quinta-feira, 16 de abril de 2015

Vendedora por Porta dos Fundos | Merchan

Vendedora por Porta dos Fundos | Merchan Lembro que uma vez numa loja do Shopping aqui da zona sul, cheguei na vitrine e olhei uma camisa que realmente gostei muito, mas resisti a tentação. Voltei depois de uma semana e a camisa ainda estava no mesmo lugar. Depois passei a ir constantemente no shopping, quase que todos os dias, pois estava fazendo o trajeto para casa à pé. Numa dessas passadas resolvi entrar na loja e experimentar a camisa e achei que fiquei muito bem com ela, era bonita mesmo e cara. Só que quando cheguei em casa, a camisa não era a mesma, me lembro de um detalhe importante: seria a primeira vez que usaria um modelo com um vermelho mais chamativo, que estaria usando junto com um azul marinho. Achava algo assim, fora de qualquer possibilidade, mas ao mesmo tempo seria inovador e quebraria com aquele paradigma de não usar tons encarnados no meu trabalho principalmente, já que um dia já haviam me comentado isso. Sei que quando me dei conta daquela situação, já havia passado uma semana e voltei ao shopping e localizei a camisa na vitrine e fui falar com o vendedor, dizendo que me vendera a camisa errada, ele disse que não tinha mais o meu número, por isso ofereceu uma outra, que tinha um leve vermelho na gola, quase imperceptível, que aceitei sem qualquer constrangimento ou questionamento. Saí da loja com cara de idiota, fui passado para trás vergonhosamente pelo vendedor, usei ia camisa num Natal e várias vezes no trabalho, muito elegante e charmosa. Aquele vendedor não deve ter ido longe. Talvez não fosse mesmo para usar vermelho por superstição ou apenas por não combinar comigo mesmo.

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