terça-feira, 14 de abril de 2015

A Conversa que não existiu

A conversa que não existiu Sei que era para tratar de um assunto sério, não me lembro direito qual era ele. Sei que era uma reunião almoço para tratar desse assunto, além disso, de uma questão de investimento, haviam combinado também dele entregar a raquete de tênis que estava na antiga casa dele, que era um baluarte na negociação e nas novas tendências financeiras, que poderia ser a luz do fim do túnel, mas ele acabou esquecendo e não foi possível reaver o material que continha uma parte da minha vida, muitas declarações e muitas provas do passado que valia a pena abrir e poder se certificar do que aconteceu de fato no passado. A raquete de tênis na verdade era uma bolsa que vinha junto com antiga bicicleta peri, para colocar coisas de viagens,acabamos por tratá-la como raquete de tênis, porque tinha o formato igual, ali nunca existiu uma raquete propriamente dita. Muita coisa estava adormecida, teria que se trazer de volta para realidade e o momento era agora, não era possível esperar passar mais. Cheguei no horário, depois de precisar da localização do GPS para chegar ao local, já havia estado antes lá. Caiu uma chuva de verão momentos antes, fui obrigado a ficar debaixo de uma árvore. Subindo a escada ele me informou que a vizinha que nos cumprimentou transava com a janela aberta, e ele podia escutar até a respiração ofegante e como ela gemia e sussurrava na hora do prazer. Me lembrei que tinha um ex-vizinho que não conseguia dormia à noite por causa de uma vizinha, e quando estávamos no bar ele perguntava se eu sabia, se já tinha ouvido. Eu disse que tinha um sono pesado e que não era eu com certeza, achava que isso não existia, até conhecer a Vaníaze. Eu sempre gostei da coisa, mas depois que a conheci, mudei completamente a minha percepção sobre as mulheres e como era uma delícia ter um relacionamento com uma mulher que grita e geme de prazer, fazendo o motel inteiro parar para escutar aquela doideira toda. Eu nunca me considerei um D.Juan de Marco, ou coisa parecida, mas sempre gostei da cama. Só sei que uma vez aquela mulher caiu da cama e bateu com cabeça no chão, tão grande foi à performance do enrosco, ela gritava demais e acho que aquilo me deixava mais louco ainda, acabei adquirindo o vício do Cigarro, Carlton, porque sempre depois daquela transa nós acabávamos fumando um cigarrinho. Depois vinha o segundo tempo e a intensidade dobrava, era uma atividade lúdica completamente prazerosa. Aquilo realmente me mantinha vivo. É impossível relatar os detalhes, porque eles além de serem íntimos, requer muita concentração, eu diria, teria que fazer regressão e coisas desse tipo, como eu gostaria de ter filmado ou gravado só os sons do que acontecia naqueles encontros. Naquela época não tinha nada disso, filmadora, celular com câmera e eu pediria apenas a autorização dela para fazer uma gravação que ficaria entre nós para todo o sempre, para recordarmos o que acontecia naqueles dias felizes. A conversa começou sobre vários aspectos, principalmente de trabalho, das coisas que estavam aprontando para ele e quanto ele já havia perdido com toda situação, eu queria falar do investimento que a gente precisava fazer, mas a conversa deu uma guinada para o relacionamento de ambos e de como a coisa ficou depois de tantos anos, de toda mudança de estilo de vida dos dois e de tudo que foi investido nos relacionamentos após os cinqüenta anos, por isso que nenhum Homem quer se envolver com mulher depois que se separou e tammbém o que decidiu, inesperadamente, uma união após essa idade. Conversaram demoradamente durante duas horas, almoçaram, eu tomei 4 latinhas e acabei tendo uma dor de barrida e tive que ir para casa resolver aquele assunto, com medo na verdade da mulher dele chegar, não sem antes de dizer, que aquela conversa nunca existiu, mas que era necessário fazer um novo encontro para resolver a pendência do investimento.

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