terça-feira, 28 de abril de 2015

O cobrador do prefixo 753

Era sábado, dia 25/04/15, por voltas das 7:30 da noite, mais ou menos, me lembro o prefixo, 753, me lembro a empresa, Carris, e me lembro até a linha, 353 – Ipiranga-PUC. Me lembro que peguei o ônibus da Av. João Pessoa, e a viagem seria curta, muita curta mesmo, eu iria descer na rodoviária. Desde quinta-feira estava exausto com a demanda de trabalho, havia participado de uma reunião exaustiva de trabalho à noite, a fim de alavancar os negócios, face à situação atual do mercado financeiro e da necessidade eminente de se definir estratégias mercadológicas. A reunião durou até quase às 23h. Na sexta-feira, um dia tenso de trabalho, bastante cansativo e com pouco tempo inclusive para almoçar, se preparava o final de semana, ainda deu tempo de ir à academia, perda de tempo, pois acabou não rendendo nada, quando recebeu uma ligação da região metropolitana, da namorada, de que estaria sozinha em casa no sábado e precisava da minha companhia, teria que resolver tudo o mais cedo possível e optar por um modelo prático, já que o site da rodoviária não estava funcionando, precisava fazer um acesso direto à mesma, no horário das 20h, para não precisar ir de carro, teria que olhar pneus, gasolina, carregar mantimentos, etc, decidiu ir apenas com a roupa do corpo e uma maleta com acessórios de informática e bens pessoais. Seguiu então o caminho mais rápido que seria o de pegar qualquer ônibus que passasse na Av. João Pessoa e que fosse pela rodoviária, foi quando então entrou no segundo que apareceu, pois o primeiro estava lotado e não parou na parada, era o prefixo 753, estava cheio, seriam apenas três paradas, foi quando na terceira parada, a da rodoviária, falou para o cobrador descer pela frente, como sempre faz quando o ônibus está lotado, passava o cartão e o cobrador girava a roleta, no entanto, o cobrador disse que teria que passar a roleta, pois havia câmeras no ônibus e não poderia fazer a operação. Disse para ele que o ônibus estava cheio, que teria que passar pelas pessoas sem necessidade, na frente não havia mais ninguém, e mesmo assim, ele inacreditavelmente me obrigou a enfrentar o tumulto dentro do ônibus e o mesmo parou na rodoviária, desci a tempo, não sem antes dizer para ele que faria reclamação na empresa, de que aquilo era uma total falta de respeito e ele ainda disse: - pode fazer, é um favor! Acho que o cobrador deve ser orientado quanto ao procedimento sobre a reclamação e deve continuar trabalhando na mesma linha e no mesmo horário.

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