quinta-feira, 25 de maio de 2017

Professor Ari Riboldi: carpideira

Carpideira: Do verbo latino carpere, acima referido. Mulher mercenária que pranteava os mortos durante os funerais. O ofício de carpideiras surgiu no Egito, oito séculos antes da fundação de Roma, costume depois levado para a Europa. Segundo Câmara Cascudo –no Dicionário do Folclore Brasileiro –, "em Roma, chegou-se a divulgar oficialmente a indispensabilidade ritual das carpideiras, dividindo-as em dois grupos fundamentais: a Prefica, que era paga para cantar os louvores do morto; e a Bustuária, que acompanhava o cadáver ao local da incineração, pranteando-o estridentemente, com base em uma tabela de preços". Na civilização egípcia, durante o cortejo fúnebre, para que a dor que todos sentiam ficasse ainda mais exaltada, carpideiras profissionais eram contratadas. Com o rosto pintado com lama, as carpideiras não cessavam de gemer e de bater nas próprias cabeças, arranhando as faces e arrancando os cabelos com selvageria. No Brasil, houve as carpideiras espontâneas, costume trazido de Portugal. Elas cantavam, dançavam e choravam, como forma de exaltar o defunto e de causar o pranto no velório e no caminho para o enterro. "...recebemos dos portugueses a carpideira espontânea, lamentando o defunto, gratuita e vacacionalmente, ou tendo lembranças de alimentos, dinheiro, roupa, em recompensa da mágoa colaborante e ruidosa. Ainda resiste o chorar o defunto no interior brasileiro, executado por velhas ligadas por laços de parentesco, amizade ou sedução trágica, diante do cadáver, excitando as lágrimas da família com frases exaltadas e gesticulação inimitável e dramática”, relata Câmara Cascudo. Pranto: Do verbo latino plangere, bater em, bater no peiro e nas coxas em sinal de luto, chorar, prantear, lamentar, lastimar-se, soar, retumbar. Choro, ato de prantear, queixa, lamentação; antiga poesia elegíaca em que se lamentava a morte de pessoa querida ou ilustre. Chorar as pitangas: Fazer choradeira, verter lágrimas copiosas, lamentar-se em choro. Pitanga, na língua tupi, significa vermelho, pardo, cor de cobre. Quem chora muito, copiosamente, fica com os olhos vermelhos, como se fossem pitangas, fruta globular e roxa. Há uma expressão equivalente, usada pelos portugueses antes de conhecerem os índios e as pitangas: chorar lágrimas de sangue. As lágrimas são as do mais profundo sentimento. O único consolo que resta é a opção por uma das duas frases. Eu prefiro a das pitangas: é mais popular e essencialmente brasileira. Prefiro chorar as pitangas a chorar lágrimas de sangue. Pensando na morte da bezerra: Ficar pensativo, alienado, distante, alheio a tudo. A frase teria vindo de costume dos antigos hebreus que sacrificavam bezerros (machos) a Deus, no altar dos templos. O rei Absalão, ao saber que não havia mais touros para o sacrifício, ordenou a imolação de uma bezerra. O filho do rei, afeiçoado àquela fêmea, não concordou. Apesar disso, o pai não recuou e a bezerra foi morta. Ao filho coube passar o resto da vida a lamentar-se, “pensando na morte da bezerra”. Em vista de sua tristeza, conta-se que veio a falecer. Trata-se de uma versão. No livro de Samuel, no Antigo Testamento da Bíblia, há todas as peripécias da vida de Absalão. Em nenhum momento, porém, há qualquer relato sobre o sacrifício de uma bezerra e tão menos sobre a afinidade de um filho do rei com o animal. Portanto, a origem da frase pode parecer convincente, mas não passa de uma versão sem amparo documental, assim como acontece com tantas outras. O fato é que, mesmo sem precisar a verdadeira origem, a cada dia, na atribulada vida moderna, aumenta o número de pessoas que ficam “pensando na morte da bezerra”. Fale e escreva corretamente: Abreviatura de hora e minuto A abreviatura correta de hora e horas é h (minúsculo e sem ponto) e de minuto ou minutos é min (em letras minúsculas e sem ponto). Exemplo: A reunião está agendada para as 8h e 30min no auditório da Secretaria de Educação. Na redação jornalística, é convencionado escrever 8h30. É incorreto grafar a abreviatura de hora e horas com H (maiúsculo) ou hs ou HS. Ditado popular Quem não chora, não mama. Quem não pede, nada consegue. O indivíduo que pede algo a outrem com falar choroso, com ar de piedade, geralmente consegue, se não for tudo, ao menos parte do que solicita por compadecimento, por generosidade alheia. Nelsonpoa: Não estarei presente, mas se todas as minha ex-mulheres comparecerem ao meu velório ou minha despedida eu não sei o que pensar a respeito, nunca sentei na mesma mesa com mulheres com quem dormi e não sei como eu veria essa questão de pensar, essa transa desse jeito e aquela daquele jeito, essa faz com a esquerda e a outra faz com a direita, uma grita, a outra sussura e a outra geme. O que todas teriam em comum quando decidiram um dia ficar comigo? Os meus encantos, o meu charme a minha experiência na cama? O que seria? Chorar as pitangas e pensar na morte da bezerra me leva a crer que eu sou uma pessoa um pouco diferente, eu diria que sou prático e nada mais me fere depois que uma mulher se mostre inatingível, depois do primeiro casamento real. Depois de muito tempo, a mulher acaba percebendo que tratando o molusco daquela forma, ele jamais voltará a pisar naquele corpo que tão bem foi explorado em tempos de crise. Ultimamente tenho chegado no horário em meus compromissos e isso acaba por não me provocarem mais, eu atualmente sou o que nunca consegui ser, um cumpridor de horário e todo cumpridor de horário sabe o que significa isso, de que uma outra serie de mudanças no seu comportamento e do seu corpo vão acontecer, aquela hora que a gente ficava a mais para atender as demandas que não eram possíveis durante o dia a dia. Eu não gosto de reunião e às vezes pode ser um bom indicador que não sabemos ao certo em que ponto da hora do dia vamos ter algum problema na realização de alguma tarefa que exija concentração sexual. Esse ditado popular é o que mais vale para o sexo, quem não chora não mama e não podemos de nos deixar socorrer dessa premissa para outras atividades e uso comum como o futebol, do relacionamento familiar e na hora de pedir o aumento, não acha?

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