segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

O beijo na boca

baseado num texto de Fabrício Carpinejar Nelsonpoa: Esse é um texto de adolescente, apaixonado e deslumbrado com o mundo apaixonado, um mundo que está muito além do que a corpo e a mente sucumbem quando a relação está por um fio, é que muitas vezes acontece o beijo de língua nem mais é lembrado, um chama o outro disso ou daquilo e a covardia se espalha pelo chão quando antigamente havia rosas. Minha mulher diz que beijo mal, ainda bem, nem faço mais questão de beijar bem e aprender o que isso significa e acho que talvez ela aprenda o que significa a entrega por um beijo em êxtase. O beijo como o Carpi define é para quem não tem medo, para quem gosta de se arriscar nesse campo todo esburacado, isso mesmo, para evitar dizer espinhento, porque tudo meu caro poeta e belo escritor, tudo tem um preço, e esse preço, depois de determinado tempo, a gente acaba vendo que não vale a pena pagar e nem querer mais achar que é maravilhoso e LA LA LAND, na paixão e na emoção dos beijos e abraços tudo se modifica, o próprio corpo sofre uma espécie de inversão da sua natureza perante ao que ele é capaz de transbordar, quem sabe do que estou falando, vive a procura disso e sabe que isso é um caminho sem volta, de decepções e lamentações e constrangimentos, de desapegos e de concessões, muitas por sinal, quanto mais o tempo passa, vemos que isso não tem mais a importância que deveria ter tido um dia, de fato, se a gente soubesse de tudo como acontece. Logo, beijar tem o seus riscos e eles acabam ficando no selinho ou na imaginação, e na oportunidade, quando ela aparece, de um e o Vento Levou.

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