segunda-feira, 27 de abril de 2015

Noiva Cadáver.

Noiva Cadáver. “Eram mulheres casadas por dentro fingindo solteirice por fora” Carpinejar, caderno Donna, 26/04/15. Parece que o maior respeito que os ex têm com eles mesmos atualmente é não fazer ou dizer qualquer coisa que venha fazer a desmoronar tudo aquilo que já veio abaixo e não se tem previsão de rescaldo ou encontrar sobreviventes. Não existe fotos em facebook e não se apresentam em eventos de grande magnitude que não sejam importantes a presença de um dos dois. Eu sou da teoria de que para esquecer uma mulher e um relacionamento, só com outro, ou melhor, com outra. O problema é que não se conhece uma nova relação duradoura, do dia para noite, existe uma trajetória tão grande, e caminhos tão tortuosos, que sinceramente não sei nem se vale a pena nem começar a tentar. Aquilo que se construiu durante um determinado tempo e se monitorou durante uma vida inteira, todo um caminho decidido e delineado de um relacionamento, tanto homem e mulher não sabem se vale a pensa continuar tentando. Por isso tantas mulheres no banheiro, filas intermináveis, para retocar a maquilagem de um tempo e uma posição que não se sabe se vale mais a pena. O que talvez elas não saibam e quem podem acabar encontrando, após muita procura, o inesperado ou até quem sabe alguém que possa ser melhor do que aquilo que um dia tiveram, ou seja, de quanto tempo perdeu em um relacionamento que não lhe permitia se conhecer, de mudar o seu papel, de repaginar a sua vida com novas fotos e novos conteúdos, isso no início ninguém precisa ficar sabendo, nem a vida anterior, depois vai se acostumando a estarem sempre juntos e necessitando a presença de um com o outro. Às vezes isso demora, mais de três anos de conhecimento, de tentativas de entendimentos, de insinuações, de troca de olhares, de desentendimentos também, de incompreensões, até o dia que se começa a verificar que pode haver uma nova possibilidade de se descobrir, de uma mudança no olhar, no jeito de caminhar, na performance da intimidade, começa a aparecer uma esperança de uma nova chance, sem compactuar com o passado, que ainda continua lá, completamente perdido, mas nunca esquecido.

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