sábado, 10 de outubro de 2015

Desfazer um noivado

Esse é um assunto que as pessoas não comentam, só querem saber quantas vezes isso aconteceu. Talvez por isso eu goste tanto daquele filme Noiva em Fuga, com nada menos de Júlia Roberts e Richard Gher. Esses dias li sobre o Gustavo Lima, que desfez o noivado com aquela bela mulher Andressa Suíte, nem só o visual resolve, e nem só o amor também resolve.  Eu nunca fui noivo, mas eu me considerada já noivo e casado, acho que ela também, provavelmente dizia que aquele peixe estava fisgado e estava mesmo, não me casei porque apareceu outra no meio do caminho e me levou embora, pra outro rio, ainda ficamos conversando por vários anos, mesmo depois de casados, nunca fingimos de que queríamos ficar juntos, ela era muito nova e a outra um ano mais velho do que eu, tão inexperiente quanto a outra; mulher inexperiente é ruim, demora para aprender as coisas e às vezes acaba não gostando. Assisti vários noivados, e isso, mesmo há um tempo atrás, era normal, de desfazer a relação, ou seja, naquela época se passava para um outro nível, o de talvez pegar além da mão no jardim.
Só sei que quando se fica noivo de três a quatro vezes, é porque imaginamos o tipo de pessoa que está fazendo esse test-drive , e o pior é que o assunto depois vira tabu, e não se sabe na verdade, qual ou quais foram os motivos para que a situação voltasse a ocorrer, tudo muito relativo até a hora que acontece com a gente.
Acho que temos um Carpinejar dentro de nós nessas horas, ninguém melhor do que ele sabe definir bem essas questões e tem bem presentes os sentimentos que envolve a situação e consegue ainda, através de metáforas, colocar para fora o que acontece.
Eu acho que desfazer o noivado de ontem, não é o de hoje, porque tudo continua igual, hoje a necessidade do test-drive não existe mais porque está tudo às claras, e as namoradas vão pra casa dos pais do namorada e se hospedam lá, até que o casamento ou noivado acabe de uma hora para outra porque um deles acabe percebendo que lá não é o melhor lugar para ter uma DR. Então se fica noivo apenas pelo protocolo de intenção do noivo, ou da pressão da noiva, de dizer que estão para casar e um quer ficar com o outro e trocam inclusive alianças, tudo uma encenação que quase sempre dá certo, não tenho essa estatística para dizer o quanto deu errado.
Agora, o momento decisivo, porque desfazer um noivado e o que dizer quando se deixa uma relação de quase casamento? Isso é inexplicável, porque eram tantas as certezas de ambos, que somente o noivado foi possível ver que não ia dar certo, que uma das partes ia ficar infeliz, logo. Que apenas estaria se evitando o que aconteceria numa situação talvez de filhos e coisa assim. Mas quem fica prejudicado, como fica, pensava que teria filhos, que tinha escolhido aquela pessoa, saber que aquela pessoa não mais a havia escolhido, uma penca de desilusão e de sonhos saindo pela janela, e a gente não sabe se não seria pior depois, de que quem sabe se continuaria para ver, de que o noivo tinha outra em outra cidade, de que ele tinha uma amante, coisa de filmes e novelas, mas o pior sentimento mesmo é o da perda pela coisa não realizada, pelo descompromissos com todos, que já havia estabelecido uma regra geral, que se pensava não mais na formatura, e sim numa festa de duas famílias para se viver com conjunto durante um espaço de tempo razoável, hoje mesmo não durando quase nada, se pensa que será por muito tempo. A pergunta a ser respondida tem a ver o porquê? Qual momento que aconteceu da perda da visão de um dos envolvidos? Porque os sinais não foram dados no namoro?
A resposta é clara, uma das partes não queria mais continuar porque o respeito, a admiração e até o prazer, não evoluíram mais, pelo contrário, acabaram dando sinais de desgaste, de se mostrar pouco interessante, quando outras pessoas acabam saltando para eles de outra forma mais chamativa, de que de repente não era bem aquilo que se estava procurando, alguém no meio da relação acabou se dando conta que não valeria a pena continuar, acabou encontrando na pessoas mais defeitos ruins do que qualidades boas, que o melhor mesmo é acabar agora do que continuar a farsa depois. Para uma das partes foi melhor, para a outra, o consolo de quase teve um relacionamento com uma pessoa que gostava, que a partir de agora, resta apenas somar os prós e contras e dividir pela necessidade de se estabelecer nova reação nesses mesmos moldes, é hora de mudar.

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