Ex-governador
lançará projeto envolvendo livro, documentário e fotografias na quinta-feira,
dia 22 de outubro, às 19h, no Teatro Dante Barone.
Conheci
Alceu de Deus Collares através de meu pai, que era amigo e colega na época que
eram telegrafistas na antiga ECT, no tempo que ele era casado com a D. Antônia
e ainda estudava Direito, que ainda tirava o serviço dele para ele poder
estudar, coisa mais ou menos assim.
Meu pai
falava tão bem dele, que acabei abraçando um partido que não era o dele
certamente. Partido dele e do Brizola era a educação, de que para um país ter
condições de sustentabilidade e evolução seria através da educação.
Collares era
a grande promessa da política, com discursos apoteóticos na Câmara dos
Deputados, que depois foram usados contra ele mesmo na famosa greve dos
municipários em seu governo.
Collares fez
um arrocho de três anos nos seus funcionários, que até hoje aos que passaram
por aquela situação ficaram marcados, em compensação, fez um plano para os
professores do município que foi considerado revolucionário, em Julho de 88,
depois atingiu a toda categoria, depois o PT pagou e preservou a maioria dos
direitos, até chegar um tal de Verle que acabou por não pagar mais a
bimetralidade e deixara a PMPA com uma dívida de 120 milhões.
O problema
de Collares foi se envolver com a Neuza Canabarro, uma mulher a frente de sua
época, uma mulher estudiosa, preparada, e com grande capacidade de envolvimento
na sua causa, acho que eles tentaram eleger a Neusa diversas vezes e investiram
muito dinheiro nisso com pouco sucesso, a antipatia por ela ter sido sua amante
e depois sua mulher acabou pegando a classe desprevenida. Quando virou
governador, o CEPERS tinha na sua bandeira a falta de vagas nas escolas, e por
causa dela, da falta de vagas, se agarrava nos salários, aquela briga de
sempre, e ele então aplicou uma revolução na vida dos professores, que foi o
tal do calendário rotativo, que não poderia ser mais perverso do que qualquer
tipo de plano para recuperar aulas ou coisa parecida, quem quiser olhe no
google, o que significava aquilo. Esse plano tinha o nome da Neusa e Collares
na execução e era imprevisível, na realidade foi um desvio da impossibilidade
de pagar o que se queria e avançar nos novos desafios que a educação exigia,
ele perdeu a grande oportunidade de construir, de realizar, e de se eternizar
como nome de referência na educação, mas não o fez, acabou, como todo Homem apaixonado,
sucumbindo aos caprichos da primeira dama, e isso, é perfeitamente entendível,
porque me parecia que Neusa além de manipuladora era dominadora e exibia a sua
linha de conduta sempre atrás e na defensiva do que Collares propunha quando
então governava. Votei nele para Prefeito e Governador e acho que ele poderia
ter realizado mais do que um Ginásio e uma Avenida que deveria ter levado o seu
nome, já que respondeu vários processos por causa do desequilíbrio das contas
em relação aos seus projetos. Ele tentou realizar um governo socialista,
arrumando emprego para todos no seu governo e abrindo possibilidades e oportunidades.
A questão
política e de ser membro de conselho e receber por isso, qual o problema disso?
É o mesmo problema da pensão vitalícia por ter governado quatro anos? Por favor
me poupem disso, desses inúmeros erros que cometemos e ainda termos que arrumar
e reverter para terminar com esse déficit que inacabável.
Enquanto a
política e a coisa pública não forem atacadas de frente, através de uma linha
convencionada através do profissionalismo, de projetos com metas, realizações e
principalmente fiscalização em todos os lugares e leis severas que não apenas
punam, mas que afastem todos os ascendentes e descentes até terceiro grau de
quem cometeu algum crime contra o estado, mas porque isso é uma praga que
somente com veneno sério para matar, se não for assim, não conseguiremos chegar
a lugar nenhum.
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