sábado, 19 de março de 2016

60 anos

Pois então, ela acabou por fazer sessenta agora há pouco tempo, nem faz uma semana. Esse texto que vai, como uma poesia, dedico a ele.
Eu na verdade já havia preparado o discurso e seria baseado nos poucos tempos em que estivemos juntos em todos esses anos, talvez ele fosse o mais certinho da família, mas encarou um divórcio um tanto ou até mesmo bastante conturbado, porque conseguiu se libertar do primeiro relacionamento que tinha. Foi através do primo, ao qual tinha grande apreço, que entendeu o significado desses desentendimentos, mas isso ocorre até mesmo com a nova mulher e a nova família, ter que conquistar o seu espaço não é para qualquer um, mas vamos ao discurso.
Primeiramente eu gostaria de lembrar o que o meu irmão pensa de mim, de que gostaria de que eu  procurasse  ajuda espiritual, psiquiátrica e uma terapia, eu tenho alguns problemas, e um deles, é falar a verdade: "duela a quem duela", mas já tenho melhorado e muito sobre isso, ainda tenho outras deficiências, me meto em assuntos que não são meus, porque são importantes os fatos e as formas como eles acontecem. Não procurei o tal psiquiatra porque não vou tomar remedinho para me acalmar, não agora, mas já tomei, por momentos que eu realmente julgava importante, o meu maior desafio agora é viver com dignidade. Eu não vou a terapia porque eu sei o que eu tenho, o psicólogo não vai me dizer aquilo que eu já sei, então, vou no cinema, adoro cinema da tela grande, e amo o futebol, meu pai me ensinou que o Homem tem que ter uma válvula de escape. Mas gostaria de relembrar aos convidados apenas dois momentos importantes pelos quais passamos, que foi os penhascos de São Francisco de Paula, ao qual até hoje não sei como ele saiu de lá e das piruetas que deu no ar e se espatifou numa dessas aventuras, meu outro irmão acabou socorrendo.
Eu até tentei falar com o Anselmo e a Vera, para gente relembrar aquele grupo que ria muito e se divertia naquilo que meu irmão era bom, em fazer homenagens e contar histórias, eu gostava porque participava ativamente daquelas encenações. Ma foi na festa de 25 ano de casamento do pai e da mãe que ele fortaleceu os vínculos da família e que mostrou que os filhos estavam juntos dos dois naquele momento, que representava muito para nós todos, depois que meu pai passou por sério problemas de saúde e além disso as perseguições que sofreu na fase que estava doente e sem condições de se defender. Não é o momento para entrar no mérito do que aconteceu, quando e como, e sim, na força e na capacidade de fazer uma homenagem naquele momento tão difícil, após ambos terem superado aquela fase. Foi uma homenagem em uma noite de música e poesia, uma linda noite de reconhecimento, e somente ele poderia fazer essa preparação e ter escolhido as pessoas que ele gostava e que mereciam estar presentes naquela ocasião. Parabéns meu irmão, como diz uma conhecida minha, jogou 10 naquela época, que ficou gravado para sempre nos nossos corações.

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