segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

Entre flores e adubo

baseado num texto de Lya Luft Nelsonpoa: Não adianta, não adianta, mesmo, não adianta tentar, mas adianta é muito. As palavras, assim como a música, são as que tem capacidade de mudar alguma coisa, e a nossa escritora tem esse dom, porque então virar adubo, se podemos virar flores? A longevidade e a distância estão neste caso andando juntas, e quanto mais longe se tem a capacidade de ir com as palavras e com essa forma de ser lido e ouvido, como na música, podemos ter um dia a ilusão de que seremos entendidos naquilo que escrevemos para o bem. Acho que ajudo pouca gente, mas aquele mínimo que tem a capacidade de poder ler e se manifestar sobre o meu pensamento, verá que sigo o caminho do bem, da coisa certa, e de me arrepender de ter tido também meus momentos de fraqueza, já devo ter aceitado propina de alguém sem querer, não me lembro de quem, já devo ter passado mais de dez itens quando a fila me dizia que eram somente dez, já passei na frente de mulheres quando deveria ter dado a gentileza, já menti a minha idade para conquista uma mulher, não sou um ético totalmente, mas me arrependo todos os dias por isso. Meu filho já me viu um dia dirigindo a 140km, quando o certo era 80, mas ele também soube que um dia salvei uma vida por causa disso, já trapaceei em algum jogo alguma vez, mas nem sei qual foi, meu maior amigo é um negro, e alguma amiga uma vez ajudei a se fazer na vida por vontade dela e com um empurrão meu. Logo, o nosso caminho é grande e a nossa história a favor do bem é muito maior que alguns tropeços. Hoje estamos cientes do quanto nossos erros são capazes de nos levar para lugares insanos e infernos que nos fazem corar de vergonha.

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