segunda-feira, 13 de março de 2017

A capacidade humana de arquivar a percepção dos sentidos é bem reconhecida

Eu imagino que tenho as percepções, sei dos sentidos de algumas coisas, dos instintos e sei que está na hora de agir. Sei que já fui salvo algumas vezes porque meu anjo da guarda apareceu na hora certa. Na verdade eu não deveria me expor tanto, mas a necessidade da minha vida estar liberta me faziam correr os riscos, coisa que eu procuro não encarar como perigos e sim como presença de Deus. Não é dessa forma que sentimos o cheiro da morte, talvez a presença dela, até porque mesmo que a morte tenha cheiro, ela acaba aparecendo de uma forma nada saudável, é preferível o cheio do sexo e do amor, esse sim, com uma capacidade de sedução e entrega, inimagináveis. As músicas ou carteiras, ou algum tipo de vínculo que nos remete ao passado faz nos lembrar de momentos vivenciados tão intensamente para aquela época que não sabemos ao certo discernir o que é real ou o que foi imaginário e porque não fomos mais audaciosos do que a gente precisaria ser, como colocar a mão no meio das pernas de uma mulher no meio de uma festa se, ela estar esperando. Sempre que vou ao Rio de Janeiro, lembro-me daquele cheiro, característico da cidade. Como no caso do feijão de um bar da Pitinga, que era tão preto que o seu sabor fazia lembrar da sua infância. Eu tive uma namorada que era linda, olhos, boca, cabelo e corpo, tudo que um homem desejava, tirando o hálito dela, que logo, logo, demonstraria que aquele gênio quase que indomável era a razão daquele cheiro e gosto impraticáveis, está solteira até hoje, ninguém conseguiu domar aquele temperamento. E uma coisa é certa, quando o amor é único e a mulher é interessada no que acontece, o cheio acaba fazendo parte do prazer, parece contraditório, mas não é.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Comente, se você tiver coragem...