quarta-feira, 22 de julho de 2015

A história do Celular perdido

Foi numa manhã de outono e eu estava indo para casa. O telefone era um StarTac-Motorolla, meio-tijolo, que deixei em cima do carro, tinha a placa de pare quando ele era fechado, coisa de carnavalesco 30. Sei que quando arranquei daquela rua em direção a minha casa para almoçar, ele se foi, na primeira esquina. Mas quando já sabedor disso, quando cheguei em casa, peguei o telefone da minha mulher e liguei para ele, uma pessoa atendeu e disse a localização onde ele estava com o celular. Peguei o carro e fui na direção dele, uma ortopedia a uma quadra de casa, entrei, localizei a pessoa que me devolveu o aparelho e eu agradeci. À tarde, meu primeiro erro, comentar o fato do que tinha acontecido. Depois ter discutido sobre a questão de ter dado um presente ou dinheiro para quem entregou. Eu lidava na realidade com gente que tinha outros princípios quanto aos bens materiais, gente que entendia que não pensava como eu e não teve a mesma educação. Eu sempre achei que se o aparelho anão era meu, eu tinha a obrigação de devolvê-lo e estava fazendo um favor para a pessoa que perdeu, e que se não fosse assim eu nem teria pego ele na rua, deixava ele lá mesmo. Falei até da educação de pai e mãe, mas de que nada serviu, e que eu devia ter dado algum coisa para pessoa que localizou e me devolveu o aparelho. Aquele tipo de pensamento, apenas me mostrou de eu não duraria muito naquele setor e com aquela forma de pensar e conviver com as minhas convicções, e já devia me preparar para encarar novos modelos de administração. Só sei que na fase boa daquele setor eu fui convidado para fazer um curso e eventualmente exercer um cargo que aconteceria mais seguido naquela empresa, pela mesma pessoa que disse que não daria mais continuar naquele setor por causa das “fofocas” que acabam por se desdobrar desde aquele momento que eu disse: “eu sou honesto”! não com essas palavras é claro, e as pessoas se ofendem por não conseguirem ser assim, pessoas que mandavam inclusive os parentes baterem seu cartão ponto, porque não queriam sair da poltrona de casa, ver o jornal ou a novela das oito. Pessoas que mesmo depois da saída ainda buscavam uma forma de prejudicar que já não tinha mais nada a ver com aquele setor. Depois o universo se encarregou de fazer o resto, que poderia render um livro inteiro de equívocos e questões mal resolvidas que mexer com o universo pessoal de cada um.

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