terça-feira, 30 de agosto de 2016

Prof. Ari Riboldi


Sopapo
     Do latim, termo formado por “so” “sub”, “sob”, debaixo, inferior, e “papo”, pancada que se dava debaixo do queixo. Papo, possivelmente, origine-se do verbo latino “pappare”, termo de linguagem infantil, papar, comer, de onde também vem “pappa”, comida infantil. Como metonímia, emprega-se para designar o esôfago. As aves o usam para estocar alimentos temporariamente, que depois serão comidos.
     Soco, murro, golpe desferido no pescoço, abaixo do queijo; bofetão. Tabefe, tapa.

Dar um sopapo
     Desferir um soco em alguém; comprimir as bochechas com os dedos e fazer sair o ar com força.

De sopapo
      De repetente, subitamente. O menino fugiu de sopapo, sem que ninguém se desse conta.

Sótão
       Do latim medieval “subltulum”, derivado de “subtus”, debaixo, embaixo, por baixo.
       Parte da casa que se situa entre o telhado e o forro; devão; também designa, num edifício, a parte construída abaixo do nível da rua, porão. Em casas antigas, o sótão servia para depósito e arrumação de objetos menos usados. Também, nas áreas rurais, servia para colocação de cereais para secarem, para perder o excesso de umidade, antes de serem armazenados, pois perto do telhado sempre há o calor do sol. 

Fazer de alguém gato-sapato
         É fazer de alguém o que se quer, humilhar, desprezar, maltratar.
         A expressão teria como origem a situação mais humilhante que poderia ser vivida por um gato, ou seja, ser subjugado sob as patas de um cão, seu costumeiro e antigo rival. O gato “sob pata” ficaria, depois, sopata, como aconteceu com “sob o papo” que virou sopapo e “sob o pé” que se transformou em sopé. Mas a expressão sopata não vingou e o que restou e se popularizou foi “gato-sapato”

Ter macacos no sótão
     Diz-se de indivíduo de ideias malucas, estranhas e descabidas, fora do contexto e dos padrões; ter ilusões de que algo totalmente irrealizável possa tornar-se possível e venha a concretizar-se.
      O sótão – do latim "subtus": debaixo – é o pavimento situado imediatamente abaixo da cobertura da casa ou edifício. Caracteriza-se pelo pé-direito reduzido que permite adaptá-lo ao desenho do telhado. Normalmente o acesso a ele se dá por uma pequena abertura, conhecida como alçapão, como se fosse uma tampa falsa. É um local ideal para guardar objetos de uso esporádico e outras tralhas. Nas casas da área rural, em tempos mais remotos, também se prestava para armazenar alguns cereais, ao menos temporariamente, já que é um ambiente sempre quente, com o contato do sol direto sobre o telhado, o que permite tirar o excesso de umidade de muitos cereais, evitar que mofem e, assim, se mantenham próprios para o consumo por mais tempo.
      Agora, vamos imaginar que, em vez de objetos de raro uso, de tralhas e de cereais, alguém mantenha um grupo de macacos presos no sótão de sua residência. Esses bichos, naturalmente inquietos, fariam a maior algazarra, a maior estripulia, correndo de um lado para o outro, derrubando coisas, atormentando a vida dos moradores e dos eventuais visitantes. O sótão, na expressão “ter macacos no sótão”, corresponde à cabeça de uma pessoa, ou seja, a parte superior de seu corpo; os macacos correspondem às idéias e pensamentos desse indivíduo. Como os macacos fazem o maior alvoroço, da mesma forma, as ideias da referida pessoa seriam totalmente imprevisíveis. Definitivamente, o sótão não é um local adequado para a guarda de macacos. Se alguém assim procedesse, dir-se-ia que não bate bem da cabeça ou dos miolos. Sinceramente, não creio que existam macacos escondidos no sótão de casas por este mundo afora. Quanto ao sentido simbólico e metafórico, no entanto, não tenho nenhuma dúvida: há muitos macacos fazendo suas macaquices no sótão – entenda-se cabeça – de malucos por aí. E tirar esses bichinhos da cabeça de muitos indivíduos é tarefa complicadíssima, quase impossível. 

Fale e escreva corretamente – Sob, sobre
Muito cuidado ao empregar as preposições sob e sobre. 

Sob – Embaixo, debaixo, na parte inferior. O gato vive escondido sob a mesa, 

Sobre – Em cima, na parte superior. Coloquei o chapéu sobre o sofá. Os pratos e copos já estão sobre a mesa.
Obs: Não use “sentar-se na mesa”. O correto é ‘sentar-se à mesa’, pois, afinal, ninguém senta literalmente sobre a mesa. Trata-se de erro tão comum que já está sendo incorporado à linguagem normal. 


Ditado popular
Falar sem pensar é atirar sem apontar
     Falar sem pensar raramente produzirá resultados positivos. É como desferir arma sem mirar ponto determinado. Poderá resultar em desastre ou coisa alguma, mas é sempre uma temeridade. Palavras também ferem, machucam, magoam, Em vista disso, devem ser usadas com critério e com objetivo. 

Eu tive um romance que me fez de gato-sapato, coisa séria, e ela sabia como maltratar um Homem, e eu acho que paguei com ela porque deixei muita gente pendurada por causa dela, inclusive eu mesmo, não consegui durante muito tempo voltar a mim, foi como no caso aquele da estagiária, que eu queria estar com ela e ela queria estar com os outros, e eu não tinha nada para lhe oferecer senão eu mesmo, ou seja, seria uma relação fadada ao fracasso. Eu não posso esquecer porque ela achava que estava tomando conta de mim, se foi porque passamos uma noite inteira juntos, confidenciando apenas beijos e troca de olhares, ou se foi porque numa noite de sexo, ela quase acabou tendo um piripaque de tão vermelha que ficou, e eu só sei quando me livrei daquele sentimento de estar apaixonado e gostar, de que eu estaria livre novamente, com um saldo positivo, porque estava salvo. Muitas vezes ela discutiu no celular e me deixou com um trauma de difícil superação na vida pós relação, o que me mostrou que não devemos nos entregar a uma mulher que não conhecemos nem ela e nem a história dela, de como ela pensa em relação a sentimentos e aos Homens. Mais tarde ela sabe do que perdeu, de que nunca mais vai encontrar aquilo que era sinônimo de amor e prazer.
Na minha última discussão, falei coisas sem pensar, ou seja, atirei a esmo, poderia ter atingido mais não aconteceu porque a saída se deu na hora certa, é um risco muito grande dizer coisas que não temos mais como reverter sem um pedido de desculpas e afirmações de novos compromissos, quando nem os antigos ainda foram cumpridos, chega-se na hora de dar um sopapo no destino, ou seja, não ficar mais esperando posicionamentos que não nos acrescentam mais nada, está na hora de evoluir e sair da mesmice e depender da boa vontade e viver num mundo de faz de conta, está na hora de mudar. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Comente, se você tiver coragem...