terça-feira, 14 de julho de 2015

Uma novela esse relacionamento Parte VIII

Eu sei que tu não tevês a intenção e que pedes desculpa como a Lya Luft sempre falou na questão dos desentendimentos, das palavras que são ditas e que ferem as pessoas e tudo começou porque eu te acho o teu feminismo descabido em relação a mim, e não me passava pela cabeça o que tu vias em mim. Só posso te dizer que tu não conheces a minha história, de como tu me encontrou pronto, das minhas várias relações pela metade e das que não cheguei a ter porque não tive tempo e nem paciência de vivê-las intensamente, eu sempre tive responsabilidades. Eu já te encontrei dessa forma e não me parecia que fosse tão difícil contornar as dificuldades que foram aparecendo sempre, aquelas primeiras cenas de beijo sem acontecer e olhares sem saber, agora vieram as questões de convivência do que tu deixou para trás por ter convivido tão pouco com homens que nunca te respeitaram porque provavelmente te fizeram mal, não queres que aconteça, talvez já tenhas perdido por demais e ainda dizes do que olha só o que tu perdeu, olha então o que nós perdemos. Chegastes numa fase de que respeitar a um homem é apenas um pedido de desculpa de tantas são as faltas de respeito e consideração que ficam pelo caminho. Não sabes da minha história de vida familiar, de mais de trinta anos, das coisas que abdiquei pela minha família, das coisas que deixei de fazer porque não tinha dinheiro, não tinha educação suficiente e não tinha tempo, só tinha que trabalhar, trabalhar e trabalhar, das coisas que eu não poderia fazer porque deixei para trás em pró de um ideal, e que agora, já depois de uma determinada idade ainda tenho condições de fazer mesmo que minimamente, isso é ser contra os teus princípios feministas? De ser um fanático, depois fiquei pensando se querias dizer lunático, por causa dos meus projetos que ainda não deram certo e que tenho que perder tempo em investir com dinheiro dos outros para saber se vão ser aprovados ou não e que isso demora muito para que aconteça. Do ser fanático representa o tempo que não foi possível fazer as coisas, mesmo morando do lado do estádio e não poder ir aos jogos, não jogar um pife, um tênis e uma ping-pong, apenas uma sinuca, coisa de homem sim, hoje aberto às mulheres, que mal conseguem pegar num taco, tirando as beldades das saunas que são obrigadas a se prostituírem. Por fim, não sei mais o que fazer quando dizer que procuro sempre uma forma de te deixar para baixo, e quanto a isso prefiro nem comentar o que seria hoje a minha vida e o quanto investi para que tudo desse certo para ti e, mesmo assim, dizer coisas que realmente são para fazer qualquer um desistir de tentar qualquer tipo de coisa com qualquer pessoa. Sei que são apenas palavras e não espelham a realidade, é necessária uma outra forma de ver esse relacionamento, não mais esse, onde falta ainda muito respeito, interesse e admiração pela outra pessoa. Mais uma vez o afastamento torna-se necessário.

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