segunda-feira, 15 de maio de 2017

Maternidades

"Pouco vou poder interferir . Procurar não estovar já é difícil. Mas posso fazer com que saibam que, seja como for, onde, quando, a mãe vai estar sempre do seu lado, muitas vezes sem entender direito, muitas vezes desajeitada, muitas vezes imponente, mas, inteiramente, um colo, um abraço, e um amor que nenhuma palavra de nenhum idioma poderia definir". Lya Luft Eu gostaria de ver a questão do pai em relação a isso. Porque o pai, tem uma presença muito importante na questão da auto afirmação do filho e da formação da sua personalidade. O texto aqui formador de lucidez bem rápida e sucinta das atrapalhações que a mãe desenvolve para proteger é demasiadamente às vezes perturbante. Minha mãe escondeu cartas uma vez e de outras sabe-se lá o que fez para que eu não me envolvesse com quem não devia. Uma vez ela pescou a minha fúria porque quem deveria estar num lugar uma vez, não estava, depois aquilo passou, aquele desejo de pegar na mão e de quem poderia me dar uma vida completamente diferente do que eu queria. Ela iria me seduzir e me violentar, eu não sei se estava preparado para aquilo e também não sei se a minha mãe evitou aquele final que acabaria me deixando refém de uma vida interiorana, os laços seriam diferentes e a minha vida de 30% de pensão seria agonizante, eu não poderia me envolver com mais ninguém por causa do medo que isso iria causar no resto das relações. Depois eu sei que ela me ligou inúmeras vezes e me mandou outras cartas tentando se passar por outras pessoas que não ela mesmo, mas enfim, quando acharam que eu tive um caso com ela, eu acabei desfazendo aquele engano, sugeri que se fosse necessário até um teste de DNA eu faria, o que comprovaria o que estava dizendo, e todos se calaram, porque eu era o filho da minha mãe e se era o filho dela, a minha palavra estava acima de qualquer coisa.

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