Eu conheço bem a empresa pública, e conheço melhor ainda a
privada. Já trabalhei em todo tipo de empresa, e já conheci as pessoas que
trabalharam nessas empresas, falcatrua tem em todo lugar. Uma vez trabalhando numa
financeira à noite, nós tínhamos um colega que tinha um apelido vulgar, e o
chefe nos chamou para trabalhar no sábado, o serviço estava atrasado, ele ainda
estava assumindo um setor que mal ele conhecia direito, era feito por lotes.
Certo sábado pela manhã eu vi o pilantra chegar, assinar 4 lotes que já estavam
prontos e colocar na mesa do chefe. Quando cheguei para trabalhar na segunda o
chefe veio direto a mim perguntar porque não havia vindo trabalhar no sábado e
eu disse que tinha vindo trabalhado 4 horas diretas e colocado o meu lote no
lugar de sempre e não na mesa dele que não era o comum, ele saiu correndo para
buscar os lotes que já havia mandado embora.
Certa vez eu trabalhei numa empresa que o funcionário se
chamava Amoretto, e aí um dia perguntei o porque daquele nome, ele disse que ele
era conhecido assim porque apostava sempre naquele cavalo, na época que perdeu
todas as suas economias no turfe. Mas falando no Amoretto, ele tinha um salário
de Nível superior, conseguido por um outro colega que percebera que ele tinha
direito, só que ele não fazia nada no trabalho, era um perturbado, só conseguia
pensar nas estagiárias, não conseguia dar um parecer e escrever num processo,
às vezes não vinha trabalhar e às vezes atendia as mulher no setor mesmo,
ocupava o banheiro pela manhã porque não tinha tempo de fazer a barba em casa e
coisas desse tipo.
Logo, podemos perceber que tudo é uma questão gerencial,
parasitas vão ter das mais diversas formas, depende de como você trabalha essa
questão, Amoretto ninguém conseguia que ele fizesse alguma coisa, nem mesmo
tomar qualquer atitude senão a de tirar uma licença médica e se afastar o tempo
necessário e suficiente para voltar não fazer nada, cooptados por alguns
colegas de trabalho.
O que me intriga na questão pública é a terceirização, já
que o Estado não se obriga mais a administrar e fazer um ciclo de funcionários,
por vários motivos que sejam, o da greve, por exemplo, até o valor que se paga por uma terceirização
em razão de quando o pessoal é administrado pelo próprio órgão público, essa
equação par mim nunca fechou. O Estado não tem mais a dívida com o
funcionalismo, mas por consequência jogo o Estado e os entes numa profunda crise
que não tem mais como pagar nem a dívida e nem os funcionários, anda culpando
os mesmos pela incompetência em adotar modelos de gestão que não estavam
preparados para serem administrados por quem não tem a menor possibilidade e
capacidade de visualizar ativos futuros, essa é a grande verdade que está por
trás de toda falta de recursos e dívida dos estados e ainda por cima se obrigando
a retirar benefícios que até hoje atraiam pessoas que não se adaptavam a
iniciativa privada, sabiam que não tinham o direito ao FGTS, mas que teriam a
aposentadoria integral no momento que botasse o pijama, vestimenta hoje que
sabe que trazia mais malefícios do que benefícios.
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