quarta-feira, 22 de abril de 2015

A questão da maioridade com a falta que a mãe faz

A questão da maioridade com a falta que a mãe faz. Pois parece que houve um equívoco quanto a mudança de paradigma em relação aos menores infratores. Uma vez eu conheci um que matou um desafeto quando ainda era menor, na base da paulada, coisa muito séria. Uma vez joguei futebol com aquele menino e ele tinha um problema muito sério em relação às pessoas, foi numa época que o governo contratava pessoal da antiga Febem para dar oportunidades de trabalho para esses “estafetas” como eram chamados, mas me lembro que numa partida de futebol, o tal rapaz, veio por trás e me chutou sem bola e sem nada, quando eu vi que era ele, nem fiz nada, apenas saí de campo, era uma discussão inútil, ali eu vi que não tinha jeito tentar conversar com aquele descontrolado emocional. Era uma época que não existia essa questão de cocaína, crack e outras pedras que estão aí. O rapaz precisava de tratamento e foi o que aconteceu, após alguns anos ele apareceu novamente lá no local de trabalho e quando o vi cheguei a pensar que havia fugido e estava atrás de alguém, coisa de revanchismo ou coisa parecida. Mas não, estava solto mesmo, e depois disso não tive mais notícias dele. Essa questão de que a mulher assumiu o comando da família para sustentar a prole e se livrar da dependência do marido que acabava por gastar todo dinheiro com outras drogas, acabou por fazer entender à própria mulher que o ambiente dela precisava ser melhorado muito mais do que viver às custas de uma situação não mais ideal. Agora com a decisão da maioridade, do universo todo, os crimes praticados por menores representam apenas 0,5% do total, o que me parece que essa faixa etária não pode ser tratada da mesma maneira como um crime com idade acima de 18 anos. Como separar sem baixar a maioridade penal? O certo é que se for todo mundo para vala comum, aí o tiro será contra o próprio pé mesmo. Talvez, quem sabe, somente os crimes hediondos? Essa questão da mulher ter uma nova conduta em relação aos filhos, ela é antiga, mas agora muita coisa mudou e temos uma nova condicionante em relação aos relacionamentos como o caso da guarda compartilhada, por exemplo, onde acaba a responsabilidade somente de uma pessoa de cuidar e manter o filho, ela é dos dois. A grande questão que se coloca é a mudança do papel da mulher no mundo moderno e a sua trajetória e ocupação de espaço antes destinado somente aos homens que acabaram deixando a desejar nesse quesito, a mulher se libertou e abriu com ela um leque de opções em relação aos filhos, utilizando de várias alternativas para conseguir fazer valer a educação e a fiscalização do comportamento dos filhos na sociedade moderna. O problema é o ambiente hostil que as crianças às vezes estão sujeitas, pais desajustados, vivendo numa situação de risco constante e sob muitas vezes cuidado de um estado caótico que não tem as condições suficientes de fiscalizar quando foge o controle dos mesmos, muitos ausentes, sob essas circunstâncias. Sobra então para escola pública, com professores mal remunerados e não preparados, até porque os melhores mesmos acabam vindo da escola particular, que acabam por se desfazer dos seus mestres por causa de outros interesses. Esses professores também acaba de ingressar, ao final da carreira, num ambiente completamente fora do seu padrão e da sua rotina profissional, tudo uma grande confusão que precisa intervenção do aparato estatal para tentar um projeto psico-pedagógico que interajam vários organismos de reintegração desses perfis que estão muitas vezes marginalizados pela falta de amparo do espaço, devido a sua incapacidade de investir recursos. Tudo uma grande roda vida e os resultados são pífios, porque para conseguir investimentos é necessário aprovar alunos e mostrar uma realidade que praticamente inexiste em busca de uma educação excelente que hoje apenas se desenha como uma utopia.

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