sexta-feira, 10 de abril de 2015

AMORETTO - Ligação Urbana

Pois eu sempre chamava ele de Amoretto, porque era assim que ele se auto-denominava, até um dia que ele na audiência, resolveu passar a cantada na pessoa que estava sendo inquirida, que acabou por procurá-lo outros dias ali na sala mesmo. Só tinha uma pequeno problema, era casada com um colega de uma outro setor, e que parece que não dava muita importância para ela, até o momento de saber que estava sendo passado para trás, mas isso não vem ao caso agora. Foi numa reunião tensa em que o cartão ponto dele havia desaparecido e que descobri o sobrenome dele, Minato, isso mesmo, a minha interjeição: Mas quem é o Amoretto? Meio que nervoso, ele disse que Amoretto era o nome do cavalo que ele jogava no hipódromo, que o levou a falência, ele disse que adorava aquele cavalo. Depois dessa situação, veio a questão do telefone, acabava por usar sempre o telefone da repartição para ligar para às namoradas, todos os dias, e ainda ficava até tarde, para receber as ligações, até o dia, que ele não estava na sala, e veio um terceiro perguntando por ele, eu disse que não estava, e ele disse que ia usar o telefone, ali mesmo, como se não tivesse ninguém para observá-lo e o Amoretto, não estava na sala para impedir. Esperei o vivente sair e liguei para telefonista e pedi para tirar o zero, que dava ligação para fora, agora pedir ligação só via telefonista. Não precisa dizer a atitude de indignação com a minha pessoa, porque eu teria feito aquilo, que o prejuquei demais. Não me restou outra alternativa, senão dizer que a culpa era dele mesmo porque não estava na sala na hora que usaram o telefone. Na verdade estava cansando daquela rotina de todo mundo de fora querer ligar dali. Atitude corajosa. Pediu para botar o zero de volta, reclamou para o antigo chefe, não adiantou mais, perdeu o zero. O Amoretto não era chegado no trabalho, e esperava apenas a aposentadoria, e gostava de uma carne nova, o médico já aconselhava-o a só procurar esse tipo de relacionamento, que poderia lhe dar algum prazer, virava e mexia ele aparecia com presentinhos para elas durante toda semana, até fraldas tinha na mesa dele, além das fotos das queridas. Belo dia, conteilhe que sairia de férias na segunda-feira, como ele já sabia, e que assumiria o meu lugar o meu antecessor, que eu tinha plena confiança. Para minha admiração, ele surtou, queria saber porque não seria ele o substituto, esperou tanto tempo por aquele momento e que deveria ser ele. Não restou outra alternativa de subir no 2º andar, aqueles dois vãos de escada e avisar o diretor que o meu funcionário havia surtado e que eu não poderia mais trabalhar com ele ali. Saí de férias e o Amoretto, foi desligado do setor, por ordem do Diretor. Depois de algum tempo fiquei sabendo que ele queria mesmo era ficar sozinho com a estagiária nova, que ele conversava todos os dias, que era mãe solteira e estava a procura de uma novo relacioamento. Meu caiu a ficha!

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