quarta-feira, 24 de maio de 2017

Fim de um ciclo, não do amor

Gosto de falar em ciclos, já passei por vários, no trabalho e na vida pessoal. Eu tenho uma grande amiga que demorou dez anos para terminar um ciclo, tamanha a decepção de terminar uma relação, já que o amor não existia mais, não daquela forma inicial. Já falei aqui os sacrifícios que as pessoas fazem para continuarem juntos, mesmo já estando separados há muito tempo. Quando um deles não quer mais participar dos mesmos "programas" de família e de viajar em torno desses sacrifícios familiares, e a paixão e o sexo foram para além da linha do Equador, o que fazer? Romper ou finalizar um ciclo requer um motivo muito forte, porque se não for assim, ambos vão acabar ficando unidos por aquilo que a gente nem sabe o que é. Depois que passa a raiva é que o problema realmente aparece, e a pergunta que fica é de quem você se separou de fato? Porque o ciclo encerrou de forma tão abrupta e o amor eterno não pode continuar de outra forma? O respeito as diferenças se perpetuam durante uma vida inteira de casamento, se aceita que uma das partes não é completa e não vai completar a outra, por um único motivo, elas não foram feitas para elas mesmas, apenas realizaram uma união porque gostavam por demais de conversar e tinham afinidades, muitas afinidades, que se perderam no decorrer do tempo, as diferenças aparecem e cada necessariamente precisa se empenhar naquilo que vai lhe trazer mais satisfação, independente do outro. Vivenciar e explicar essas trocas de fases é duríssimo para quem não vai poder entender de que forma a separação se tornou necessária, faltou diálogo, faltou entendimento, aceitação e o principal, pedir perdão pelo erro que nem cometeu, mas que afetou a todos, porque o casamento é uma união e não uma intersecção do que só apenas interessa a parte hachurada. Esse ciclo é apenas explicado por quem não atendeu e apenas cansou de ver a sua parte estar perdida da falta de compreensão e entendimento, era melhor separar, quando o certo era mais do que nunca fortalecer elos e procurar melhorar aquilo que um dia estava bom e que poderia voltar a ficar melhor ainda, existe a necessidade de se doar. Talvez o momento não seja bom, em meio a tantas outras coisas mais importantes, depois vem o que de fato representa o maior erro, de não conseguir mais encontrar o caminho do entendimento e a frustração.

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