quarta-feira, 14 de outubro de 2015

O rio que nos acolhe


Sempre estivemos longe do Rio Guaíba porque ele sempre representou perigo, suas tentações, seus buracos e quando esquenta sempre tem os aventureiros que preferem desbravá-los de qualquer jeito. O nosso Rio  Guaíba é lindo quando da chegada, geralmente exaustos das viagens a trabalho ou a passeio, ele nos recebe como se fosse de braços abertos como querendo sempre nos mostrar o caminho para casa.

Uma vez no rio Jaguari, nadei nas suas margens audaciosamente, sem conhece-la, coisa de gente nova, tinha uns 20 anos naquela época, mas deu certo, cheguei a outra margem e voltei boiando.

Na noite, no carnaval, depois de uma bebedeira, atravessando o rio para ir à barraca, no raso, tive uma dor de barriga muito forte e tive que voltar pelado para barraca, segurando a roupa na frente, foi um acaso e não por acaso, foi uma necessidade incontrolável.

Minha mãe dizia que vovô atravessava o rio  Caí a nado, era um excelente nadador, mas isso eu acharia um tanto perigoso e não sei se teria tal capacidade de aproveitamento, são coisas que devemos respeitar, o perigo que representa não só as suas margens, mas todo o seu mistério.
Pessoas que respeitam a água como fator de perigo são as mais evoluídas, mesmo quando bebem, porque sabem o que representa toda aquela imensidão em forma de admiração e beleza, todo rio, sem exceção, tem esse poder de observação e que nos acompanha quando estamos perto, seja qual for a forma que nos aproximamos dele, por isso que as suas margens são espelhos d’água e que nos reflete o que temos que ter em mente quando nos encorajamos a desafiá-lo, ou seja, que tipo de envolvimento ele quer deixar passar para a pessoa que lhe procura, pois ele também quer passar ensinamento e aprendizado para quem o conquistar.

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