Nelsonpoa:
A primeira pergunta é a seguinte:
O problema é você ou está com você? E o mais difícil, como terminar e recolher
as suas coisas de uma casa que não é sua, como admitir, depois de alguns anos e
vários desentendimentos, por vários motivos, de que chegou a hora de dar um
basta em tudo aquilo que se atravessou junto com a pessoa e ter a coragem de
admitir que não é possível mais continuar.
Primeiramente, é importante
encontrar aonde foram parar as dificuldades e porque elas não foram mais
superadas, e porque é necessário tomar a decisão de acabar. Se isso aconteceu
em um determinado momento é porque o casal já não estava mais em sintonia e
alguma coisa na relação já não era mais importante e quando o sexo fica de
lado, tudo começa a mostrar que no primeiro desentendimento a casa vai ruir,
por que é nela em que tudo pode se resolver, que o casal se encontra e procura
arrumar os desacertos que aconteceram na vida em comum.
Terminar uma relação sem
discussão é esconder de ambos aonde foi que eles erraram, mas isso está implícito
nos diversos momentos de crise que o casal veio atravessando durante o tempo em
que estiveram juntos, é necessário apenas que se crie esse espaço para o
desabafo, se pelo menos uma das partes não estiver de acordo com a separação.
Com certeza isso pode não resolver, mas ajuda bastante, a de que a outra parte
possa perceber que falhou por causa de uma cegueira que atinge um momento, em
que uma das partes não consegue perceber que a outra não está mais contente,
não está feliz, não está mais alcançando a continuidade e prefere que não
exista mais a convivência em comum.
Estamos falando quando o casal
ainda está sob as mesmas condições de vida em comum, apenas nesse caso, quando
vemos que não existe outra definição que envolva terceiro, porque sendo assim,
não adianta insistir em nada, porque tem uma cabeça feita e provavelmente apaixonada,
que por mais que se diga qualquer coisa, não vai ser o suficiente para uma das
partes “tentar de novo”.
Quando uma das partes pede para o
“tentar de novo”, dependendo de quem está do outro lado, pode arguir a
necessidade de um plano de entendimento a longo prazo de como vai ser a relação
para que tudo tenha o resultado definido, isso não é da noite para o dia,
demora para saber se a pessoa mudou e se ela aceitou aquela mudança de forma a
não perder o parceiro e querer manter de qualquer maneira a continuidade de
estar com a pessoa. Se as duas pessoas concordarem então, será possível voltar
ao status de casal apaixonado, hoje em dia, o melhor conselho é não sair
acreditando que isso possa acontecer de fato, porque ninguém muda da noite para
o dia, se estar junto e sem monitoramento constante, quando se perde a
esperança e deixa-se de acreditar é porque não vale mais a pena continuar.
O importante é tornar o
sofrimento uma arma pra que outras frentes possam ser abertas e novas
descobertas possam vir a acontecer para os dois, está na hora de continuar a viver de uma nova realidade e sem a presença
daquela pessoa que esteve junto da gente, ninguém está preparado para quando
isso vier a acontecer, quando se espera exatamente ao contrário, que tudo leva
a crer que aquela união está mais forte a cada dia.
Essa questão de ser pego de
surpresa, sobre o fim, tem muito a ver com o descuido que a pessoa tem com a pessoa
que está ao nosso lado, por achar que ela tem a certeza e a convicção de que
não se tem dúvida e só se tem certezas, quando na verdade, às vezes, poder
descuido, as pessoas acabam em cometer os mesmos erros do passado que já tinham
sido avisadas de que não cometessem novamente, talvez por esquecimento, talvez
por confiança demasiada de que a sua certeza era insuperável e que estava com
domínio completo das ações, o que não leva mais a qualquer tipo de medo,
insegurança e incerteza, a verdade é que mesmo um eu te amo no café da manhã,
não inibe uma separação no café da tarde. Como saber como certeza se não há
desconfianças em relação ao que o companheiro está pensando, é possível não ser
pego de surpresa na hora da briga, por exemplo?
Talvez, como já dissemos antes, na
hora da cama, nós podemos saber o que dizemos e o que a outra pensa sobre a
continuidade ou não da relação por afinidade e não daquelas que somente o sexo
comanda e que não podemos enquadrá-la como sendo a definidora de parâmetros de convivência
a dois. Certeza não teremos nunca, mas
podemos ter a febre de como as coisas andam na cumplicidade vista todos os dias
dentro de casa ou no contato através do mundo paralelo.
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