quarta-feira, 22 de março de 2017

Documentário de Leandra Leal sobre travestis é eleito melhor filme no festival SXSW

"Divinas Divas" conta a história da primeira geração de travestis brasileiras, como Rogéria e Jane Di Castro, e chega em junho aos cinemas A gente espera não se decepcionar, porque o tema é intrigante e digamos cheio de preconceitos inclusive de pessoas que se dizem omissas ao tema. Em algum momento da vida, mesmo que em situação confusa você pode acabar exposto a situação de que conhece ou não a pessoa, porque e em que condições. Eu trabalhei durante algum tempo do lado de um travesti, lembro bem do período, 1991, foi nele que me inspirei para escrever meu segundo livro, é a história verdadeira do que acontece no mundo em que elas convivem e se prostituem, e esse mundo, além de perigoso é cheio de surpresas e de acontecimentos. Após isso, ainda seria possível escrever um terceiro livro, mas a medida que o tempo passa, as memórias são as mesmas, não que se possa inventar, o que significa que vai haver desconfiança nesse momento do que é real e as propostas entre quem escreve e o que viu ou ouviu. Inclusive teve uma travesti que escrevia suas memórias a cada encontro e dessa forma transcrevia com total realidade e absurdamente fiel aos acontecimentos. O livro dela queria mostrar os encontros e como aconteciam, acontecem que existem vários lados dessas histórias, o executante e o executado, entre eles uma gama de outras situações que decorrem da noite, do lugar, dos perigos e da adrenalina por se viver aventuras daquele tipo, ninguém sabe ou imagina o que acontece por ali. Distante de tudo isso, a realidade depois, em 2001, vieram aspectos como internet, celular, whatzapp, que modificaram muito os conceitos mercadológicos dessa função. O público continua sendo o mesmo e os perigos também.

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