alto (6,38%), e ainda há risco de a cotação do dólar estar mais alta na data de fechamento da fatura do que no dia da compra.

Nelsonpoa:  A verdade é que quem está pendurado com os cartões não tem saída, nem a negociação resolve, a pergunta é: de onde tirar dinheiro? E as respostas são as seguintes. Em períodos de crise, só existe uma palavra para salvar a situação, CORTE. Significa cortar todos os supérfluos, diminuir a ração do cachorro e do gato transferir o passarinho de lugar e trocar a água do aquário. De onde a gente menos espera é que pode aparecer as alternativas. Cortar a academia, o clube, a associação, o corte de cabelo e tudo que diz respeito aos custos que envolve o cartão, que é o dinheiro vivo, e o cheque especial deve ser retirado de qualquer forma do instituto de decisão sobre valores. Eu tenho vários cartões que não são usados, porque tenho nome na praça, mas o nome está querendo ir para o beleléu, porque não se tem mais de onde tirar e acaba-se vendendo tudo, inclusive as esperanças e o casamento. É hora de unir forças e acabar de vez com a recessão, mas não sei qual é a melhor forma de isso acontecer, sem pelo menos uma luz no fim do túnel. Sem arrumar uma forma de abater a dívida fica impossível de qualquer negociação e deixar de pagar acho que é muito pior. Pedir dinheiro nesses tempos bicudos é momento de sofreguidão, logo, se alguém tem alguma coisa para vender, que venda, para depois poder recuperar, se desfazer de tudo, cortar telefones, tv a cabo, assinaturas e viver de opções de fazer dinheiro. Talvez um projeto para trabalhar durante uns seis meses no período da noite para ganhar um salário mínimo, se esse emprego existir. Quem tem essa possibilidade e ainda é jovem o suficiente, tem que procurar essa alternativa, um emprego duplo que não influencie nada no seu padrão do que já trabalha oito horas. Seria apenas um bico para poder sair da crise e pagar alguma contas. A verdade é que cada pessoa que tem tentar ver o seu lado de como vai poder sair do sufoco, já que o juro sobe e corre como água e vai nos pegar mais ali adiante. O desespero passa por Deus e ter fé e acreditar que pode dar a volta por cima e colocar os pensamento de forma a achar a alternativa que possa nos levar a um resultado melhor, converse com pessoas que tem experiência em situações desse tipo e, principalmente, procure uma forma de receita ou ajude alguém que precise do seu esforço. Saia da zona do conforto.

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