terça-feira, 14 de abril de 2015

Marinando

20/05/2010 “Meu ex-chefe no serviço, um dia me chamou num canto e disse para mim espalhar sobre a mesa alguns papéis e disfarçar fingindo que estivesse anotando alguma coisa quando não tivesse nada para fazer e aparecesse alguém na sala. Nunca mais me esqueci disso...” Estou preocupado porque teve ontem a noite uma notícia no Câmera PAMPA de que o VIAGRA causa perda de audição....e eu estou surdo... “É, eu também li sobre isso, porque ouvir, eu já não ouço a muito tempo...” -----Mensagem original----- > De: AC > Enviada em: quarta-feira, 19 de maio de 2010 19:38 > Para: JP > Assunto: > > Oi... > Faz tempo que não conversamos. > Além do que aconteceu naquela ocasião > que saímos pela última vez, eu te fiz mais alguma coisa? > Eu não lembro de ter feito alguma coisa > e já me culpei tanto pelo que aconteceu naquele dia e inclusive já me desculpei. > Tenho tentado ser educada, não força a barra. > nem impor a minha presença, mas achava que as coisas poderiam se > normalizar com o tempo. > Tu simplesmente passou por mim como se eu não existisse, e isto já aconteceu num outro dia. Estou completamente chateada com o que aconteceu. > Hoje até estava com vontade de te pedir um favor. > Acho que sabes que estou fazendo aula de dança de samba no sábado. Estou com dificuldades na hora que o professor pede pra dançar livre no final de cada aula. Eu fico pensando em ti e não sei que passo deve fazer pra onde devo ir, perdida, completamente perdida. Na hora de treinar o passo em si eu pego, mas quando tenho que colocar todos os passos na dança livre, aparecem as dificuldades. Tinha pensado em te pedir o favor de me dar umas dicas, poderia ser no horário de almoço, pois tenho almoçado aqui, e nem seria necessário sairmos pra > dançar em algum lugar na noite (pois com certeza tu não irias). Era pra > provar que realmente gostaria que me ajudasse, sem dar a conotação que vou > dar em cima de ti ou te agarrar. > Não vou fazer isto, pois hoje tenho a > impressão que perdi um amigo pra sempre, ficando restrito ao colega de > trabalho que cumprimentamos educadamente ao cruzarmos o corredor. Eu não fiz por mal, se fui audaciosa é porque tu permitiu que eu estravazasse todos os meus encantos para ti. Foi uma completa falta de entendimento sobre como tu preferia que eu botasse a mão em ti. > Até meu colega certa vez perguntou se tinha acontecido alguma coisa, pois antes éramos diferentes. Por isso uma vez > apesar de tu não demonstrar muito entusiasmado, eu te dei um beijo no nariz, sem querer, quando estavas conversando com o colega no corredor, que também dei > um beijo no rosto dele, para não deixar pistas. Pra demonstrar pra os demais que não tinha nada a > ver, era impressão. Acho que tu preza muito pela tua imagem e isto poderia > dar menos margem das pessoas realmente pensarem que aconteceu alguma coisa > entre nós. > Isto me deixa chateada, pois acho que apesar do que aconteceu, nós somos adultos e pra mim isto poderia facilmente ser superado. > Me desculpe mais uma vez. > Tenho a impressão que se tu não tivesse > que esbarrar comigo nunca mais seria bem melhor, vou me esforçar pra não > te constranger mais, não na frente dos outros, talvez mais comedida... AC -----Mensagem original----- > De: JP > Enviada em: quarta-feira, 19 de maio de 2010 19:59 > Para: AC > Assunto: RES: > > Na realidade, eu sempre coloquei para ti que as > coisas não deveriam passar da fraternidade, melhor da amizade pura e simples. Não costumo misturar as coisas, sabes bem disso, uma coisa é uma coisa...pois eu sempre fui sincero em dizê-lo a ti. > Acontece também, que eu me sinto constrangido de negar isso ou aquilo por, > talvez não usar as palavras corretas, com medo de ferir a quem não desejo ferir > tal sentimento e deixo as coisas acontecerem, ferindo a mim próprio, mas > eu me acostumei a lamber minhas próprias feridas, já são tantas que cicatrizei que nem lambo mais como fazia antes... > Entendes o que estou tentando te escrever? É > difícil traduzir em palavras, sentimentos e eu estou aqui pensando muito > para colocar sentimentos em palavras que não sejam duras, mas que sejam > sinceras. Naquela ocasião eu deveria ser contundente e não permitir que > entrasses em minha casa por aqueles motivos que eu já expusera e também > por causa do que eu já previra que aconteceria depois e aconteceu. Sobrou > o constrangimento, não sei se mais da tua ou da minha parte, porém é o que > ainda paira no ar. Leio nos teus olhos todas as vezes que passo por ti, > mas não sei como dissipar isso tudo, só sei que não tenho nada a ver, contra e > não mudo o comportamento meu por não desejar que me interpretes de outra > maneira, seja qual for. > Desejo que voltemos a alegria que tínhamos > antes, que é a melhor de todas, sem maldades, sem ressentimentos, apenas > fraternidade e amizade. Eu quase sempre almoço por aqui, enquanto não voltar a fazer > musculação e ficar observando ao meio-dia e estou a tua disposição para praticar o passo que tens dificuldade, sem que com isso nós fiquemos realmente comprometidos com alguma coisa que se passa pela nossa mente. Não estou dançando mais, apesar de ter ido na semana passada ao Clube dos cafajestes, porque ainda sinto dores no quadril, mas estou melhorando aos poucos. > Em suma, sou adulto cronologicamente, mas no > fundo, aquele menino ainda não me abandonou, ainda brinca de carrinho, > ainda só pensa em jogar bola, ainda sobe em árvores para colher frutas, > ainda sonha em ser grande... e não há porque me pedires desculpa. Se quiseres ajuda... > Beijo, > JP -----Mensagem original----- > De: AC > Enviada em: quarta-feira, 19 de maio de 2010 > 20:17 > Para: JP  Realmente tu és uma criança e não adulto, pra saber > separar as coisas. > Claro que sempre colocaste que não queria, nem quer > nenhum envolvimento com ninguém. Com ninguém que realmente tu queiras, e é isso que eu sinto em ti, da forma como tu quer ser conquistado e talvez tenha sido isso que eu não tenha percebido na hora, essa conquista deveria ser feita a cada dia, e a cada momento, mas é que eu já estava subindo pelas paredes e não tinha mais como conter essa minha ansiedade de dar para ti, o meu sub consciente não tolerava mais a minha insatisfação e acaba por me contradizer na questão do desejo, e acabei botando os pés pelas mãos, não era o momento certo, sei disso, eu teria que te fisgar como se pescar uma traíra, ficar ali, marinando e dando corda, marinando e dando corda, mas eu já estava com medo que a corda arrebentasse de tanta corda que já tinha dado. > O que aconteceu causou um constrangimento maior do teu lado do que da minha parte. > Eu gostei, sim poderia ter ido até o fim, sim, mas acho que tu não tem maturidade suficiente pra lidar com isso, não comigo que queria fazer o serviço para ti. Eu me senti constrangida pela tua reação. Já te disse milhares de vezes, não sou menina, sou mulher adulta, que não esteve, nem está apaixonada por ti, nem desenvolveu nenhum tipo de amor platônico ou paixão recolhida. Acho que tu que não conseguiu entender isto. Eu só estou a seco à muito tempo e precisava resolver isso de uma vez, mas acabei precipitando tudo e estragando tudo também. Por enquanto deixa assim. > Bj  AC

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